Um jogo para resolver dois anos: como São Paulo chega para noite do 'tudo ou nada' no Morumbi

André Plihal
André Plihal

Noventa e poucos minutos e talvez pênaltis. Menos de duas horas para o São Paulo resolver dois anos. Esta temporada e a próxima. Manter acesa a chance de ganhar um título em 2022

A conquista da Sul-Americana, entre outras coisas, daria força ao Campeonato Paulista ganho em 2021. Seriam dois troféus em dois anos. Pouco importa que não sejam dos mais pesados. Quem ficou quase uma década sem volta olímpica entende o que eu falo. 

Por outro lado, caindo logo mais diante do Atlético-GO, a possibilidade de passar mais doze meses sem jogar a Conmebol Libertadores será enorme. Um desastre esportivo e financeiro! 

Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022
Rogério Ceni durante jogo do São Paulo na temporada 2022 Ricardo Moreira / Getty Images

Conversei com alguns jogadores do São Paulo que têm esse desafio pela frente. Todos extremamente confiantes. Convenhamos, seria estranho se não estivessem. Jogam num time gigante e terão 50 mil pessoas apoiando. A análise mais fria indica bem menos otimismo. 

Raras foram as vezes nesse ano em que o São Paulo ganhou jogos com alguma folga. Claro que o contexto agora é outro. O São Paulo sabe que precisa da diferença de no mínimo dois gols, a busca será mais incessante. O que logicamente também aumenta a pressão, contra um adversário que na Copa do Brasil não foi capaz de sustentar uma vantagem idêntica. 0s 4 a 1 sofridos contra o Corinthians na Neo Química Arena podem ter ensinado algo. 

Internamente há quem pense que a melhor estratégia seria abandonar momentaneamente os três zagueiros e fortalecer meio e ataque. Não descarto a mudança, mas imagino ser pouco provável. Com isso, Miranda retorna de lesão no lugar do Ferraresi. 

O substituto de Igor Gomes é a dúvida maior. Patrick? Galoppo? Talles Costa? O primeiro rende mais como atacante, o segundo ainda tenta se encontrar, e o terceiro, embora tenha uma dinâmica próxima a do titular, tem sido menos aproveitado que os outros dois. Patrick é um bom palpite. 

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E o goleiro? Ficarei muito surpreso se o escolhido não for Felipe Alves. Não dá nem para calcular a reação das arquibancadas a uma jornada ruim de Jandrei. Rogério Ceni sabe que em jogos como o de hoje a energia do estádio é fundamental. Por mais que Julio Casares reafirme publicamente confiar no trabalho do técnico, são os resultados que irão mantê-lo no cargo. 

Não recordo nos últimos tempos tricolores de um jogo tão "tudo ou nada" quanto este. E pra acabar em "tudo", o São Paulo terá que fazer muito mais que nesse longo período de frustrações.

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