À espera da aurora boreal, brasileiro do Bodo resume goleada na Roma: 'Maior vitória da história do clube'
Não são poucos os jogadores de futebol de várzea que sonham um dia poder jogar futebol profissionalmente na Europa. São bem menos, porém, aqueles que imaginam a possibilidade de exercer a profissão praticamente dentro do Círculo Polar Ártico, numa pequena cidade de cerca de 55 mil habitantes bem ao norte da bela e gelada Noruega.
Foi esse o destino de José Vitor Rodrigues da Silva dos Santos, conhecido como Pernambuco, atacante de 23 anos do pequeno Bodo-Glimt, atual (pela primeira vez) campeão norueguês e que conquistou nesta última quinta-feira um dos maiores feitos dos seus 105 anos de existência: uma goleada por 6 a 1 sobre a Roma, de José Mourinho, pela fase de grupos da recém-criada Uefa Conference League, competição oficial da Uefa.
“A torcida foi à loucura porque essa foi a maior vitória da história do clube. Em todos os jogos por aqui os torcedores fazem muita festa. Mas desta vez foi especial porque foi contra uma grande equipe, a Roma, e com um treinador como o Mourinho. Foi espetacular”, afirmou o único brasileiro do elenco, que ficou no banco durante todo o confronto.
Aos 23 anos, Vitor, que depois de descoberto na várzea só atuou profissionalmente por Portuguesa e Jaguariuna em território brasileiro, jogou também no Lyiv, da Ucrânia, e no Dínamo Tblisi, da Geórgia, antes de ser emprestado pelo campeão georgiano ao Bodo-Glimt, em março deste ano.
Apesar de viver numa cidade próxima ao Polo Norte, com cenários tão isolados quanto espetaculares, Vitor explica que não conseguiu explorar a região por um problema bem conhecido por seus colegas brasileiros: “Não tive tempo de conhecer muito por aqui porque é muito jogo, a cada três dias: domingo, quarta, domingo... Mas andei pela cidade e ela é muito bonita!”
Apesar do frio (temperatura média anual de 2,4º celsius) e do isolamento, Pernambuco conta que não titubeou quando recebeu a proposta para jogar em Bodo: “Não pensei duas vezes porque era o time campeão nacional e que ia jogar a Champions League [eliminado na fase preliminar do torneio, pela qual o brasileiro chegou a marcar um gol, a equipe ganhou o direito de jogar a Conference League]”.
Apesar da aproximação do mês de dezembro, quando os dias em Bodo passam a ter menos de 2 horas de luz solar a cada 24, Pernambuco não parece muito preocupado com eventuais dificuldades de adaptação. E não só porque seu time está na liderança tanto no Campeonato Norueguês como em sua chave na Conference League.
Mas também porque, com a escuridão que vem por aí, aumentam suas chances de ver a aurora boreal, o deslumbrante fenômeno óptico comum em regiões polares: “Eu já vi a aurora boreal, é um negócio muito bonito, incrível. Estou querendo ver de novo, só que ela não apareceu mais”.
Veja os gols de Bodo-Glimt 6 x 1 Roma
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