O Atlético-MG poderia liquidar a briga pela vaga, mas o Palmeiras mostrou por que é o bi da América
Conheço gente que torce o nariz para o Palmeiras e não se conforma com o sucesso de Abel Ferreira e sua rapaziada. A alegação mais corriqueira para desmerecer as proezas verdes é a de que 'sempre' pega moleza, sobretudo na Conmebol Libertadores. Pois o bicampeão seguido da América topou com um adversário gigante, na noite desta quarta-feira (3),e saiu do Mineirão com honroso empate por 2 a 2. Decidirá a vaga para a semifinal com o Atlético-MG, na semana que vem, com moral alta e mais vivo do que nunca em busca do terceiro título enfileirado.
O resultado foi magnífico para os palmeirenses, sobretudo porque veio nos acréscimos e de maneira dramática. Deve ser comemorado, sem dúvida, porque obtido com méritos. Por outro lado, Abel e jogadores precisam agradecer a seus anjos da guarda e ao rival, que não soube segurar a esplêndida vantagem de 2 a 0, alcançada com justiça, com os gols de Hulk (pênalti) aos 45 minutos do primeiro tempo e Murilo, contra, aos 2 do segundo.
O Galo teve desempenho impecável na metade inicial do clássico. Desde o início, tratou de se impor e impediu qualquer tentativa mais ousada de contragolpe palestrino; marcou forte e até com muitas faltas. Hulk puxava as principais jogadas e Keno apareceu algumas vezes livre para concluir. O domínio atleticano deixou tonto o Palmeiras, que teve só um bom momento, no gol bem anulado de Piquerez. Além disso, ressentiu-se da atuação apagada de Marcos Rocha (cometeu o pênalti e sofreu com Keno), de Raphael Veiga, de 'Flaco' López. E fez muita falta o goleador Rony.
O Atlético superior, atento, cheio de vontade acusou o golpe após o gol de Murilo, aos 13 minutos - dessa vez a favor do Palmeiras - e deu brecha para a reação. O empate quase veio nos minutos finais, em cruzamento de Gustavo Scarpa (de novo o melhor da equipe dele) que Dudu sem marcação chutou para fora. Dudu recuperou-se ao mergulhar de cabeça, no escanteio em que saiu o gol de empate, e deixar a bola para Danilo completar. O gol que mantém aberta a luta para a próxima etapa.
O jogo confirmou o prognóstico de equilíbrio entre dois concorrentes muito fortes e foi mais uma constatação da alta competitividade do Palmeiras, ganhador das últimas duas edições não por obra do acaso. No entanto, também provou o quanto o Atlético-MG tem de qualidade e recursos para fazer a festa no Allianz Parque - desde que acredite em seu poder de decisão e não se intimide com o tamanho do desafio. Não vejo pênaltis como hipótese a ser descartada para apontar um semifinalista…
O Atlético-MG poderia liquidar a briga pela vaga, mas o Palmeiras mostrou por que é o bi da América
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