'Plantão médico' do São Paulo: Ceni tem chance de ganhar boa notícia que nem mesmo ele esperava

André Plihal
André Plihal

As opções de Rogério Ceni para montar time e banco no São Paulo nunca foram tão restritas. Com três jogadores operados nos últimos dias (Caio, Luan e Arboleda), já é certo que elenco completo só em 2023. Mas cada jogador recuperado é festejado quase que como vitória em clássico. 

Talles e Nikão já estão na etapa final, chamada de transição. A tendência é que ambos estejam à disposição de Ceni para o fim de semana

Como Nikão ficou muito tempo fora tratando o tornozelo, é possível que o técnico ainda não o utilize contra o Atlético-GO. Chances maiores de retorno na partida de volta da Copa Sul-Americana contra a Universidad Católica, quinta da semana que vem. 

Rogério Ceni durante jogo do São Paulo em 2022
Rogério Ceni durante jogo do São Paulo em 2022 Rubens Chiri / saopaulofc.net

Na segunda-feira será a vez do meio-campista Andrés Colorado iniciar a transição. O tempo normalmente dessa fase final de tratamento é de cinco dias, portanto o colombiano tem possibilidades de pegar o Atlético-MG em Belo Horizonte no domingo, 10 de julho. 

Alisson ainda sente dores no joelho direito, mas tem programada a transição para a semana do dia 11

E Gabriel Sara? Aqui enfim uma notícia animadora. 

Rogério Ceni chegou a dizer em entrevista coletiva que não contava com o jogador para a temporada. O meia vem comprovando a "fama" de ser o atleta de maior capacidade de recuperação do grupo. Sara já corre nos gramados do CT, e eu não me surpreenderia se voltasse aos jogos em agosto. Até um pouco antes, de repente.

Seriam 5 reforços, mais Marcos Guilherme contratado inicialmente por empréstimo até o fim do ano. A questão é que até lá o São Paulo vai jogar a vida em todas as competições. Quando Rogério fala em sobreviver nesse período de agora, ele não está exagerando em nada.

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Por que a estreia comum do Uruguai na Copa do Mundo não me surpreende e a ‘questão Arrascaeta’

André Plihal
André Plihal

Não, o empate sem gols do Uruguai contra a Coreia do Sul na estreia de ambos na Copa do Mundo do Qatar não chega a ser uma surpresa. Só quem não conhece as tradições do primeiro campeão mundial para estranhar. E nem precisamos voltar a 1930. Em 2014, no Brasil, a Celeste estreou perdendo para a Costa Rica e em 2018, na Rússia, fez o gol da vitória sobre o Egito nos instantes finais. 

A fórmula que une os últimos semifinalistas do Mundial na África do Sul, em 2010 (Godín, Cáceres, Suárez e o hoje reserva Cavani), com os muito bons Valverde, Bentancur e Darwin Núñez ainda não mostrou-se capaz de produzir nem grande futebol, nem constância de resultados. Houve até uma considerável melhora na chegada de Diego Alonso, se compararmos à etapa derradeira do Maestro Tabárez, o ex-comandante, mas longe de causar suspiros. 

URUGUAI 0 x 0 COREIA DO SUL: ASSISTA PELA ESPN NO STAR+ AO COMPACTO DO JOGO COM NARRAÇÃO DE MATHEUS SUMAN E COMENTÁRIOS DE RENATO RODRIGUES

Quem faz isso aqui no Brasil há anos, talvez com mais assiduidade que qualquer outro jogador, permaneceu no banco de reservas por todo o tempo do 0 a 0 desta quinta-feira. Sabemos que Arrascaeta jamais teve na seleção o protagonismo do Flamengo. O esquema da seleção não lhe favorece tanto, pouca capacidade de recomposição para jogos maiores, falta de “espírito charrua”, problema no púbis… 

Confesso não conhecer exatamente o motivo principal que afasta o craque do Mengão da titularidade no Uruguai, só sei que no país de Arrascaeta a sua ausência é muito menos questionada que no Brasil. E não dá pra dizer que os uruguaios não acompanham o que Giorgian apronta por aqui. 

Na lista de possíveis críticas ao treinador, não escalar Arrascaeta entraria mais ou menos na décima quinta colocação - o próprio jogador falou sobre não ter entrado na estreia. A ver como será o aproveitamento do meia contra Portugal. 

Do mesmo jeito que não me surpreendi com a fraca estreia uruguaia na Copa, acharei absolutamente normal uma classificação - até em primeiro  - às oitavas. Só pra lembrar, em 2014, depois de perderem pra Costa Rica, os caras bateram na Inglaterra e na Itália. 

A Celeste é assim. Ama dificultar as coisas. Uruguai nomá! Ou, Uruguai e nada mais.

Arrascaeta ficou a estreia toda do Uruguai na Copa do Mundo do Qatar no banco de reservas
Arrascaeta ficou a estreia toda do Uruguai na Copa do Mundo do Qatar no banco de reservas Pat Elmont/Getty Images)
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Por que a estreia comum do Uruguai na Copa do Mundo não me surpreende e a ‘questão Arrascaeta’

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Parece que até Rogério Ceni acreditou na mentira de que 'o São Paulo não é mais o mesmo'

André Plihal
André Plihal

“O São Paulo não é mais o mesmo.” Quantas vezes vocês não ouviram essa conclusão nos últimos tempos?! Verdade das mais mentirosas do nosso futebol. Lógico que o São Paulo já foi muito mais vencedor, organizado e rico. Do mesmo jeito que no passado já foi igualmente perdedor e bagunçado. Talvez jamais tenha atravessado uma crise econômica tão séria, mas não custa lembrar do período em que o Morumbi foi parcialmente fechado para reformas emergenciais em meados dos anos 1990. 

Em vez de comprar jogador, investia-se em amortecedor para as arquibancadas não despencarem. Sem dizer que hoje as possibilidades de arrecadação são mil vezes maiores. Um recorte de 4 décadas escancara a mentira: sim, o São Paulo ganhou tudo e mais um pouco de 1985 a 1994. Nove anos. Mesmo tempo que na sequência ficou sem jogar a Libertadores. Este ciclo tem vários pontos em comum com o atual, e lembro-me de ouvir na época as mesmas conversas moles de agora, na linha de que “o São Paulo não é mais o mesmo”.  

Na estiagem anterior houve quem preferisse arregaçar as mangas a lamentar, e de 2005 a 2008 o clube voltou a colecionar troféus. Tenho questionado por aqui nas últimas semanas as entrevistas melancólicas de Rogério Ceni. Após o 3 a 1 sobre o Coritiba, três rodadas atrás, Ceni até deu uma melhorada no ânimo. Insuficiente ainda para mobilizar time e torcida na duríssima busca por um lugar na Libertadores do ano que vem. 

“Poxa, mas o São Paulo venceu seus últimos 3 jogos!” 9 pontos obrigatórios, convenhamos. E sem empolgar em nenhum momento. O time não vibra. O treinador não vibra. Se nem o próprio Rogério Ceni comemora o gol da vitória aos 49 minutos e meio do segundo tempo, feito por um jogador que passou um ano machucado, como o torcedor vai ser convencido a comprar a ideia de que pode existir um horizonte? 

Rogério Ceni assiste a jogo do São Paulo no Campeonato Brasileiro
Rogério Ceni assiste a jogo do São Paulo no Campeonato Brasileiro Rubens Chiri / saopaulofc.net

Não por acaso, o estádio que recebeu 30 mil pessoas por mais de dez jogos seguidos precisa agora de duas partidas para juntar esse público. Não é difícil de entender o fenômeno. O cara passa o dia ouvindo que o clube dele é uma porcaria, que não há perspectiva, que não sabe se vale a pena disputar a Libertadores só por disputar… O mesmo cara não vê um mínimo sinal de reação por parte do comando (diretoria e comissão técnica). 

Não se pensa sequer em cobrar preços mais camaradas pelos ingressos dos últimos dois jogos em casa na temporada. Parecem todos conformados com a falácia propagada a todo instante do São Paulo perfeito do passado, esquecendo que,  é sim, bastante possível reverter este quadro de crise. Com trabalho, criatividade, profissionalismo e paixão. 

Somadas as histórias como (enorme) jogador e técnico, Rogério Ceni tem 27 anos de São Paulo, portanto, viveu todas as situações possíveis mais de uma vez. O que não o impede de corroborar com o furado discurso e repeti-lo. 

Resumindo, até o Rogério acreditou na mentira.

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'Luto' de Rogério Ceni atrapalha próximos passos do São Paulo

André Plihal
André Plihal

Dois jogadores a menos dentro do Allianz Parque, pênalti contra, 11 minutos de acréscimo… Esse combo caprichado para o São Paulo diante do Palmeiras bicampeão da América e virtual campeão brasileiro. E o teu time sai de campo com um empate sem gols. Para comemorar? Ao menos por algumas horas, sim.

Para dar um gás moral na briga por uma vaga na Libertadores? Deveria, mas, na coletiva pós-clássico, Rogério Ceni botou água no chope do seu torcedor. A derrota na final da Sul-Americana mais uma vez foi lembrada. A falta de condições para investir no elenco visando 2023, também.

A melancolia estendeu-se ao comentário de que o jovem e competente zagueiro Luizão, o melhor em campo ao lado de Felipe Alves no Choque-Rei, dificilmente seguirá no clube.

Mais do que diminuir uma raríssima alegria do são-paulino, o luto de Ceni atrapalha os próximos passos. Coritiba, no Morumbi, Juventude, em Caxias, e o Atlético-GO, no Morumbi, é uma sequência sob medida para fazer 9 pontos. Com 9 pontos, o São Paulo muito provavelmente se colocaria no G-8.

Para isso acontecer, é necessário mobilização e mudança de astral

Dentro e fora da Barra Funda. 

Trazer a torcida de volta, fazê-la querer encher o Morumbi na quinta-feira. Remoendo Córdoba o tempo todo e não demonstrando entusiasmo algum para o futuro próximo isso não vai acontecer. 

Passou da hora de Rogério reagir! Pouco adianta ele ter uma jornada brilhante como a deste domingo, acertando em todas as decisões tomadas, se, na hora de comunicar-se com o público, Rogério praticamente só transmitir fatos negativos.

Rogério Ceni, treinador do São Paulo
Rogério Ceni, treinador do São Paulo Rubens Chiri/saopaulofc.net

Não, não espero que minta na entrevista, sonegando a realidade do clube do qual é o ídolo maior. Mas será que um time que segura o bicampeão da Libertadores do jeito que o São Paulo segurou, não tem nenhuma notícia boa?! Não pode ter perspectivas minimamente otimistas?!

O treinador de futebol tem direito a cinco substituições em uma partida. As mais urgentes de Rogério Ceni deveriam ser de ânimo, discurso e fisionomia. 

Vai fazer bem ao clube que Rogério ama. E a ele.

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A água bateu no nariz, e o futuro do São Paulo GRANDE nunca esteve tão ameaçado

André Plihal
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As goteiras no setor de imprensa do Morumbi num domingo de dilúvio e mais uma pancada retratam fielmente o que o São Paulo virou. Não há mais como conter os vazamentos

De repente você ouve que o tal investidor do Galoppo sumiu. Isso mesmo, desapareceu! Aumentando a dívida do clube em R$ 30 milhões

O São Paulo está afogado em problemas. Não que a derrota para o Independiente Del Valle na final da Sul-Americana tenha tanto poder de destruição. Rogério a classificou como tragédia, eu sei. Tragédia é quando um barco naufraga. Seria "injusto" colocar um oceano de erros na conta de uma partida - muito - mal jogada, mas fazer água em Córdoba abriu as comportas de uma crise que chegou ao limite. 

Jogadores do São Paulo saem cabisbaixos após derrota no Morumbi
Jogadores do São Paulo saem cabisbaixos após derrota no Morumbi Alexandre Schneider / Getty Images

Nem precisaríamos dos pronunciamentos mais sinceros que um comandante já concedeu em todos os tempos para sabermos o tamanho do iceberg vindo pela proa. Na realidade a colisão se deu faz tempo. Há coisa de uma década. O estrago é enorme e não será resolvido sem medidas drásticas. 

Mecenato, SAF, política rígida de contenção de gastos, seja lá o que for. Está claríssimo que, se o São Paulo não agir depressa e radicalmente, é dessa triste realidade para pior. 

Tem muita gente arrumando a casa e o São Paulo nada faz. Só fica no discurso, no papo, e conversa não vai estancar o vazamento. Ninguém aguenta mais promessas. Nem os jogadores, há meses aguardando pelos atrasados (um absurdo sem tamanho), nem a torcida, iludida coitada, a cada micro-alegria (uma classificação nos pênaltis contra time pequeno). 

Falta capacidade administrativa, transparência, futebol. O mínimo que se espera de quem quase se mata por uma chance de se reeleger é um plano efetivo de recuperação do São Paulo. Repito, pra ontem! 

Antes que o Morumbi, a Barra Funda e Cotia desabem em água.


         
     
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Virada do São Paulo é engolida por revolta de organizada contra jogadores; Ceni tem o poder de jogar água na crise

André Plihal
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O técnico Rogério Ceni
O técnico Rogério Ceni Rubens Chiri / saopaulofc.net


Gol da virada nos instantes finais. Atuação convincente e valente. Chance real de G-8. Respiro pós-perda da segunda final no ano? Nananinanão. Um post da Independente no fim da noite deixou a vitória em segundo plano.

A organizada virou-se contra os jogadores responsáveis pelo papelão de Córdoba. Revolta por supostamente terem reivindicado “bicho” e avião para familiares irem à Argentina.

A revelação dos - também supostos - salários dos atletas foi o ato inicial de um objetivo que sobrepõe-se a ida à próxima Conmebol Libertadores: reformulação pesada do elenco. Ao mesmo tempo em que Rogério Ceni dava uma melancólica entrevista, ainda lamentando o segundo vice da temporada, Luciano - provavelmente já sabendo da posição da Independente - pedia aos jornalistas para apurarem a real situação do departamento de futebol do clube junto à direção.

Na sequência, Carlos Belmonte saiu em defesa dos jogadores, segundo ele, extremamente dedicados e tolerantes. Sim, tolerantes por trabalharem duro sem receber direito. Como poderiam estar preocupados com o “bicho” da final se nem a premiação da semi foi paga? O São Paulo quis ser campeão sem honrar a premiação da semifinal!!! Fora salários atrasados há séculos.

No meio dessa maluquice cheia de contradições, o desejo da organizada ser ouvida pela turma da Barra Funda antes do superimportante jogo contra o Botafogo. Esse encontro dificilmente acontecerá e, nesse cenário, podem esperar por protestos domingo no Morumbi.

Torcedor com nariz de palhaço e saco de pipoca na mão, gritando contra jogadores e possivelmente diretoria. Rogério Ceni deverá ser poupado. Mesmo deixando a permanência no clube indefinida, só ele é capaz de evitar um clima absolutamente hostil num jogo com peso enorme para as pretensões são-paulinas no Campeonato Brasileiro.

Rogério entrando no circuito tem o poder de acalmar os ânimos da arquibancada, evitando que seus comandados entrem em campo na sua casa como se fossem visitantes indigestos. Dos mais indigestos. Se ele vai intervir? Não faço ideia. Mas está nas mãos do técnico. 

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A final que o São Paulo não jogou e as lágrimas de uma adolescente que segue sonhando com dias melhores

André Plihal
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As lágrimas escorriam pelo rosto daquela adolescente. Nada sonoro. Apenas a lágrima. Falaram para ela que a final da Sul-Americana valeria 2022 e 2023. Isso depois de desdenharem que o torneio era a série B da Libertadores.

Peraí! É a segundona do continente ou é algo grande? As duas coisas.

Mas as lágrimas derramadas ao fim do jogo não têm a ver com a importância do torneio. Tem a ver com a expectativa criada.

A jovem viu amigos da escola partindo esperançosos pra Córdoba. Viu o pai recolher o que restava de esperanças e canalizar tudo num jogo de futebol. E o que aconteceu nesse jogo?

Aí é que tá. Não aconteceu nada.

Patrick lamenta durante a final da Sul-Americana entre São Paulo e Del Valle
Patrick lamenta durante a final da Sul-Americana entre São Paulo e Del Valle EFE/Juan Ignacio Roncoroni

Os amigos que estavam na Argentina não viram nada. Ela e o pai não viram nada. Não houve luta, nem resistência. O São Paulo não jogou uma final. O jogo da década foi menos que uma rodada de Campeonato Brasileiro.

De repente, num estalo, acabou. Já foi? Sim, foi. Mas assim? Não tem troféu? Não tem vaga na Libertadores? Não, não tem nada.

Descriminada por comemorar um título, o Paulista do ano passado, a jovem não sabe mais o que fazer. Ela não quer saber se o problema está na política do clube, não quer saber se Rogério Ceni deve ou não ficar, se é melhor investir na base ou em medalhões. Ela só sabe que desde que nasceu só ganhou um campeonato estadual.

Antes de tentar dormir a jovem deu um abraço e um beijo no pai. Pelo menos o velho já viveu dias incríveis. 

Muitos.

Contando assim até parece mentira. Ela seguirá sonhando com uma final de final feliz.

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O que uma conversa no hotel com Rogério Ceni na véspera de decisão com Liverpool 'ensina' sobre final da Sul-Americana

André Plihal
André Plihal

Véspera da final do Mundial de Clubes de 2005. Estávamos no hotel/concentração do São Paulo, em Yokohama, no Japão. Tinha acabado de gravar uma entrevista com o lateral-esquerdo Júnior num quarto usado pela turma da rouparia. No finalzinho da entrevista chega Rogério Ceni para bater papo. Papo monotemático, logicamente: Liverpool, Liverpool, Liverpool. 

Rogério se perguntava em voz alta como conseguiria derrotar o campeão europeu. Time de uma defesa intransponível, não tomava gol havia séculos. Rogério sentou-se no largo parapeito da janela (fechada, claro) e levantou todas as possibilidades de jogo possíveis. 

Com isso, posso garantir a vocês que ele sabia que as chances de ser eleito 'funcionário do ano' no dia seguinte eram enormes. E que as de ser campeão muito pequenas. No fim da conversa, confidenciou ter passado por dois percalços naqueles dias no Japão. Um problema em um dente, solucionado numa visita de emergência a um pronto-socorro dentário, e outro em um dos joelhos, que exigiria uma artroscopia na volta ao Brasil. 

Escrevi um livro (Maioridade Penal, Panda Books) e fiz um filme com Rogério. Conheço o treinador do São Paulo profundamente. Absoluta certeza que ele destrinchou o Independiente del Valle de todos os lados. Pensou em todas as formas de vencer a decisão deste sábado (1º). Mal comparando, desta vez o São Paulo é o Liverpool

Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022
Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022 Ricardo Moreira / Getty Images

Ninguém aqui é ingênuo ou excessivamente otimista para acreditar numa final tranquila, sem sustos. Podem apostar que o Liverpool também não esperava moleza contra o São Paulo. Não que não pese, mas em jogos assim, favoritismo não define grande coisa. Quer saber, nem mesmo a estratégia adotada é o mais importante. Condição emocional e entrega, com uma pitada de sorte, estão à frente

Rogério Ceni foi o melhor em campo naquela jornada histórica sem estar nas melhores condições físicas. Só que ele condicionou-se a acreditar que dava pra derrotar o forte Liverpool, que nenhuma bola entraria no seu gol. Assim aconteceu. Rogério pegou tudo e numa das raras escapadas, o São Paulo marcou com Mineiro - este, um herói dos mais improváveis. 

A força da arquibancada sempre conta. O Estádio Internacional de Yokohama estava bastante dividido 17 anos atrás, mas só se ouvia a torcida brasileira. O Mario Alberto Kempes, em Córdoba, na Argentina, terá enorme superioridade são-paulina, e o jogo da arquibancada tá mais que ganho. O do campo, não. Longe disso. 

Mas existe um doido competitivo que não aceita cogitar perder. Alguém que possivelmente cumpriria a palavra e largaria o emprego no caso de um revés. Não duvido de nada. Rogério Ceni me ensinou a ser assim na véspera de um São Paulo x Liverpool.

Fonte: André Plihal

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Rogério Ceni não seria 'M1to' sem as conquistas: ano do São Paulo depende, sim, do título da Sul-Americana

André Plihal
André Plihal

Rogério Ceni disse na última entrevista coletiva, pós eliminação na Copa do Brasil, que, se o São Paulo não vencer a Sul-Americana, os "resultadistas" irão considerar o ano ruim. Concordo com o técnico. Irão mesmo.

A contradição até aqui é que qualquer análise positiva do clube em 2022 é permeada nos bons resultados em três das quatro competições do calendário. Final de Campeonato Paulista (vice), semi da Copa do Brasil e a final da Sul-Americana a ser disputada em 1º de outubro. Olhando por esses números o São Paulo aparenta mais consistência do que o que vemos em campo. 

Rogério citou a virada sofrida diante do Palmeiras como divisor de águas das pretensões do time no Brasileirão, mas vale lembrar que, quatro dias antes do Choque-Rei, o São Paulo jogou muito mal na derrota para o Botafogo no Engenhão. Nos últimos 3 meses, portanto um recorte bastante considerável, o São Paulo foi um time em que os adversários têm facilidade em atacar e fazer gols, e pouca dificuldade para se defender.

Rogério Ceni em Flamengo x São Paulo pela Copa do Brasil
Rogério Ceni em Flamengo x São Paulo pela Copa do Brasil Rubens Chiri/São Paulo

Como o treinador baseia o seu trabalho no controle de jogo, vez ou outra, fica a impressão que determinado revés foi injusto, que a equipe merecia um resultado melhor. Isso de fato aconteceu nesse período, mas se pegarmos os últimos dez jogos, onde o Tricolor somou cinco derrotas, três empates e somente duas vitórias, percebe-se que não há muito do que se lamentar.

Está bem. Não merecia ter perdido para Flamengo e Fortaleza no Morumbi. Só que poderia tranquilamente ter sido derrotado por Cuiabá e Corinthians.

Imaginamos sempre que controla um jogo àquele que tem um meio-campo mais forte. Olha, possivelmente seja o setor mais problemático dessa equipe. Não é criativo nem combativo. Os jovens de Cotia tomam conta da “meiuca” desde os tempos de Fernando Diniz, passando por Crespo e Rogério. Responderam bem em diversas ocasiões, tiraram o time da fila, mas nenhum deles figura na lista dos melhores de sua posição. Por falta de companhia ou por característica mesmo, a realidade é que nenhum explodiu.

Na mesma coletiva do Maracanã, Rogério Ceni escancarou a necessidade de diminuir a folha de pagamento na temporada que vem, na qual ele próprio, por duas vezes, fez questão de dizer que não sabe se estará, apesar de ter renovado o contrato no início de julho. Imagino que a ideia seja limpar veteranos de salários mais altos e trazer jogadores capazes de tornar o time mais rápido. É preciso dizer que a busca desse controle excessivo do jogo também se dá pela total ausência de jogadores velozes.

Adianto aqui que, pelo desejo da diretoria, Miranda e Rafinha permaneceriam por mais uma temporada. Reinaldo até por mais tempo. O único veterano fora dos planos é o atacante Eder.

Há um pensamento meio que geral de imprensa e torcedores que o São Paulo não possui um elenco com muitas opções e qualidade e que Ceni tira leite de pedra. Considero bem exagerado. É óbvio que existem carências sérias, e que o departamento médico costuma abrigar mais que um time inteiro. Mas trata-se de um elenco caro e numeroso. Aconteceu de cortarem seis atletas do grupo de relacionados. Resumindo, está longe de ser terra arrasada.

Em tempo, não há opção melhor do que Rogério Ceni para a função. Por uma série enorme de razões. Só a tragédia do rebaixamento justificaria a troca. A decisão de Córdoba vai sim ter peso determinante na avaliação do ano.

Rogério não seria o "M1to" sem as conquistas. Ganhar o jogo que vale mais é o que distingue os jogadores bons dos médios, os treinadores bons dos médios. Por que vocês acham que o Rogério é tão obcecado em ser campeão? Os mais jovens não fazem ideia do quanto o goleiro Rogério era questionado até 2005 chegar. O São Paulo de 2022 é mediano até aqui, apesar das duas finais alcançadas. Será bom vencendo o perigoso Independiente Del Valle.

Fonte: André Plihal

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Um jogo para resolver dois anos: como São Paulo chega para noite do 'tudo ou nada' no Morumbi

André Plihal
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Noventa e poucos minutos e talvez pênaltis. Menos de duas horas para o São Paulo resolver dois anos. Esta temporada e a próxima. Manter acesa a chance de ganhar um título em 2022

A conquista da Sul-Americana, entre outras coisas, daria força ao Campeonato Paulista ganho em 2021. Seriam dois troféus em dois anos. Pouco importa que não sejam dos mais pesados. Quem ficou quase uma década sem volta olímpica entende o que eu falo. 

Por outro lado, caindo logo mais diante do Atlético-GO, a possibilidade de passar mais doze meses sem jogar a Conmebol Libertadores será enorme. Um desastre esportivo e financeiro! 

Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022
Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022 Ricardo Moreira / Getty Images

Conversei com alguns jogadores do São Paulo que têm esse desafio pela frente. Todos extremamente confiantes. Convenhamos, seria estranho se não estivessem. Jogam num time gigante e terão 50 mil pessoas apoiando. A análise mais fria indica bem menos otimismo. 

Raras foram as vezes nesse ano em que o São Paulo ganhou jogos com alguma folga. Claro que o contexto agora é outro. O São Paulo sabe que precisa da diferença de no mínimo dois gols, a busca será mais incessante. O que logicamente também aumenta a pressão, contra um adversário que na Copa do Brasil não foi capaz de sustentar uma vantagem idêntica. 0s 4 a 1 sofridos contra o Corinthians na Neo Química Arena podem ter ensinado algo. 

Internamente há quem pense que a melhor estratégia seria abandonar momentaneamente os três zagueiros e fortalecer meio e ataque. Não descarto a mudança, mas imagino ser pouco provável. Com isso, Miranda retorna de lesão no lugar do Ferraresi. 

O substituto de Igor Gomes é a dúvida maior. Patrick? Galoppo? Talles Costa? O primeiro rende mais como atacante, o segundo ainda tenta se encontrar, e o terceiro, embora tenha uma dinâmica próxima a do titular, tem sido menos aproveitado que os outros dois. Patrick é um bom palpite. 

Ausente no empate com o Cuiabá por causa de uma tendinite na coxa esquerda, Luciano joga

E o goleiro? Ficarei muito surpreso se o escolhido não for Felipe Alves. Não dá nem para calcular a reação das arquibancadas a uma jornada ruim de Jandrei. Rogério Ceni sabe que em jogos como o de hoje a energia do estádio é fundamental. Por mais que Julio Casares reafirme publicamente confiar no trabalho do técnico, são os resultados que irão mantê-lo no cargo. 

Não recordo nos últimos tempos tricolores de um jogo tão "tudo ou nada" quanto este. E pra acabar em "tudo", o São Paulo terá que fazer muito mais que nesse longo período de frustrações.

São Paulo vai precisar de Calleri para chegar à final da Sul-Americana; veja todos os gols do argentino no Morumbi em 2022


         
     
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Todos os grandes do Brasil têm goleiros mais decisivos que o São Paulo. E assim fica difícil almejar titulos

André Plihal
André Plihal

Rogério encerrou a carreira em dezembro de 2015. Nesses quase sete anos sem Ceni no gol, o São Paulo teve quatro goleiros titulares (Denis, Sidão, Tiago Volpi e Jandrei), dois reservas mais tarimbados (Renan Ribeiro e Jean) e apenas Volpi conseguiu em algum momento agradar, sendo peça importante na saída da "fila".

O desempenho muito ruim nos mata-matas do ano passado tornou a permanência de Volpi impossível, e o São Paulo seguiu sem resolver o problema de goleiro.

De Denis a Jandrei: os goleiros do São Paulo pós-Rogério Ceni


         
     

Não era fácil substituir o maior jogador da história do clube, mas nesse mesmo período TODOS os grandes brasileiros da Série A que trocaram o goleiro encontraram uma opção mais segura que o São Paulo.

Weverton e João Paulo de rivais locais. Gatito, Fábio e Santos no Rio, Éverson no Galo e Bento no Athletico-PR. Daniel, do Internacional, é o único que não estabeleceu-se.

Detalhe: alguns médios e pequenos têm goleiros superiores aos do São Paulo.

É fácil encontrar alguém que tome conta da área? Não, não é. Mas também não se pode dar a desculpa da falta de dinheiro, porque nesse período o São Paulo gastou milhões em contratações – inclusive de goleiros (Jean e Volpi).

Só lembrando que o Cruzeiro, em situação financeira mais dramática, trouxe Rafael Cabral da Europa. Rafael resolveu lá e provavelmente resolveria no Morumbi.

De Jandrei, Felipe Alves e Thiago Couto não virá uma solução barata. Pipocarão nomes cogitados para assumir a camisa 1 tricolor em 2023. Já estão pipocando. Mais uma tentativa falha vai manter o São Paulo longe das conquistas.

Exagero? Goleiro é absolutamente fundamental num time de futebol. Só pense como poderiam ter sido os últimos anos se o São Paulo contasse com qualquer um dos goleiros adversários citados!

Qualquer um.

Jandrei acompanha bola entrar em jogo do São Paulo em 2022
Jandrei acompanha bola entrar em jogo do São Paulo em 2022 Alexandre Schneider / Getty Images
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Todos os grandes do Brasil têm goleiros mais decisivos que o São Paulo. E assim fica difícil almejar titulos

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Luan surpreende e pode voltar a ser relacionado por Rogério Ceni no São Paulo

André Plihal
André Plihal

Luan jogou pouquíssimo com Rogério Ceni dirigindo o São Paulo. No primeiro treino do retorno do técnico ao clube, em outubro do ano passado, iniciou-se uma fase terrível para o volante.

Luan foi diagnosticado com uma avulsão tendínea no músculo adutor da coxa esquerda. Um raro deslocamento do músculo do osso que o tirou do futebol por cinco meses.

 A recuperação não correu como o esperado e, no jogo do primeiro turno, diante do América-MG, no Morumbi, Luan saiu de campo mais uma vez lesionado.

Luan foi operado e dois meses e meio depois, surpreendentemente, tem chances reais de ser relacionado para um jogo, domingo, contra o Fortaleza no Morumbi. 

Luan, meio-campista do São Paulo, durante partida contra o América-MG, no Morumbi, pelo Brasileirão
Luan, meio-campista do São Paulo, durante partida contra o América-MG, no Morumbi, pelo Brasileirão Rubens Chiri/São Paulo F.C.

Reforço na melhor hora possível, já que Gabriel Neves agora é quem está no DM (lesão ligamentar no tornozelo direito, causada  por uma entrada violenta do atacante santista Marcos Leonardo). 

Claro que é preciso levar em conta que Luan precisará de algum tempo para ganhar ritmo. Longe de ser algo rápido, pensando na estrutura física e histórico do jogador. 

A cabeça de área não vai se resolver num estalar de dedos, Pablo Maia será titular nas semifinais da Sul-Americana, mas ter Luan à disposição não deixa de ser um alento.

Fonte: André Plihal

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Discussão bem-vinda: entrevero entre Pablo Maia e Galoppo é acontecimento raro em um São Paulo exageradamente silencioso

André Plihal
André Plihal

Há bastante tempo os times do São Paulo tem uma característica. São times calados. Mudos. Raramente um jogador cobra o outro. Nem pressionar ou reclamar do juiz, prática tão usual no Brasil, se vê muito. 

Rogério Ceni, inclusive, já falou desse "silêncio" em uma coletiva. Sábado, no finalzinho da derrota pro Flamengo, Pablo Maia desentendeu-se com Galoppo e partiu pra cima do argentino. Foi contido pelos companheiros, do contrário poderia ter acontecido algo mais sério. 

Pablo e Rodriguinho bobearam no lance que originou o segundo gol rubro-negro, marcado por Gabigol, na última bola do jogo. O volante poderia ter alçado a bola na área do Flamengo, numa tentativa final de empate. Não o fez e recebeu cobranças, na ordem, de Igor Vinícius, Diego Costa e Galoppo, e explodiu com o terceiro. 

Galoppo, na derrota do São Paulo para o Flamengo no Morumbi
Galoppo, na derrota do São Paulo para o Flamengo no Morumbi Rubens Chiri / saopaulofc.net

Rogério não viu o que aconteceu no campo, mas confirmou que a discussão seguiu no vestiário, instante em que achou melhor intervir. Pensa que Rogério não gostou? Ao contrário. 

"Se eles estão se cobrando, melhor. Poderia ser pior, todo mundo calado. Melhor brigar um pouco. Isso é importante para um time, se quiser ter personalidade é assim que se faz. Cada um tem que aprender a amadurecer assim." 


         
     

Logo depois, mais calmos, Pablo e Galoppo abraçaram-se no vestiário. Pela personalidade de ambos, ficou claro para quem acompanhou que a coisa morreu ali mesmo. Discussões mais fortes fazem parte e são necessárias em qualquer tipo de trabalho. Deixa todo mundo ligado, atento. 

Não quer dizer que daqui pra frente haverá uma transformação no perfil do time, mesmo porque os jogadores são os mesmos. Mas pode ser a abertura para a criação de um ambiente de mais cobrança interna. Não me lembro de nenhum time vencedor sem um bom quebra pau de vez em quando.

Veja os gols da vitória do Flamengo sobre o São Paulo no Morumbi:


         
     
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Exame aponta fratura e Jandrei será desfalque em sequência decisiva do São Paulo; direção tenta contratar novo goleiro até sábado

André Plihal
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Onze dias depois de levar pancada nas costas contra o Fluminense, realizando tratamento intensivo e com tentativas de participar dos treinos, um exame apontou fratura na coluna lombar de Jandrei, titular do São Paulo.

Segundo apurou a ESPN, o goleiro perderá os próximos jogos da equipe, justo no momento mais decisivo da temporada. O reserva, Thiago Couto, sofreu sete gols nos três jogos que fez em sequência.

Nesta quinta-feira (28), diante de mais um Morumbi lotado, terá sua maior prova de fogo.

Enquanto tenta passar um pouco de tranquilidade ao jovem goleiro, a direção já trabalha para contratar outro jogador para a posição até sábado, data limite da Conmebol para inscrições na Copa Sul-Americana.

A pretensão é trazer um nome mais experiente para compor o elenco, provavelmente vindo da Série B. Perfil diferente do buscado na tentativa de contratação de John, do Santos. Este, inclusive, já descartado após o rival da Baixada negar duas propostas, a segunda beirando os R$ 7 milhões.

O fato é que pela quarta vez seguida a sorte está nas mãos de Thiago Couto. E hoje o empate não é um resultado aceitável.

O goleiro Jandrei, do São Paulo
O goleiro Jandrei, do São Paulo Rubens Chiri / saopaulofc.net
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Thiago Couto deve enfrentar América-MG; São Paulo vai ao mercado e tenta contratar goleiro até sábado

André Plihal
André Plihal

As chances de Jandrei enfrentar o América-MG nesta quinta-feira (28) à noite são mínimas

Desde o início da semana, o goleiro titular do São Paulo tem realizado atividades no campo, mas a pancada nas costas sofrida há dez dias contra o Fluminense ainda o limita

O reserva Thiago Couto sofreu sete gols nos três jogos que fez em sequência, e logo mais, num Morumbi lotado, terá sua prova de fogo maior. 

Thiago Couto antes de jogo do São Paulo contra o Inter no Beira-Rio
Thiago Couto antes de jogo do São Paulo contra o Inter no Beira-Rio Rubens Chiri / saopaulofc.net

Enquanto tenta passar um pouco de tranquilidade ao jovem goleiro, a direção trata de contratar um outro jogador pra posição até sábado, data limite para inscrições da Copa Sul-Americana

A pretensão é trazer um goleiro para compor o elenco, mais experiente, provavelmente vindo da Série B. Perfil diferente do buscado na tentativa de contratação de John, do Santos

Este foi descartado após o rival da Baixada negar duas propostas, a segunda beirando os R$ 7 milhões

O fato é que pela quarta vez seguida a sorte está nas mãos de Thiago Couto. E hoje o empate não é um resultado aceitável.

Calleri, oficialmente comprado pelo São Paulo, empilha gols em 2022; veja o top 5 do argentino


         
     
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Os desafios do São Paulo para atender a 'prioridade das prioridades' de Ceni e evitar risco de perder o ano

André Plihal
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Contratar um zagueiro. Essa deveria ser a prioridade das prioridades no São Paulo

Diego Costa ficou no banco contra o Internacional simplesmente porque "não tem o direito" se machucar. Miranda só deverá voltar na quinta-feira, contra o América-MG, pelas quartas de final da Copa do Brasil, porque, se as suas dores musculares transformarem-se em lesão, o São Paulo corre sério risco de eliminar qualquer chance de título na temporada já no dia 18 de agosto (data da volta contra o América). 

Na última coletiva, Rogério Ceni foi ultra-direto ao dizer que, caso perca mais um zagueiro, perde o ano. Isso após pela enésima vez lamentar a fratura de Arboleda. Lembrando que Léo tem um edema na coxa direita e também está sendo preparado pra quinta. 

Léo e Diego Costa comemoram vaga do São Paulo na Copa do Brasil
Léo e Diego Costa comemoram vaga do São Paulo na Copa do Brasil Rubens Chiri / saopaulofc.net

Definitivamente não há como sobreviver desse jeito. 

Mesmo com as boas atuações do jovem Luizão, seria temerário iniciar os mata-matas de Copa do Brasil e Sul-Americana com ele. Beraldo tem imenso potencial, mas provou no Beira-Rio que não está pronto. 

Então vamos voltar a prioridade das prioridades. 

Trazer um zagueiro que chegue e se encaixe no ambiente e no time não é nada simples. O Corinthians não trouxe o Balbuena? Sim, as chances de um jogador desse nível chegar e jogar bem são maiores. Acontece que não há recursos pra trazer alguém assim. 

Um investidor não se interessaria? Para contratar um zagueiro acho improvável. Vai ter que ser na base do garimpo. Por aqui e pelo mundo afora. E é preciso pressa. As inscrições dos torneios tem prazos apertados. 

A direção diz estar atrás. Enquanto busca, reza.

Brasileirão: Inter e São Paulo ficam no empate em jogaço de 6 gols; VEJA


         
     
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Exclusivo: São Paulo renova contrato de Rogério Ceni e surpreende até mesmo técnico

André Plihal
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Em instantes o São Paulo anunciará a renovação de Rogério Ceni até dezembro de 2023.

Muito satisfeita com o trabalho do treinador, a direção do clube chamou Rogério para duas conversas, ambas capitaneadas pelo diretor de futebol Carlos Belmonte: uma na quinta-feira (7), no CT da Barra Funda e com a presença de Muricy Ramalho, e outra no fim de semana, em Belo Horizonte, antes do jogo com o Atlético-MG, essa ao lado do presidente Julio Casares.

Rogério Ceni acena para torcida do São Paulo no Morumbi
Rogério Ceni acena para torcida do São Paulo no Morumbi Ricardo Moreira / Getty Images

Rogério reagiu com surpresa e até uma certa emoção. Rapidamente chegaram ao acordo de extensão do compromisso para mais uma temporada.

Difícil imaginar alguém mais apropriado para a função que Ceni, talvez o mais promissor técnico brasileiro e certamente a pessoa com mais "casca" para comandar o São Paulo de hoje.

Casca e conhecimento dos bastidores tricolores, terreno dos mais espinhosos.

A grande campanha de Rogério Ceni que culminou em renovação de contrato com o São Paulo

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40 anos da mancha de Waldir Peres

André Plihal
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Time do Brasil posado antes de jogo contra a Itália, na Copa do Mundo de 1982
Time do Brasil posado antes de jogo contra a Itália, na Copa do Mundo de 1982 Alessandro Sabattini/Getty Images

Não existe um pingo de exagero quando digo que a seleção brasileira de 1982 guiou a minha vida. 

Simples. As relações são diretas. O Brasil de 82 me fez gostar de futebol. A partir dos meus jogadores preferidos daquele grupo escolhi um time pra torcer. Por ser apaixonado por um clube, quis viver de esporte. Por querer viver de esporte e não me destacar em nenhuma modalidade como atleta, "restou" o jornalismo esportivo, outro amor à primeira vista. 

Pois bem, voltamos ao início de tudo. Em 5 de julho de 1982 , exatos 40 anos atrás, vivi minha primeira desilusão amorosa. 

Algo não ia bem desde o hino nacional. Enquanto a câmera desfilava pelos craques brasileiros, uma mancha de suor no centro da camisa do Waldir Peres (ídolo maior) me chamou a atenção. 

Não tem explicação, mas aquela imagem nunca mais saiu da minha cabeça. Nos jogos anteriores, a camisa do Waldir estava seca. Era um fato novo, e quem vive futebol sabe que fatos novos não são bem-vindos.  Quem vive futebol também sente quando as coisas não vão bem. E antes delas começarem a não ir bem. 

Diferentemente dos outros jogos, não acompanhei Brasil x Itália com a devida atenção. À exceção da estreia contra a União Soviética, em que estava na sala de aula, vi todos os jogos vidrado na tela da TV.  No dia que Paolo Rossi virou nosso carrasco, não estava na mesma "pegada". Lembro que vibrei a distância no primeiro gol de empate, marcado por Sócrates. No 2 a 2 de Falcão também. Mas no fundo sabia que era em vão. A mancha de suor na camisa do Waldir não permitia que acreditasse na classificação. Mesmo o empate sendo do Brasil. 

Paolo Rossi fez o 3º e, no apito final, desliguei a televisão. Fiquei quieto num canto de casa, tentando aceitar que por quatro anos não existiria mais o evento "jogo do Brasil na Copa". Ainda bem que não sabia que jamais me encantaria tanto por uma seleção. 

Vi mais tarde, no "Jornal Nacional", que a dor não foi só minha. O país inteiro chorava, cenas e relatos de tristeza realmente impressionantes. 

Naquele mesmo ano sofri outro golpe duro. Meu time perdeu uma final de campeonato e eu estava no estádio. Anos depois aprenderia que o torcedor é forjado nas derrotas, e que poucas emoções são tão fortes quanto a de uma grande vitória. 

O Brasil de 82 venceu muito mais que quatro jogos. O Brasil de 82 me dá alegrias até hoje. 

Fonte: André Plihal

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São Paulo avança em renovação com Igor Vinícius, criticado pela torcida e importante para Ceni

André Plihal
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Criticado com frequência por grande parte da torcida, e visto internamente como essencial quando se joga com três zagueiros, Igor Vinícius está mais próximo de renovar o vínculo com o São Paulo.

As negociações avançaram e os valores interessantes para as duas pontas não estão distantes. No clube desde o início de 2019, o lateral-direito tem contrato até o fim dessa temporada, e a extensão do compromisso seria por três anos, com fim em dezembro de 2025.

Apesar da falta de regularidade, das evidentes deficiências técnicas, mais claras nos cruzamentos, Igor tem força, arranque e faz bons jogos (foi um dos melhores na vitória sobre o Palmeiras na Copa do Brasil).

Igor Vinícius comemora gol pelo São Paulo
Igor Vinícius comemora gol pelo São Paulo Rubens Chiri / saopaulofc.net

Peca em excesso nas tomadas de decisão, o que em tese pode ser melhorado. Não se tem tanta segurança nisso porque Igor está no clube há três anos e meio e não evoluiu tanto. E porque já tem 25 anos.

A oscilação de Igor Vinícios na atual temporada chegou a deixá-lo como terceira opção num certo momento do Campeonato Paulista, com o jovem Moreira ganhando espaço, perdido na sequência por convocações pra seleção portuguesa sub-18, COVID e uma entorse de tornozelo.

Hoje não é possível dizer quem é o lateral-direito titular do São Paulo, já que Rafinha tem sido muitas vezes preterido por Igor Vinícius nos jogos em que Rogério opta por três zagueiros, precisando que os laterais cheguem constantemente na frente.

O corredor do campo e um novo contrato estão abertos para Igor Vinícius decidir o futuro. Passou o tempo de errar.

Brasileiro: São Paulo vence o Atlético-GO fora de casa com show de Luciano; VEJA gols


         
     

 

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São Paulo quer zagueiro e aguarda resultados das copas para definir perfil que vai buscar no mercado; entenda cenários

André Plihal
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A lesão séria de Robert Arboleda (rompimento de ligamentos e fratura no tornozelo esquerdo) fez a necessidade por uma reposição ser a urgência das urgências no São Paulo. O time muitas vezes joga com três zagueiros, e o elenco hoje tem cinco à disposição (Diego Costa, Miranda, Léo e os jovens Luizão e Beraldo).

Com o detalhe que somente Miranda faz a função da sobra, todos os outros são de corredor.

Direção e Rogério Ceni decidiram esperar para começar a busca com mais intensidade. Não, não é contraditório e nem negligente.

O técnico Rogério Ceni
O técnico Rogério Ceni Rubens Chiri / saopaulofc.net

Qualquer jogador contratado só estará liberado para estrear a partir de 18 de julho, e nessa data o São Paulo poderá viver três realidades: vivo nas três competições, vivo em um dos torneios (Sul-Americana e Copa do Brasil) e Brasileirão, ou apenas no Brasileirão.

O calendário vai definir o perfil do zagueiro contratado.

Se estiver nas três frentes, não há lógica em trazer um jogador mais veterano, pela dificuldade de ele encarar uma sequência mais forte, mesmo tendo Miranda para revezar, caso Ceni opte pela manutenção do esquema com três zagueiros. Qualquer que seja a idade, o ideal é que soubesse fazer a sobra e o corredor (como Arboleda).

Outro ponto: tendo chances reais de conquistar um título, a aposta num jogador de investimento maior faria mais sentido. Além do óbvio. Para bater de frente com as principais forças do país seriam necessárias peças de mais qualidade.

Diante desse cenário, está claro que passar de fases nas copas faria o São Paulo ser mais forte também no Brasileiro. Muita coisa em jogo para pouco beque.

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Calleri é mais que meio time do São Paulo - e faz questão de jogar todas

André Plihal
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Vocês devem ter visto uma brincadeira na internet com a ilustração da escalação do São Paulo para o jogo desta noite com 11 Calleris, com o técnico Calleri, e 12 reservas de nome Calleri. Ninguém discute que se o espírito do centroavante argentino fizesse parte do caráter da maioria do elenco, as chances de êxito sobre o Palmeiras seriam consideravelmente maiores.

Quando escrevo caráter não falo de índole, mas sim de brio

Brio e inteligência. Não vou citar os números do goleador do Brasileirão. Nem a ótima média do “9” somando as duas passagens pelo São Paulo. Quero ressaltar um dos motivos reais da adoração dos torcedores por Calleri.

Reprodução
Reprodução Escalação do São Paulo só com nome de Ca

Vai além do fato dele quase sempre marcar o gol mais importante do jogo, via de regra o 1 a 0.

Jonathan Calleri é um jogador à moda antiga perfeitamente adaptado ao futebol de hoje. Explicando. Ao mesmo tempo em que disputa todas as bolas - por cima e por baixo - com os zagueiros, que ajuda na marcação indo e voltando o tempo todo, e que arrisca-se fora da área - pelo centro e pelos lados, Calleri é muito hábil no jogo mental.

Fala pouco em campo, mas deixa claro não se intimidar com chegadas mais fortes ou ameaças verbais. Ao contrário, do seu modo, sem ser notado, muitas vezes irrita o marcador.

Outro ponto: sabe ganhar tempo quando o placar lhe favorece. No primeiro clássico de 2022 contra o Corinthians, na fase de classificação do Paulista (1 a 0, gol dele), ganhou segundos preciosos segurando a bola perto da bandeirinha do escanteio. Aconteceu mais de uma vez.

Calleri em partida pelo São Paulo
Calleri em partida pelo São Paulo Rubens Chiri / Saopaulofc.net

Só uma coisa faz Calleri dar um bico nessa “inteligência emocional”: ficar fora de jogo sem estar lesionado ou suspenso. Jogo grande, então… Isso não tem acontecido, ele tem iniciado sempre. Ainda no Paulistão, no primeiro mata-mata diante do São Bernardo, Rogério decidiu poupá-lo. Calleri só entrou no finalzinho e nem o fato de ter feito o quarto gol da vitória por 4x1 diminuiu a cara amarrada pelo longo tempo no banco.

Calleri quer jogar todas, a torcida quer que ele jogue todas, Rogério não abre mão do atacante, aonde é que está o problema? No desgaste provocado pelo calendário insano e probabilidade maior de ter algo físico. Neste momento a decisão geral é pelo risco.

Ninguém da comissão técnica ou departamento médico sequer sugere preservá-lo. As horas de folga do jogador são 100% dedicadas ao descanso. Guardado em casa como uma joia preciosa no cofre de um banco.

Se não há como ter 11 Calleris em campo, o único a disposição jamais pode faltar. 

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