Começou a Era Seneme na CBF; veja suas propostas para a melhorar a arbitragem brasileira
Na quarta-feira passada (22) começou efetivamente a gestão de Wilson Seneme na Comissão de Arbitragem da CBF. Enfim, dois meses e meio depois de assumir a presidência do órgão, ele anunciou os 18 integrantes da Comissão, da qual constam nomes conhecidos, como os ex-árbitros Péricles Bassols e Ricardo Marques. Conforme o mesmo fez questão de destacar, Seneme teve mais de dois meses e meio e 'o máximo de autonomia' para escolher seus auxiliares.
Na minha opinião, a elasticidade temporal e a louvável liberdade de ação resultaram na formação de equipe de qualidade apenas média, considerando que há à disposição no mercado da bola nomes mais conhecidos e respeitados por sua experiência e conhecimento na gestão das questões relacionadas à arbitragem de futebol. Mas esta é apenas minha opinião, o que importa são as expectativas do presidente da CA-CBF.
Em relação às críticas que a arbitragem vem sofrendo por conta de atuações no Campeonato Brasileiro, Seneme ainda as considera parte de uma herança maldita. 'Tem muito do passado nessas situações. É evidente isso', pontuou. Ou seja, para ele a Era Seneme começou a partir da 14ª rodada rodada do campeonato, que iniciou na sexta-feira passada (24).
Entre as promessas para melhorar o nível do trabalho em campo, o chefe da arbitragem e sua equipe pretendem, entre outras medidas, substituir a 'geladeira' para os árbitros que cometerem erros crassos por um programa de 'reciclagem'; realizar uma intertemporada no final do primeiro turno; contratar uma plataforma para que todos os árbitros e assistentes tenham acesso às próprias estatísticas ao final de cada rodada e dar maior agilidade e transparência nas decisões do VAR.
Além disso, a médio prazo, os árbitros deverão decidir se querem atuar no campo ou como árbitro de vídeo. Como plano de governo, no papel das intenções são boas e visam atingir um objetivo nobre. Já o sucesso da iniciativa vai depender não apenas da 'esperança e do pensamento positivo' de Seneme, mas principalmente do trabalho e da competência de todos os envolvidos no projeto.
A tarefa é árdua, considerando as duras críticas de dirigentes como Salmo Valentim, presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), e alguns presidentes de federações insatisfeitos com o que Seneme está entregando como presidente da CA-CBF.
"Não há respeito, não há projetos, não há vontade de fazer diferente e, sobretudo, não há o mínimo conhecimento do atual cenário que hoje existe no Brasil. Ou mudanças efetivas ocorrem para valer, ou, infelizmente, a profissionalização, uma das grandes aspirações de uma parcela considerável da arbitragem brasileira, não conta com o entusiasmo do chefe do apito nacional."
"Não existem ainda elementos que permitem profissionalizar. Já foi instituída pelo Congresso Nacional, ao reconhecer que existe a profissão árbitro de futebol. Mas como vai ser realizado? Como vamos profissionalizar? Quantos serão? Dividir uma categoria, profissionalizar uns e não outros, não parece a melhor solução”, declarou Wilson Seneme, indicando que o assunto está fora do radar da sua administração. Ainda não será desta vez que a reforma estrutural que a arbitragem do futebol brasileiro precisa e merece será encarada de frente.
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