Athletico-PR e Felipão: gigantes de respeito no caminho do Palmeiras
Não é de agora que o Athletico-PR pede passagem como uma das forças do futebol brasileiro - e da América do Sul. Não foi por acaso que conquistou duas vezes a Copa Sul-Americana. Felipão, então, nem se fala: a trajetória dele fala por si só. Quando se imagina que tenha chegado o momento de pendurar a prancheta, eis que ressurge para um desafio diferente e se dá bem.
Pois serão esses dois gigantes que o Palmeiras terá atravessados em seu caminho, na penúltima fase da tentativa de chegar ao terceiro título consecutivo da Libertadores. A classificação do Furacão para a semifinal foi tão heroica quanto a de seu próximo rival. Na quarta-feira (10), os verdes conquistaram a vaga, na cobrança do sexto pênalti, depois de aguentar o 0 a 0 com dois jogadores a menos. Nesta quinta-feira (11), os rubro-negros foram à Argentina e desbancaram o Estudiantes, já quatro vezes campeão continental. E com gol aos 51 minutos do segundo tempo, praticamente na última bola do jogo, marcado pela jovem estrela Vitor Roque, 17 anos e futuro promissor.
A passagem de turno veio com a cara e o jeito do Athletico de Felipão. Ou seja, na base do suor, da aplicação tática, da intensidade na marcação, na coragem nas divididas. Bento e companheiros tiveram foram indiferentes ao ambiente empolgado criado pelos torcedores locais. Não teve essa de intimidação, apequenamento diante de um adversário que tem lastro na competição. O time brasileiro teve um roteiro traçado e o seguiu à risca, até a festa em cima da hora, quando não havia mais qualquer possibilidade de reação.
O Athletico fez o que se previa: no primeiro tempo, segurou a empolgação do Estudiantes, com marcação implacável e com pé de ferro, quando preciso. Sem medo de cara feia da turma do lado de lá. No segundo, soltou-se um pouco mais, à medida que o cronômetro avançava. Sem exageros, é claro. O Estudiantes pouco incomodou Bento, fez um gol com Lollo (que me pareceu normal), porém anulado por interferência do VAR, que viu Morel impedido a atrapalhar o goleiro paranaense. Fora isso, teve uma oportunidade extraordinária com Méndez, aos 45... pra fora.
O Athletico será um imenso teste para a força do Palmeiras, que já superou muitos desafios nas três últimas edições da Libertadores. Para registro, foi um dos quatro rivais que conseguiram ganhar da rapaziada de Abel Ferreira em 2022. (Os outros foram Chelsea, Ceará e São Paulo duas vezes). O Furacão não entra na semifinal como 'patinho feio', 'zebra' ou algo do gênero. Mas como um concorrente que se firmou à medida que superou etapas e chega à semifinal pela segunda vez na história disposto a livrar-se de um favorito e repetir 2005, quando disputou o título com o São Paulo. E alguém duvida do atrevimento rubro-negro e de seu treinador inoxidável?
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