Calendário assimétrico e quase dois meses de pausa: como se monta a tabela da Serie A italiana?

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Pouco mais de um mês se passou desde que o Milan acabou com um jejum de onze anos na Serie A, e já é hora de projetar a próxima temporada. Nesta sexta-feira (24), as vinte equipes que formam a primeira divisão italiana conhecerão suas tabelas de uma temporada atípica, com quase dois meses de pausa por causa da Copa do Mundo - que os atuais campeões da Europa verão pela televisão.

Ao contrário do habitual, o campeonato começará antes do tradicional feriado de "Ferragosto" (15 de agosto). O fim de semana de 13-14 de agosto marcará a primeira rodada. Já a rodada final está prevista para 4 de junho de 2023. Apenas em situações incomuns a liga italiana termina depois de maio - foi assim em 2000/01, quando a temporada começou após os Jogos Olímpicos realizados em setembro.

O sorteio da tabela é realizado por computador e transmitido ao vivo por streaming, mas a formação das rodadas não é totalmente aleatória. Alguns critérios precisam ser respeitados. Entenda quais são:

ALTERNÂNCIA DE SEDES

Há cinco pares de equipes da mesma cidade ou de cidades próximas que não podem jogar em casa na mesma rodada. São eles: Inter e Milan, Juventus e Torino, Lazio e Roma, Empoli e Fiorentina, Napoli e Salernitana.

ASSIMETRIA

Pela segunda temporada consecutiva, o campeonato não terá ordem de rodadas em turno e returno. É determinado apenas que um confronto não se repita nas oito rodadas seguintes à que será disputado pela primeira vez.

MEIOS DE SEMANA

As sete equipes classificadas para competições europeias (Milan, Inter, Napoli, Juventus, Lazio, Roma e Fiorentina) não poderão se enfrentar nas quatro rodadas em meios de semana (31/8, 9/11, 4/1 e 3/5). Estes confrontos também não serão possíveis em fins de semana colocados entre rodadas consecutivas dos torneios da Uefa.

CLÁSSICOS

Os dérbis não serão disputados na primeira rodada ou nas rodadas de meios de semana.

PAUSAS

O campeonato será suspenso após os jogos de 13 de novembro e só será retomado após as festas de fim de ano, em 4 de janeiro, totalizando 52 dias de pausa. As outras duas paralisações se devem às datas Fifa: não haverá jogos em 24-25 de setembro, entre a 7ª e a 8ª rodada, e em 25-26 de março, entre a 25ª e a 26ª rodada.

TRANSMISSÃO

A temporada 2022/23 terá transmissão no Brasil dos canais ESPN, com todas as partidas disponíveis ao vivo no Star+.

Ibrahimovic e o Milan conhecerão seus adversários na defesa do scudetto
Ibrahimovic e o Milan conhecerão seus adversários na defesa do scudetto EFE
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Finalíssima: relembre histórias dos tira-teimas entre continentes

Leonardo Bertozzi
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Itália e Argentina entram em campo nesta quarta-feira, em Wembley, para disputar a Finalíssima entre os campeões de Europa e América do Sul. O encontro desejado por Uefa e Conmebol reforça as boas relações atuais entre as entidades, que envolvem desde intercâmbio de árbitros em suas competições até planos por outros eventos conjuntos no futuro. 

É ainda uma forma de fortalecê-las contra a Fifa em projetos que não lhes interessam, como a recente ideia fracassada de uma Copa do Mundo a cada dois anos.

O tira-teima entre continentes, porém, já ocorreu no passado. No início dos anos 80, com a ida para o Japão revigorando a Copa Intercontinental (também chamada Mundial Interclubes no Brasil), as duas entidades decidiram replicar o duelo entre as seleções. 

O plano inicial era realizá-lo a cada quatro anos, alternando a sede entre Europa e América do Sul. Estava criado o Troféu Artemio Franchi, homenageando o ex-presidente da Uefa morto em 1983 num acidente automobilístico.

O Parque dos Príncipes, em Paris, abrigou o jogo entre a França de Michel Platini e o Uruguai de Enzo Francescoli em 1985. Dominique Rocheteau, no primeiro tempo, e José Touré, no segundo, marcaram os gols da vitória francesa por 2 a 0.

Itália e Argentina entram em campo em Wembley para disputar a Finalíssima
Itália e Argentina entram em campo em Wembley para disputar a Finalíssima Divulgação/UEFA

Os uruguaios voltaram a conquistar a Copa América em 1987 e deveriam receber a Holanda, que venceu a Euro de 1988. No entanto, nunca houve acordo sobre uma data e a partida não se disputou. 

A América do Sul sediaria o confronto entre Argentina e Dinamarca, em 1993. Com Diego Maradona como capitão, e Claudio Caniggia formando o ataque com Gabriel Batistuta, a Albiceleste venceu nos pênaltis após o empate por 1 a 1 no tempo normal. Mas outra disputa entre campeões continentais significaria o fim do troféu Artemio Franchi.

Meses antes, ainda em 1992, a Argentina havia participado da Copa Rei Fahd, na Arábia Saudita. Além dos donos da casa, campeões asiáticos de 1988, foram a campo a Costa do Marfim, campeã africana de 1992, e os Estados Unidos, vencedores da Copa do Mundo da Concacaf em 1991. Os argentinos levaram o troféu batendo os marfinenses na semifinal e os sauditas na decisão.

O torneio, ainda de caráter amistoso, se repetiu em 1995 de forma ampliada, com seis participantes. Além de Argentina e Dinamarca e da anfitriã Arábia Saudita, jogaram Nigéria, México e Japão. Os dinamarqueses "deram o troco" nos sul-americanos com os 2 a 0 na decisão.

A competição foi considerada um sucesso, a ponto de a Fifa assumir a organização com o nome de Copa das Confederações. Participariam os seis campeões continentais e o último campeão mundial, além da sede, a cada dois anos. A edição de 1997, porém, teve dois vice-campeões: a República Tcheca, porque a Alemanha não aceitou participar, e os Emirados Árabes, pelo fato de a Arábia Saudita ser a campeã da Ásia.

Com a parceria letal de Ronaldo e Romário, que marcaram três gols cada, o Brasil de Zagallo atropelou a Austrália (na época ainda jogando pela Oceania) na decisão.

Em 1999, no México, a Copa das Confederações deveria ser disputada no início do ano, mas foi remarcada para julho e agosto para facilitar a liberação dos jogadores europeus - ainda não havia as datas Fifa como as conhecemos hoje. Ronaldinho foi melhor jogador e Chuteira de Ouro do torneio, mas o título ficou com os donos da casa, após um dramático 4 a 3 sobre o Brasil na final.

A edição de 2001 foi usada como teste para Coreia do Sul e Japão, que sediariam em conjunto o Mundial de 2002. A França unificou o título aos da Copa de 1998 e da Euro 2000, passando pelos japoneses na final. O Brasil mandou uma seleção enfraquecida e, depois de cair para os franceses na semifinal, perdeu a disputa do terceiro lugar para Austrália. Emerson Leão foi demitido antes mesmo de chegar ao Brasil e acabou substituído por Luiz Felipe Scolari.


Campeão mundial em 2002, Scolari foi substituído por Carlos Alberto Parreira, que dirigiu a Seleção na Copa das Confederações de 2003, na França. Poupando as estrelas do penta, o resultado foi uma eliminação na fase de grupos, atrás de Camarões e Turquia. O torneio, porém, ficaria marcado pela morte em campo do camaronês Marc-Vivien Foé durante a semifinal contra a Colômbia. O título ficou novamente com a França, que bateu Camarões na final por 1 a 0, na prorrogação.

A ideia da Copa das Confederações como evento-teste agradou à Fifa, que mudou a periodicidade para quadrienal. Em 2005, na Alemanha, o Brasil de Parreira viveu seu grande momento do ciclo, batendo os anfitriões na semifinal e goleando a Argentina por 4 a 1 na decisão, com show de Ronaldinho, Kaká e Adriano.

A edição de 2009, na África do Sul, projetava um aguardado confronto entre Brasil e Espanha, mas a expectativa foi frustrada pela zebra: os espanhóis perderam por 2 a 0 para os Estados Unidos na semifinal, acabando com uma invencibilidade de 35 partidas. Dirigida por Dunga, a Seleção venceu os norte-americanos na final por 3 a 2, depois de sair perdendo por 2 a 0.

A final que não aconteceu em 2009 ficou para 2013, no Brasil. Com atuação de gala no Maracanã, vitória brasileira por 3 a 0 sobre a Espanha, fechando um torneio marcado pelas manifestações de rua nas principais cidades do país.

Em 2017, na Rússia, a Alemanha bateu o Chile e se tornou a última vencedora da Copa das Confederações. A Fifa decidiu pela extinção do sorteio para investir num formato ampliado do Mundial de Clubes, que deveria ter se disputado em 2021, mas foi cancelado por causa da pandemia e neste momento não tem previsão.

Itália x Argentina revive a velha disputa, com contextos diferentes. Os argentinos vivem uma lua-de-mel com seus torcedores, depois de conquistar a Copa América de 2021 em pleno Maracanã e acabar com um jejum de 28 anos sem conquistas. A Itália, fora do Mundial do Catar, vê a ocasião como uma forma de demonstrar que o título europeu conquistado no mesmo Wembley não foi por acaso.

Um jogo, portanto, repleto de atrativos, que você pode acompanhar nesta quarta-feira (1°), com transmissão pela ESPN no Star+ a partir das 15h35 (de Brasília).



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Repescagem da morte! Como formato do sorteio pode criar um 'supergrupo' no Catar

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Os atrasos causados pela pandemia de COVID-19 e pela invasão russa à Ucrânia criarão um cenário incomum para o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, dia 1º de abril. As chaves serão definidas antes que sejam conhecidas as 32 seleções classificadas.

As duas repescagens intercontinentais (América do Sul x Ásia, Concacaf x Oceania) foram programadas para junho, em jogos únicos no Catar. Com a impossibilidade da Ucrânia de jogar contra a Escócia esta semana, a final de uma das três chaves da Europa também precisou ser remarcada para o meio do ano - o vencedor deste confronto pega quem passar de País de Gales x Áustria, que se disputa normalmente nesta quinta.

Portanto, 29 bolinhas do sorteio levarão o nome de uma seleção, enquanto as outras três ainda estarão indefinidas. Pelo procedimento divulgado pela Fifa nesta terça-feira, a definição dos potes seguirá o ranking da Fifa a se atualizar no dia 31 de março, com os resultados das partidas desta semana. As três últimas classificadas serão inseridas no pote 4, junto com as cinco piores ranqueadas entre as classificadas.

O cenário cria uma possível distorção técnica no nível dos potes. O Uruguai, hoje 16º colocado no ranking, seria um possível pote 2, mas pode acabar na última prateleira do sorteio caso tenha de passar pela repescagem contra uma seleção da AFC. O mesmo vale para o País de Gales, que provavelmente ficaria no terceiro pote em caso de classificação, mas com chances matemáticas de estar no segundo, dependendo de quem não se classificasse entre as de melhor ranking.

As cabeças-de-chave já conhecidas, além do Catar, são Bélgica, Brasil, França, Argentina, Inglaterra e Espanha, com a Itália se juntando a elas caso supere sua chave na repescagem. Se a vaga for de Portugal, hoje em oitavo no ranking, provavelmente caberá à equipe de Fernando Santos o lugar no pote 1. Não é algo 100%, porém, especialmente se superarem alguma das fases nos pênaltis. 

 

México e Estados Unidos, com a vantagem de jogarem três vezes nesta data Fifa, ainda têm chances remotas de estar no pote 1, assim como Dinamarca, Holanda e Alemanha. A Suíça já sabe que estará no pote 2, e a Croácia, última vice-campeã, está praticamente certa. Se o Uruguai não se classificar diretamente, sobem as hipóteses de Suécia e Senegal, caso avancem nos playoffs.

O sorteio seguirá o princípio da separação continental, ou seja, evitará confrontos da mesma confederação nos grupos. A única exceção é a Europa, que tem 13 seleções participantes. Cinco grupos terão duas seleções da Uefa, e os outros três ficarão com uma.

A proteção também valerá para as repescagens intercontinentais, o que significa que o vencedor do confronto entre sul-americano e asiático não cairá em grupo que já tenha representante de uma das confederações.

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Como o pote 4 será o último a ser sorteado, haverá poucas opções de grupo para o classificado. O Equador, virtualmente classificado, também deve estar neste último nível, mas as opções de Brasil, Argentina e do outro sul-americano garantido diretamente já estarão bloqueadas, além dos eventuais asiáticos em outros grupos.

É possível, portanto, projetar um grupo com França, Alemanha, Marrocos (ou outra africana do pote 3) e Uruguai

Para o Brasil, qual o melhor cenário? Apenas uma europeia no grupo, como em 2022? Possível uma chave com Estados Unidos, Sérvia e Arábia Saudita. E o pior? Duas europeias, como Holanda (única seleção da história com três vitórias sobre a Seleção em Copas) e Sérvia e uma africana traiçoeira (vencedora de Camarões x Argélia).

A sorte está lançada, mas o vento começa a soprar antes que as bolinhas entrem nos potes.

Sorteio da Copa está marcado para 1º de abril
Sorteio da Copa está marcado para 1º de abril Kurt Schorrer/Getty Images

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Fala de Infantino sobre migrantes é mais que uma simples gafe - deveria derrubá-lo

Leonardo Bertozzi
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Não chega a ser novidade a capacidade de dirigentes de futebol usarem argumentos absurdos para sustentar seus planos gananciosos. Lembra-se de quando os artífices da chamada "Superliga" tentaram convencer o mundo de que o projeto elitista de um grupo fechado de clubes poderosos seria bom para toda a pirâmide do futebol? Pois é.

Nesta quinta, porém, o cartola mais poderoso do mundo conseguiu baixar a níveis inimagináveis para defender o projeto de uma Copa do Mundo a cada dois anos. Falando ao Conselho Europeu, Gianni Infantino, presidente da Fifa, usou como justificativa uma questão humanitária séria e dramática como a morte de migrantes que tentam chegar à Europa pelo mar.

Leo Bertozzi lamenta falta de organização da Copa Africana de Nações, mas reflete: 'A gente passa nisso como se fosse uma nota de pé de página'

         
     


"Precisamos encontrar maneiras de incluir o mundo inteiro para dar esperança aos africanos, para que eles não precisam cruzar o Mediterrâneo para talvez encontrar uma vida melhor, mas, provavelmente, a morte no mar", disse o suíço em seu discurso. "Precisamos dar oportunidades, dar dignidade. Não com caridade, mas permitindo ao resto do mundo participar".

Não é a primeira vez que Infantino pisa em terreno delicado ao falar de Copa do Mundo. Em outubro do ano passado, durante visita oficial a Israel, o mandatário da Fifa disse sonhar com a realização de um Mundial no país em conjunto com os vizinhos de Oriente Médio, região historicamente marcada por conflitos.

As falas de Infantino são a de uma figura dissimulada, que tenta dar um viés caridoso a um plano que apenas visa engordar os cofres da entidade - e, por consequência, das federações filiadas que sustentam seu poder.

Nem a oposição de Uefa e Conmebol, que concentram todas as seleções campeãs do mundo, foi capaz de moderar o discurso delirante. Seria mais digno se a plataforma de campanha que emana da Fifa se ativesse aos seus reais objetivos, que já bastam para angariar apoio de um bom número de federações.

Ao usar uma tragédia humanitária para estes fins, Infantino a banaliza como tenta fazer com o próprio Mundial. E chama atenção que, horas depois do discurso, não apareçam repúdios importantes dentro da comunidade do futebol.

A fala desta quinta-feira não é uma simples gafe. Deveria ser o suficiente para sua retirada do cargo.

Infantino associou tragédia humanitária ao plano de Copa do Mundo bienal
Infantino associou tragédia humanitária ao plano de Copa do Mundo bienal Fifa.com

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Chelsea x Real Madrid é o confronto mais provável da Champions. Entenda

Leonardo Bertozzi
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O Chelsea eliminou o Real Madrid nas semifinais da última Champions League antes de conquistar o título em cima do Manchester City - e a oportunidade para a vingança dos merengues pode vir logo nas oitavas-de-final desta temporada.

Com a classificação do Villarreal em cima da Atalanta, em jogo adiado por causa do mau tempo na quarta-feira, já são conhecidos os dois potes para o sorteio da próxima segunda. 

As restrições a cruzamentos entre times do mesmo país ou que estiveram do mesmo grupo aumentam as chances de um encontro imediato do Real Madrid com os Blues de Thomas Tuchel.

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Como o Chelsea não pode enfrentar os ingleses Liverpool, Manchester City e Manchester United ou a Juventus, vencedora de sua chave, restam apenas quatro possibilidades de adversários: Real Madrid, Bayern, Ajax ou Lille.

Para o Real Madrid, são cinco cruzamentos permitidos: Chelsea, Paris Saint-Germain, Red Bull Salzburg, Benfica e Sporting. Além da Internazionale, segunda no grupo, o time de Carlo Ancelotti não pode pegar Atlético de Madrid ou Villarreal.

Simulando todas as possibilidades, de acordo com o especialista em dados "Mister Chip", a chance de Chelsea e Real Madrid se enfrentarem é de 32,3%, ou seja, eles seriam sorteados um contra o outro em praticamente uma de cada três combinações possíveis.

A chance de o Real Madrid encontrar o Chelsea ou o PSG supera os 50 por cento. A equipe de Neymar, Messi e Mbappé é a segunda adversária na ordem de probabilidades, pois não pode enfrentar o Lille, além do Manchester City.


Chelsea, de Lukaku, pode pegar Real Madrid nas oitavas
Chelsea, de Lukaku, pode pegar Real Madrid nas oitavas Getty Images
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Perigo! Como será o sorteio que pode garantir Itália ou Portugal fora da Copa

Leonardo Bertozzi
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Dez seleções europeias já carimbaram o passaporte para a Copa do Mundo de 2022, mas não estão entre elas as duas últimas campeãs continentais. Portugal e Itália foram superadas em seus grupos por Sérvia e Suíça, respectivamente, e terão de esperar até março para definirem seus destinos na repescagem.

O formato dos playoffs mudou em relação às últimas eliminatórias - agora, em vez de superar um confronto em jogos de ida e volta, uma seleção tem de bater dois adversários em jogos únicos. Isso significa que todos os cruzamentos são possíveis no jogo que define a vaga, inclusive um duelo direto entre portugueses e italianos.

No sorteio de 26 de novembro estarão doze seleções: as dez que terminaram em segundo lugar de seus grupos e as duas melhores vencedoras de grupos da Nations League que não obtiveram a classificação por meio das eliminatórias.

O primeiro pote terá as seis melhores segundas colocadas, já descontando a pontuação dos jogos contra o sexto colocado nos grupos com seis países: Portugal, Escócia, Itália, Rússia, Suécia e País de Gales. Estas seleções têm a garantia de jogar a semifinal em casa.

Do outro lado ficam as outras quatro segundas colocadas (Turquia, Polônia, Macedônia do Norte e Ucrânia) e as duas qualificadas pela Nations: Áustria e República Tcheca. O sorteio será dirigido para evitar um encontro de Rússia e Ucrânia, pela tensão política entre os países.

O sorteio começará com as seis seleções do primeiro pote sendo distribuídas nas chaves A (semifinais 1 e 2), B (semifinais 3 e 4) e C (semifinais 5 e 6). Em seguida serão sorteados os adversários vindo do segundo pote. Por fim, três sorteios definem qual vencedor de semifinal em cada chave será o mandante da finalíssima.

Entenda:

CHAVE A

Semifinal 1: Pote 1 x Pote 2
Semifinal 2: Pote 1 x Pote 2

Final: Vencedor Semifinal 1 x Vencedor Semifinal 2 (mando a sortear)

CHAVE B

Semifinal 3: Pote 1 x Pote 2
Semifinal 4: Pote 1 x Pote 2

Final: Vencedor Semifinal 3 x Vencedor Semifinal 4 (mando a sortear)

CHAVE C

Semifinal 5: Pote 1 x Pote 2
Semifinal 6: Pote 1 x Pote 2

Final: Vencedor Semifinal 5 x Vencedor Semifinal 6 (mando a sortear)

Cristiano Ronaldo pode enfrentar a Itália numa final de repescagem
Cristiano Ronaldo pode enfrentar a Itália numa final de repescagem FPF

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Eliminatórias em reta final! 10 jogos para não perder nesta data Fifa

Leonardo Bertozzi
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Batman? Neymar se apresenta à seleção com desenho diferente no cabelo


Falta pouco mais de um ano para o início da Copa do Mundo do Catar, a primeira a se disputar nos meses de novembro e dezembro, mas nos próximos dias várias seleções já saberão que só podem assistir pela televisão. 

Os 10 grupos das eliminatórias europeias, por exemplo, se completam nesta data Fifa, restando apenas a disputa da repescagem (e das últimas três vagas do continente) em março. Apenas duas vagas diretas da Uefa já estão definidas, para Alemanha e Dinamarca, e algumas se decidirão em confrontos diretos.

A África também completa seus grupos, mandando dez seleções para os playoffs que definirão as cinco vagas. Senegal e Marrocos já estão garantidos nesta última fase.

Na América do Sul, o Brasil pode até confirmar sua classificação, enquanto a briga na zona intermediária pode se acirrar. Concacaf e Ásia entram na segunda metade de seus grupos.

As eliminatórias da Oceania ainda não começaram, mas devem se jogar em março, no Catar, para determinar quem vai à repescagem intercontinental - cujos cruzamentos ainda não são conhecidos.

Veja alguns dos jogos que você não pode perder nesta data Fifa:

Austrália x Arábia Saudita
Quinta, 11/11

Os australianos voltam a jogar em casa após quase dois anos, por causa das restrições impostas na pandemia. E o momento não podia ser mais importante: os sauditas lideram o grupo com 100% de aproveitamento: quatro vitórias em quatro jogos. A Austrália vem a seguir, com 9, e uma derrota pode abrir a porta para a chegada do Japão, para quem perdeu em outubro. Os japoneses, com 6 pontos, visitam o Vietnã. 

As duas melhores seleções do grupo vão diretamente ao Mundial, enquanto a terceira tem de enfrentar a terceira da outra chave em um jogo único para ter o direito a disputar a repescagem intercontinental.

Itália x Suíça
Sexta, 12/11

O estádio Olímpico de Roma marcou o início da caminhada da Itália para o título da Euro 2020, e agora pode ser o palco da superação de um trauma, após a ausência da Copa de 2018. Os italianos têm os mesmos 14 pontos da Suíça, mas melhor saldo (11 a 9). Em caso de vitória, a visita à Irlanda do Norte na última rodada deve ser uma mera formalidade para a confirmação da vaga pelos Azzurri. A Suíça tentará chegar com boas chances ao jogo em casa contra a Bulgária. Na Euro, a Itália venceu os suíços com facilidade por 3 a 0 na fase de grupos.

Uruguai x Argentina
Sexta, 12/11

A rivalidade mais antiga do futebol sul-americano tem mais um capítulo. A Argentina vive um ano mágico, com a conquista da Copa América colocando fim ao jejum de títulos e a classificação para o Mundial bem encaminhada. Já a Celeste vive uma fase difícil, com críticas a Óscar Tabárez e até questionamentos sobre seu futuro no cargo que ocupa desde 2006. Quinta colocada com 16 pontos, pode ver a aproximação dos perseguidores antes da complicada viagem a La Paz para enfrentar a Bolívia.

Estados Unidos x México
Sexta, 12/11

O confronto mais forte da Concacaf já não acontece mais apenas no campo. A disputa por jogadores de dupla cidadania se acirrou nos últimos anos, e o último personagem é Ricardo Pepi. O atacante de 18 anos nasceu em El Paso, na fronteira do Texas com o México, e escolheu representar os Estados Unidos, marcando três gols nas quatro primeiras partidas. Entrando na última rodada do turno, o México lidera invicto o octogonal decisivo, que dá três vagas diretas e uma na repescagem, com 14 pontos. Os Estados Unidos vêm logo atrás, com 11.

Portugal x Sérvia
Domingo, 14/11

Se a tecnologia já estivesse em uso para auxiliar a arbitragem das eliminatórias da Uefa em março, talvez Portugal chegasse a este jogo com a vaga já garantida. O gol não validado de Cristiano Ronaldo, com a bola claramente passando a linha do gol, teria dado a vitória ao time de Fernando Santos, que teve de se contentar com o placar de 2 a 2. Agora, o estádio da Luz será palco de um jogo que vale a classificação direta. Três dias antes, Portugal visita a eliminada Irlanda e só precisa pontuar para superar a Sérvia na tabela e jogar pelo empate em casa.

Espanha x Suécia
Domingo, 14/11 

Duelo com potencial de drama para os espanhóis no estádio de La Cartuja, em Sevilha - desde que o grupo não se decida antes. A Suécia lidera o grupo com 15 pontos, contra 13 da Espanha, e tem um jogo fácil no papel contra a Geórgia, fora de casa, na penúltima rodada. A Roja encara a Grécia, que tem 9 pontos, já bateu os suecos e joga sua última cartada para tentar o segundo lugar (que leva à repescagem). Vitória em Atenas garante que a Espanha só dependa de si na rodada final.

Croácia x Rússia
Domingo, 14/11

A cidade croata de Split é o cenário do confronto que deve definir o primeiro lugar do grupo na última rodada. A Rússia lidera com 19 pontos, dois a mais que a Croácia. Chipre e Malta, respectivamente, são os adversários anteriores - improvável haver surpresas. Portanto, é provável que os russos joguem pelo empate para condenar os croatas à repescagem.

Gana x África do Sul
Domingo, 14/11

A Copa do Mundo sediada pelos sul-africanos não trouxe grandes evoluções para a seleção do país, que acumula resultados modestos desde então. Mas a campanha nas eliminatórias tem sido boa, e os Bafana Bafana lideram o grupo com 10 pontos, um a mais que Gana, a quem visitam na última rodada. Antes, na quinta-feira, as duas enfrentam seleções já eliminadas: Gana pega a Etiópia, a África do Sul o Zimbábue. Curiosamente, estes dois jogos serão em solo sul-africano, depois que a CAF declarou o campo etíope de Bahir Dar impróprio para jogos internacionais.

Holanda x Noruega
Terça, 16/11

A Holanda lidera com 19 pontos, dois a mais que a Noruega, que pega a Letônia em casa na penúltima rodada. Os holandeses vão a Montenegro e sabem que, vencendo, na pior das hipóteses jogarão pelo empate em Roterdã. A Noruega, que não contará com Erling Haaland, lesionado, ainda pode ficar fora até da repescagem, pois a Turquia tem 15 pontos e ainda enfrenta Gibraltar e Montenegro.

Camarões x Costa do Marfim
Terça, 16/11

Uma das duas potências da África terminará o jogo eliminada do segundo Mundial consecutivo. Camarões joga a decisão em casa, mas está um ponto atrás dos marfinenses antes da penúltima rodada, em que ambas enfrentam seleções já eliminadas (Maláui e Moçambique, respectivamente). A Costa do Marfim conta com Sebastian Haller, destaque da Champions League pelo Ajax e autor dos dois gols da fundamental vitória por 2 a 1 sobre Camarões em setembro.

Itália reencontra Suíça em jogo decisivo
Itália reencontra Suíça em jogo decisivo FIGC
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Elite europeia se reencontra por mais um título. Quem leva a Nations?

Leonardo Bertozzi
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Menos de três meses depois da conquista do título europeu pela Itália em Wembley, quatro seleções de ponta do continente voltam a se encontrar por um troféu. A fase final da Nations League seria disputada em junho, mas o adiamento da Euro 2020 em função da pandemia provocou a mudança de data - dando tempo suficiente para que as duas sedes, Milão e Turim, possam receber as partidas com 50% da capacidade dos estádios.

Sem Portugal, que venceu a primeira edição da Nations, o troféu terá um novo dono no próximo domingo. O primeiro finalista sai nesta quarta-feira, do duelo entre Itália e Espanha, em San Siro. Na quinta, o Allianz Stadium vê o duelo entre Bélgica e França. Com a temporada dos clubes ainda no início e as eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 na reta final, não é o momento ideal para decisões - mas nem por isso o título deixa de ter importância para os quatro postulantes.

A Espanha tem motivos para encarar o duelo de Milão como uma revanche, já que perdeu nos pênaltis para os italianos numa semifinal da Euro em que dominou boas partes da disputa. Além disso, hoje os Azzurri ostentam o recorde de partidas de invencibilidade entre seleções masculinas (37), que antes a Roja dividia com o Brasil (35). 

O técnico Luis Enrique tem baixas importantes, como Pedri, melhor jogador jovem da Euro, e Dani Olmo, e surpreendeu ao convocar o jovem meia Gavi, com apenas 288 minutos de experiência no time principal do Barcelona.

Nations League: Itália e Espanha se enfrentam na semifinal! Relembre os últimos confrontos das seleções em mata-matas




Diante da torcida italiana, Roberto Mancini terá de achar uma solução para a ausência de Ciro Immobile, centroavante titular na conquista da Euro. O jovem Giacomo Raspadori, do Sassuolo, é um possível substituto, mas também há a chance de Federico Chiesa, da Juventus, atuar centralizado, como fez na vitória sobre o Chelsea pela Champions League.

Uma história paralela é a de Gianluigi Donnarumma, eleito o melhor jogador da Euro. Será sua primeira partida em Milão desde a saída a custo zero para o Paris Saint-Germain, ao fim de seu contrato com o Milan, e são esperadas hostilidades dos rossoneri - na véspera da partida, a Curva Sud, principal grupo organizado milanista, expôs uma faixa ofensiva ao goleiro.

Em Turim, França e Bélgica repetem a semifinal da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Mas muita coisa mudou no ambiente francês, e o fracasso na Euro, com eliminação nos pênaltis para a Suíça num jogo que ia vencendo pro 3 a 1, colocou pressão sobre Didier Deschamps. O técnico foi confirmado no cargo, mas sob clima de desconfiança - há um certo Zinedine Zidane no mercado, e seria um óbvio nome caso o cargo vagasse.

N'golo Kanté, com COVID-19, é um desfalque importante para os Bleus, que têm destaques deste início da temporada da Ligue 1 entre os convocados: Matteo Guendouzi, do Marseille, e Aurélien Tchouaméni, do Monaco. A expectativa é de ver mais uma vez junto o trio de ataque formado por Antoine Griezmann, Kylian Mbappé e Karim Benzema.

Para os belgas, é mais uma oportunidade de buscar uma taça com a melhor geração que o país reuniu desde os anos 80. Roberto Martínez vai esperar que Eden Hazard, ainda sem decolar no Real Madrid, cresça novamente com a camisa da seleção, e que a parceria com Kevin de Bruyne e Romelu Lukaku dê bons frutos. A passagem do bastão vai começando através de nomes como Dodi Lukebakio (Wolfsburg), Alexis Saelemaekers (Milan) e Charles De Ketelaere (Club Brugge).

Por não ter uma conquista de primeira grandeza no currículo, a Bélgica certamente veria uma conquista com maior peso - mas ninguém estará disposto a facilitar.

Donnarumma volta a Milão
Donnarumma volta a Milão Getty / FIGC
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Elite europeia se reencontra por mais um título. Quem leva a Nations?

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Fiel à Uefa, Conmebol 'vira casaca' sobre Copa do Mundo a cada 2 anos e dá duro golpe na Fifa

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

A Conmebol, que nesta sexta-feira (10) publicou um manifesto pela manutenção da periodicidade da Copa do Mundo a cada quatro anos, ainda é presidida por Alejandro Domínguez - o mesmo que, em novembro de 2018, disse em entrevistas que havia sugerido a mudança para dois anos de intervalo. Na época, o paraguaio usava uma justificativa simples e direta: o que der mais dinheiro para a Fifa também dará mais dinheiro para cada federação.

O que provocou, então, uma mudança de discurso tão radical? Os ventos da política.

Até agora, a Uefa era a única confederação a se posicionar de maneira firme contra os planos do Mundial de seleções bienal. Em entrevista exclusiva ao Times, o presidente Aleksander Ceferin engrossou o tom e falou até em ameaça de boicote do continente no caso de aprovação do projeto, endossado numa campanha de relações públicas que conta com vários ex-jogadores dispostos a defendê-lo: os chamados "Fifa Legends", entre os quais estão Ronaldo e Roberto Carlos.

Ceferin disse que a Conmebol, até então silenciosa, estava na mesma página. Soou como uma tentativa de chamado à fidelidade de Domínguez após uma série de colaborações aprovadas entre as confederações que reúnem todas as campeãs mundiais da história. Tudo registrado em um Memorando de Entendimento publicado por ambas no início de 2020.

Vale lembrar que a proximidade entre Uefa e Conmebol fez com que houvesse até intercâmbio de árbitros, com uma equipe europeia trabalhando na Copa América e uma sul-americana na Euro 2020. Entre outras pautas assumidas nos últimos anos, também houve discussões sobre o retorno da Copa Intercontinental, a partida única entre os campeões da Champions League e da Conmebol Libertadores, abandonada em 2004 para dar espaço ao Mundial de Clubes da Fifa.

Se o comunicado da Conmebol nesta sexta foi ou não uma estratégia previamente alinhada nos bastidores, talvez não saibamos. O fato é que, mesmo que as 65 federações que representam América do Sul e Europa ainda sejam minoria absoluta numa votação, politicamente a Fifa sofreu uma derrota pesada.

Uefa e Conmebol: parceria
Uefa e Conmebol: parceria Divulgação Conmebol
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De revolucionário a marionete da Fifa? Wenger topa ser o rosto da Copa bienal

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Existe uma Premier League antes e depois de Arsène Wenger. A chegada do francês ao Arsenal, repleto de desconfianças por seu currículo que causava pouca impressão num país pouco propenso a olhar fora de suas fronteiras, marcou o início de uma visão diferente para o estilo de jogo aplicado na Inglaterra e ajudou a puxar a internacionalização do campeonato. Os resultados ruins dos últimos anos não devem apagar todos os feitos da era Wenger, ou a beleza de um time histórico como o dos Invencíveis, que ganhou o título em 2003/04 sem perder uma partida sequer.

Não surpreende, portanto, que um político astuto como o presidente da Fifa Gianni Infantino tenha procurado Wenger para emprestar credibilidade a seus planos de mudanças no calendário do futebol mundial. Se um nome como o francês fala, você se dá ao trabalho de escutar. Talvez o surpreendente seja perceber que Arsène se prestou a este papel. Nesta sexta-feira, em entrevista ao jornal L'Équipe, ele defende de forma entusiasmada a realização da Copa do Mundo a cada dois anos.

'Brasil fez sua pior apresentação', diz Unzelte


         

Não é preciso muito esforço para entender por que a maioria das federações aprova a mudança, assim como aprovou o aumento do Mundial para 48 seleções: a Copa é um negócio de bilhões, "generosamente" distribuídos pela Fifa entre seus mais de 200 filiados - os mesmos que votam para escolher quem os comandará. Quem se oporia a isso? Apenas a Uefa, que já tem em sua Eurocopa um torneio capaz de gerar interesse comparável ao do Mundial e dar competição de alto nível às suas seleções. Mas são apenas 55 federações.

Sem mencionar o componente político-financeiro, Wenger aceita vender a ideia como algo positivo para o futebol, como se não fosse um risco a banalização do troféu mais desejado por qualquer criança que chuta uma bola pela primeira vez. E aproveita o exército de ex-jogadores atraído por Infantino para apoiar sua gestão, com nomes como Ronaldo e Kaká, para defender que a comunidade do futebol apoia a mudança. L'Équipe entrevistou outros atletas aposentados para mostrar que não é bem assim.


É  verdade que suas propostas não são de todo ruins - condensar o calendário de seleções em janelas menos frequentes e mais extensas, por exemplo, ajudaria a reduzir o volume de viagens transcontinentais que causam tantos transtornos. Também é preciso aceitar que, tal como na implosão da "Superliga", trata-se de atacar o mal menor, mesmo sabendo que o status quo não é o ideal. Mas é difícil acreditar que, em seu tempo de técnico do Arsenal, ele defenderia algo como a Copa bienal.

Arsène Wenger
Arsène Wenger Getty Images

A Fifa precisa escolher suas batalhas. Realizar a Copa do Mundo a cada dois anos é mais importante que emplacar o novo Mundial de Clubes com 24 participantes, que já poderia ter sido disputado este ano se não fosse a pandemia? Ou trata-se apenas de um elemento de barganha para usar nas discussões de bastidores?

De um jeito ou de outro, Wenger poderia ter poupado sua biografia.


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Premier League começa prometendo mais rigor em pênaltis e menos em impedimentos. Funcionará?

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Os impedimentos milimétricos e os pênaltis "de vídeo" são dois dos principais motivos de incômodo para o torcedor inglês ao avaliar o uso do VAR na Premier League. Ciente disso, a liga estabeleceu novas diretrizes para os árbitros para a temporada 2021/22, que começa nesta sexta-feira.

Enquanto não é operacional o modelo semiautomático de detecção de impedimentos, atualmente em fase de testes, o impedimento continuará a ser avaliado pelo software Hawk-Eye, que depende da intervenção manual dos árbitros de vídeo para a colocação das linhas.

A diferença estará no grau de rigor. A referência, agora, será a linha que aparece na televisão - mais grossa que a usada no software. Se as linhas de ataque e defesa se encostarem, a orientação é de privilégio ao atacante, ou seja, considerar a posição legal.

A determinação vai em linha com o que se faz nas competições da Uefa, cujo uso do VAR foi bastante elogiado na Euro 2020. 

A Holanda adota um formato semelhante na Eredivisie, mas a prioridade não é o ataque, e sim a confirmação da marcação de campo - ou seja, se for dado impedimento no campo e as linhas da TV se tocarem, mesmo em posição aparentemente legal, o gol não será validado.

Estima-se que a decisão ofereça uma "margem de erro" de aproximadamente 5 centímetros.

O aspecto negativo é que o processo de formação das linhas deixará de ser visto em tempo real na transmissão.

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Sobre os pênaltis, a sensação do público é de que ficou muito mais fácil o trabalho dos jogadores que se atiram ao mínimo contato, pois ele aumenta a tendência de que o árbitro de vídeo oriente a revisão ou mesmo confirme a marcação de campo.

Os árbitros terão de avaliar se o contato dos defensores provoca de fato um impacto na ação dos atacantes, ou se há uma tentativa de "cavada", ou seja, não era o contato a impedir que eles jogassem.

Uma mudança importante que não diz apenas respeito à Premier League é a volta da regra do toque de mão ao modelo de dois anos atrás, ou seja, deixando claro que nem todo toque é faltoso e que a dinâmica do movimento precisa ser avaliado.

O número de gols anulados por toque de mão também cairá, pois apenas o toque do jogador que marca (sempre que acidental) passará a ser sancionado.

A Premier League segue estudando para as próximas temporadas outras formas de tornar o processo do VAR mais claro - uma das ideias é permitir que os árbitros comuniquem via sistema de som as razões para suas decisões, como acontece na NFL.

VAR na Premier League
VAR na Premier League Getty Images
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Um Itália x Argentina por Maradona é possível. Para quando?

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

A ideia de um jogo comemorativo entre Itália e Argentina para celebrar seus títulos continentais já estava no ar desde o fim de semana, e agora é possível dizer que há planos concretos para o encontro. O repórter Tariq Panja, do New York Times, confirmou em sua conta no Twitter que Uefa e Conmebol discutem a realização de um jogo entre as vencedoras da Euro 2020 e da Copa América. Uma espécie de "copa intercontinental" das seleções.

A ideia não é nova e já foi executada em duas ocasiões. Chamava-se "Copa Artemio Franchi" em homenagem ao ex-presidente da Uefa, morto em um acidente em 1983. Na primeira edição, em 1985, enfrentaram-se a França, campeã da Euro 84, e o Uruguai, vencedor da Copa América de 1983. A partida, realizada em Paris, terminou com vitória francesa por 2 a 0. Em 1993, a Dinamarca veio à América do Sul enfrentar a Argentina, e os donos da casa saíram vencedores nos pênaltis após um empate por 1 a 1.

O cruzamento de campeões continentais também se dava através da Copa das Confederações, extinta após a edição de 2017. Criada como um torneio não-oficial na Arábia Saudita (Copa Rei Fahd), teve edições em 1992 e 1995 antes de passar a ser reconhecida e organizada pela Fifa. O Brasil terminou como o maior campeão, levando quatro das oito realizadas a partir de 1997.

A coincidência de Itália e Argentina serem as campeãs permite ainda que o encontro seja dedicado a Diego Armando Maradona, morto ano passado. Exatamente por isso, trabalha-se com a hipótese de o jogo se realizar em Nápoles, no estádio que passou a levar o nome do craque. Um dos campeões pela Itália, Lorenzo Insigne, é ídolo do Napoli e tem uma tatuagem de Maradona em uma das coxas.

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Nápoles foi palco da semifinal da Copa do Mundo de 1990 entre Argentina e Itália. Os anfitriões, que não haviam sofrido gol no torneio até então, caíram nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, com o goleiro Sergio Goycoechea saindo como herói. Maradona foi um personagem do confronto, "dividindo" parte da torcida local que o tinha como um mito.

A questão, agora, é encontrar espaço no calendário, ainda inchado pelos impactos da pandemia. As datas Fifa para as seleções sul-americanas estão totalmente ocupadas até março de 2022. A Copa do Mundo será apenas no fim do ano, mas as seleções europeias já têm compromissos oficiais em junho e setembro, com a disputa das seis rodadas da fase de grupos da terceira edição da Nations League. O Mundial começa em 21 de novembro, mas os jogadores serão liberados apenas no dia 14.

A solução poderia ser aproveitar o intervalo entre o fim da temporada 2021/22 e as datas Fifa de junho. A Serie A italiana está prevista para terminar em 22 de maio, o que daria espaço suficiente para organizar o encontro com os argentinos.

As relações entre Uefa e Conmebol estão em bom momento. Em iniciativa inédita de intercâmbio, equipes de arbitragem europeia e sul-americana trabalharam na Copa América e na Euro, respectivamente. Também se discute o retorno da Copa Intercontinental de clubes, realizada até 2004, com a Fifa concentrando seus esforços num Mundial ampliado de 24 clubes e disputado no lugar antes reservado à Copa das Confederações.

Maradona pode ser homenageado num Itália x Argentina
Maradona pode ser homenageado num Itália x Argentina Reprodução
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Jogador sem medalha? Regulamento não garante e gera dúvidas na seleção

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

(com Pedro Ivo Almeida)

A Fifa decidiu atender o pedido de seleções participantes dos torneios olímpicos de futebol e permitiu a convocação de 22 atletas. Mas não significa que todos estejam nas mesmas condições - ou mesmo tenham a garantia de receber medalha caso seus respectivos países cheguem ao pódio.

O número de jogadores relacionados para as partidas se mantém em 18, por causa das credenciais de atleta emitidas pelo COI. O que a nova decisão permite é que elas circulem dentro do elenco sem limitações, desde que as mudanças se formalizem até três horas antes de cada jogo.

Consultada pelo ESPN.com.br, a Fifa se manifestou através de porta-voz: "A distribuição de medalhas permanece a mesma, de acordo com o artigo 43.17 do regulamento da competição".

Thiago Silva diz que é ‘inimaginável’ um brasileiro torcer para Argentina: ‘Cada um faz as escolhas que quer para sua vida’

O artigo em questão diz: "Todos os procedimentos de substituição de jogadores devem estar concluídos até três horas antes do pontapé inicial para que um jogador esteja elegível para aquela partida. Se um jogador suplente substituir um outro jogador e aparecer na súmula, este suplente também obterá uma medalha caso seu time termine em primeiro, segundo ou terceiro nos torneios, além do jogador substituído".

Segundo a interpretação da Fifa, um jogador que não seja relacionado para qualquer partida ficaria, portanto, inelegível para receber medalha.

A reportagem apurou que na conquista do ouro pelo Brasil em 2016, quando os suplentes só poderiam ser chamados quando houvesse uma lesão entre os 18 originais, encontrou-se uma forma para que eles também ganhassem medalhas - mesmo sem subir ao pódio.

Mesmo assim, o texto do regulamento gerou dúvidas no ambiente da seleção brasileira, a ponto de se cogitar que Jardine dê a chance para que todos sejam relacionados ao menos uma vez ao longo do torneio.

Brasil no pódio em 2016
Brasil no pódio em 2016 Getty Images

Fonte: Leonardo Bertozzi e Pedro Ivo Almeida

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Como explicar o favoritismo da Inglaterra?

Leonardo Bertozzi
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O salto da Inglaterra à condição de favorita nas casas de apostas após a vitória sobre a Alemanha, pelas oitavas-de-final da Euro 2020Inglaterra à condição de favorita nas casas de apostas após a vitória sobre a Alemanha, pelas oitavas-de-final da Euro 2020, pegou muita gente de surpresa. 

Afinal, ainda estão na disputa seleções como a Bélgica, líder do ranking da Fifa, a Espanha, que vem de marcar dez gols nos últimos dois jogos, e a Itália, que venceu as quatro partidas e tem impressionado pela redenção após a ausência do último Mundial.

França, favorita nas empresas especializadas antes do início desta Euro, caiu nas oitavas contra a Suíça, nos pênaltis. Também era a mais cotada em 2016, quando perdeu a decisão em casa contra Portugal. A última campeã a ter entrado como favorita foi a Espanha, em 2012.

Mas há razões que justificam a equipe de Gareth Southgate estar cotada à frente de outras candidatas antes do início das quartas.

Primeiro, o fato de o lado inglês da chave não reunir uma das outras favoritas pré-torneio. Passando pela Ucrânia, o adversário seguinte sai do duelo entre República Tcheca e Dinamarca. Como os outros considerados mais fortes "se matam" antes da decisão, as chances de cada uma estar na final, portanto mais perto do título, são repartidas.

*Código para embedar vídeo em posts*

Sósia de Klopp se junta à torcida da Inglaterra e 'mata' lata de cerveja nos arredores do Wembley




Além disso, as semifinais e final serão disputadas em Wembley. O fator campo aumenta o otimismo em relação a um possível título da Inglaterra, que nunca chegou à decisão de uma Euro.

Em 15 partidas disputadas no templo londrino por Copas do Mundo ou Euros, o English Team tem dez vitórias e cinco empates. A história envolve o título mundial de 1966, a Euro 96 (que terminou com eliminação nos pênaltis contra a Alemanha nas semifinais) e a atual edição do campeonato continental.

Tudo isso supera o histórico de desconfiança sobre os ingleses em grandes torneios. Se isso recompensará quem apostou seu dinheiro, só o campo poderá dizer.

Artilheiro, Sterling marcou o 3º gol na Eurocopa
Artilheiro, Sterling marcou o 3º gol na Eurocopa Twitter Euro
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Prorrogações a rodo: por que a Uefa erra ao abolir regra dos gols fora

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

No comunicado em que a Uefa anuncia o fim da regra dos gols fora de casa como critério de desempate em confrontos eliminatórios em suas competições, o presidente Alexander Ceferin admite que as discussões sobre ela não levaram a uma conclusão unânime. 

Ainda assim, a entidade decidiu atender ao apelo de quem a rejeita, e já a partir da temporada 2021/22 todos os confrontos que chegarem ao fim dos 180 minutos com empate no placar agregado terão prorrogação e, possivelmente, pênaltis.

Já parece incoerente aumentar a possibilidade de mais tempo em campo quando há amplas discussões sobre a necessidade de um calendário racional que preserve os jogadores com melhores condições físicas para render o máximo.

Os números apresentados pela Uefa sobre a queda na diferença entre vitórias e gols de mandantes e visitantes ao longo das últimas décadas são um bom argumento, e certamente havia mais dificuldade em confrontos internacionais no passado, com estruturas mais precárias e pouca informação sobre os adversários de outros países.

Por outro lado, como bem observou o colega Ubiratan Leal no programa Futebol no Mundo desta quinta-feira, outros fatores podem ter colaborado para a mudança nesta relação, como o aumento do desequilíbrio no nível das equipes participantes, especialmente os das ligas mais importantes da Europa.

A principal questão, porém, tem a ver com a emoção que o confronto oferece a quem está assistindo. Com a regra dos gols fora, a possibilidade de um dos times adotar postura de quem deseja os pênaltis é menor, pois haverá mais situações em que qualquer gol inverte o classificado do confronto.

Eintracht Frankfurt ilumina estádio com as cores do arco-íris em repúdio à decisão da UEFA


         
     


Imagine uma situação em que o time A perdeu por 1 a 0 na casa do time B. Na partida de volta, o time B sai na frente, obrigando o mandante a marcar três vezes. O gol do 2 a 1 sai aos 30 minutos do segundo tempo.

No cenário em que o placar leva para a prorrogação, a tendência - natural, não necessariamente estratégica - é o time A tirar o pé, dosar o esforço, até porque haverá um tempo extra caso necessário. Com o gol fora em vigor, ele precisa seguir pressionando para ficar com a vaga.

Sobre as prorrogações, além de aumentar o desgaste, elas ainda oferecem mais tempo de confronto a um dos times em seu campo - e, nas competições da Uefa, apenas na primeira fase após os grupos esta definição é feita sem sorteio, de acordo com a colocação.

A regra do gol fora na prorrogação, apesar de rejeitada pela ampla maioria, oferecia uma maneira de balancear este desequilíbrio, algo que podia ser comprovado pelas estatísticas dos confrontos definidos desta forma.

Nada contra decisões por pênaltis, especialmente do time dos outros. Mas o processo que leva a eles pode não ser tão agradável de assistir.

Bolas da Champions League 2020-21
Bolas da Champions League 2020-21 Getty Images
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A heroica Venezuela da 'geração de ouro' e a incrível marca negativa do Equador

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Um surto de COVID-19 às vésperas da Copa América deixava razões para a Venezuela se preocupar. Um novo grupo de 15 jogadores chegou a ser convocado para eventuais substituições - quatro já foram feitas em relação à lista original, sendo duas com o torneio já em andamento, com permissão da Conmebol.

A derrota para o Brasil na estreia já era esperada. O que não se podia imaginar era que, mesmo com baixas importantes como Yeferson Soteldo, Jozef Martínez, Jhon Chancellor e Tomás Rincón, este último um dos cortados, o time conseguisse sair com pontos das duas partidas seguintes.

O técnico português José Peseiro precisou se virar para formar um time competitivo, e para isso contou com protagonistas de um feito histórico do futebol venezuelano - o vice-campeonato mundial sub-20 em 2017. 

Com gol no apagar das luzes, Venezuela busca empate com Equador; veja como foi


         
     

Contra a Colômbia, brilhou o goleiro Wuilker Faríñez, já um dos destaques na Copa América de 2019, ajudando a segurar o placar sem gols. Neste domingo, diante do Equador, saiu do banco Ronald Hernández para marcar nos acréscimos o gol do empate por 2 a 2.

Do outro lado, chama a atenção a marca negativa alcançada pela seleção equatoriana, que continua sem derrotar outra seleção sul-americana numa Copa América desde 2001, quando venceu a mesma Venezuela. Desde então, são 21 partidas e apenas duas vitórias, ambas sobre equipes da Concacaf: México, em 2015, e Haiti, em 2016, na Copa Centenário.

O retrospecto chama ainda mais atenção se pensarmos que o Equador, neste intervalo de tempo, classificou-se para três Copas do Mundo.

Considerando que os equatorianos pegam o Brasil na última rodada, a partida de quarta-feira contra o Peru pode ser a última chance de quebrar a escrita.

Venezuela festeja o gol de empate com o Equador
Venezuela festeja o gol de empate com o Equador Copa América
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França ignora cartilha sobre concussão e levanta alerta na Euro

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Durante a vitória da França por 1 a 0 sobre a Alemanha, na terça (15), Benjamin Pavard sofreu um golpe na cabeça durante uma disputa com Robin Gosens e foi imediatamente ao chão. Após a partida, confessou ter ficado "entre dez e quinze segundos" inconsciente.

A arbitragem do espanhol Carlos del Cerro Grande não concedeu tempo suficiente para uma avaliação do quadro, e os médicos da seleção francesa liberaram o atleta do Bayern de Munique para retornar ao jogo.

Veja os destaques da Euro


O incidente representa uma violação da cartilha que as 24 seleções participantes da Euro 2020 assinaram no início do torneio, comprometendo-se a retirar o jogador de campo no caso de suspeita de concussão, para que uma criteriosa análise neurológica possa ser conduzida antes de permitir sua retomada das atividades.

Segundo informações veiculadas pela imprensa europeia nesta quarta-feira, a Uefa já pediu explicações aos franceses sobre os motivos de Pavard ter seguido em campo.

O futebol segue atrás de esportes como futebol americano e rugby no tratamento das concussões, e os recentes testes já colocados em andamento pela Fifa e International Board, proporcionando a possibilidade de substituições extras, são considerados insuficientes por especialistas.

Teme-se que os próprios médicos das equipes sintam-se pressionados a não recomendar a substituição de jogadores.

Pavard recebe atendimento
Pavard recebe atendimento Getty Images

O ideal, neste caso, seria adotar um protocolo que envolvesse a participação de um médico independente na tomada de decisões. Além disso, permitir substituições temporárias pode ser um caminho para que a avaliação possa ser feita com tempo suficiente.

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Drama de Eriksen faz Milão 'esquecer' rivalidade por um dia

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Quem acompanhou os minutos dramáticos do atendimento a Christian Eriksen no gramado certamente não se esquecerá tão cedo. A perícia dos médicos foi capaz de trazê-lo de volta à vida, como confirmou neste domingo o médico da seleção dinamarquesa em entrevista coletiva. E quando este tipo de cena se verifica, até mesmo as rivalidades mais ferrenhas ficam de lado.

Eriksen, da Inter, joga numa seleção capitaneada por Simon Kjaer, zagueiro do Milan, cuja postura foi muito elogiada. Iniciou os primeiros socorros, comandou o movimento para dar alguma privacidade ao atendimento diante das câmeras, ajudou a acalmar a família do companheiro e manteve a postura de altivez e liderança o tempo inteiro.

Eriksen é estabilizado e está consciente após cair desacordado em jogo da Eurocopa


         
     

Ainda no sábado, o meio-campista Nicolò Barella, da seleção italiana e da Inter, já havia feito elogios a Kjaer em suas redes sociais. Postou em seus "stories" do Instagram uma foto do zagueiro e a mensagem: "Independentemente das cores, parabéns, Simon, capitão e homem de verdade".

Neste domingo, faixas de autoria assumida pela Curva Nord, principal organizada da Inter, não apenas exaltavam Eriksen ("Christian, a Nord estará sempre a seu lado"), mas também o jogador do rival.

"Honra a Kjaer, grande homem e capitão", manifestou-se a torcida nerazzurra.

Após ser salvo pelos médicos, Eriksen foi levado ao hospital, onde ainda se encontra em condição estável e fazendo exames para verificar as causas do colapso.

Faixa de torcedores da Inter em homenagem a Kjaer
Faixa de torcedores da Inter em homenagem a Kjaer Reprodução Twitter
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Drama de Eriksen faz Milão 'esquecer' rivalidade por um dia

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'Coming home'? Itinerante, Euro pode ter fator campo como diferencial

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

A história dos grandes torneios de seleções mostra que atuar em casa é um impulso importante. Entre as oito seleções campeãs do mundo, apenas Brasil e Espanha não levantaram o troféu em casa ao menos uma vez. Na Euro, a última sede a ganhar o título foi a França de Michel Platini, em 1984. Os Blues voltariam a uma final como anfitriões em 2016 - perdendo para Portugal, que também havia deixado o título escapar em seu território, contra a Grécia, em 2004.

A Euro 2020, adiada para 2021 por causa da pandemia, foi planejada para não ter uma sede fixa. Com o intuito declarado de festejar os 60 anos da competição - e o real de fazer política com as federações nacionais -, a Uefa espalhou o torneio pelo continente. Seriam inicialmente 13 sedes, mas Bruxelas foi retirada da lista em 2017, após não oferecer garantias sobre a construção de um novo estádio, e Dublin caiu semanas antes do torneio por não confirmar a presença de público.

O estádio de Wembley, que inicialmente receberia "apenas" semifinais e final, herdou três partidas da fase de grupos e uma das oitavas-de-final de Bruxelas, e também ficou com o confronto de oitavas que seria em Dublin.

As nove seleções classificadas com sedes no torneio têm assegurado o direito de jogar duas ou três partidas em casa. Inglaterra (Londres), Alemanha (Munique), Espanha (Sevilha), Itália (Roma), Holanda (Amsterdã) e Dinamarca (Copenhague) farão todos os jogos do grupo no mesmo palco. Hungria (Budapeste), Rússia (São Petersburgo) e Escócia (Glasgow) farão dois cada.

No grupo F, por exemplo, a Alemanha terá a possibilidade de pegar França e Portugal, duas das favoritas ao título, na Allianz Arena. Além disso, não precisará ir a Budapeste enfrentar a Hungria, como farão as duas finalistas da última edição. A partir das fases eliminatórias, porém, Munique só tem um jogo, das quartas-de-final, e a única possibilidade de os alemães estarem nele passa pela classificação como terceira colocada no grupo.

Giroud conta que Kanté já está 'estressado' com Bola de Ouro e tira sarro: 'Também tem seus defeitos'


         
     

A Bélgica, outra das principais candidatas, será "visitante" duas vezes, pois terá de se deslocar até a Rússia e a Dinamarca.

O cenário mais confortável em termos de viagens é o da Inglaterra, que se chegar a final fará entre cinco e seis partidas em Wembley. O confronto das oitavas-de-final, caso o time de Gareth Southgate passe em primeiro lugar, também será no templo londrino, contra o segundo do forte grupo F. Neste caso, a única saída do país seria para as quartas-de-final em Roma.

Seis partidas em Wembley marcaram a caminhada até o único título de Copa do Mundo dos ingleses, em 1966. Quando o país sediou a Euro, em 1996, alcançou as semifinais e só caiu nos pênaltis para a Alemanha, que ficaria com a taça. O slogan "Football Comes Home" ("O futebol volta para casa"), aludindo às origens do esporte, ganhou força. "Football's coming home" ("O futebol está voltando para casa") virou um título não-oficial da música que embalou o torneio, que até hoje é entoada pelos torcedores da seleção.

Estes torcedores poderão apoiar a equipe, já que Wembley começará o torneio com capacidade de 25%, ou cerca de 22.500 espectadores. Com processo avançado de vacinação gerando bons resultados no combate à covid-19, a expectativa é de aumentar este número até a final.

Euro 2020
Euro 2020 Getty Images

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'Coming home'? Itinerante, Euro pode ter fator campo como diferencial

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Eurocopa 2021: estudo mostra Bélgica em 'última chance' e Inglaterra jovem, mas desgastada

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

Com o fim do prazo para a inscrição de jogadores para a Euro 2020, mas que será este ano por conta da pandemia de COVID-19 - salvo eventuais trocas por lesões -, já é possível traçar um perfil das seleções que disputarão o torneio a partir de 11 de junho. Em permissão excepcional da Uefa em tempos de pandemia, cada federação relacionou 26 jogadores, embora sigam sendo 23 os admitidos na súmula de cada partida.

Entre as principais favoritas, chamam a atenção dados sobre a Bélgica e a Inglaterra.

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Em levantamento publicado por Rahul Iyer no Twitter, são cruzadas informações sobre a média de idade de cada elenco e os minutos disputados ao longo da temporada. Ele demonstra que o elenco inglês, entre os mais jovens, também é o que acumulou mais tempo em campo.


Doze dos 26 chamados por Gareth Southgate têm até 24 anos, quando o estudo aponta se iniciar o auge do atleta. Entre eles, titulares de destaque dos finalistas da Champions League: Mason Mount, do Chelsea, e Phil Foden, do Manchester City. Acima dos 29 anos (o fim do auge), apenas três: Jordan Henderson, Kieran Trippier e Kyle Walker.

Por outro lado, a decisão da Premier League de não permitir as cinco alterações por equipe em cada partida, ao contrário das outras principais competições, pode ter causado um desgaste desproporcional em termos de minutagem, o que pode pesar nas fases mais agudas.

Seleção inglesa para a Euro
Seleção inglesa para a Euro Rahul Iyer

Já a Bélgica, que desfruta de uma de suas gerações mais talentosas e já alcançou com ela uma final de Copa do Mundo, aparece no alto da lista das médias de idade. Mais da metade dos convocados (14) tem pelo menos 29 anos.

O número de minutos está próximo da média e pode ser explicado pelo fato de alguns jogadores não serem titulares em seus clubes ou terem passado algum tempo lesionados - como Eden Hazard, no Real Madrid. Apenas dois jogadores de linha, Romelu Lukaku e Youri Tielemans, superam os 3.500 minutos, marca considerada de desgaste considerável.

Seleção belga para a Euro
Seleção belga para a Euro Rahul Iyer

De qualquer forma, é possível compreender que seja a última edição de Euro para boa parte deste grupo. Como o próprio estudo indica, entre o torneio continental e a Copa do Mundo de 2022 devem estar as melhores chances de um título histórico para este núcleo de atletas.

Bélgica, de De Bruyne, é uma das favoritas
Bélgica, de De Bruyne, é uma das favoritas Jimmy Bolcina/Photonews via Getty Images
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Eurocopa 2021: estudo mostra Bélgica em 'última chance' e Inglaterra jovem, mas desgastada

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Saída de Conte escancara projeto chinês insustentável na Inter de Milão

Leonardo Bertozzi
Leonardo Bertozzi

A Inter de Milão buscou Antonio Conte por seu histórico de conquistas alcançadas quase que imediatamente. Afinal, o técnico tirou a Juventus de um sétimo lugar para o título logo em sua primeira temporada e estabeleceu uma hegemonia. Em seu primeiro e único ciclo com a seleção italiana, venceu equipes de elencos melhores, como Bélgica e Espanha, na Euro de 2016. À Premier League, chegou junto com Pep Guardiola e já levantou a taça no primeiro ano, com o Chelsea.

Por isso, não é surpresa que o treinador de 51 anos tenha levado os nerazzurri ao primeiro título do Italiano em 11 anos, logo em sua segunda temporada no cargo. Na primeira, havia batido na trave. Sua ambição, porém, era ir por mais. Não apenas iniciar um ciclo de domínio doméstico, como também ter sucesso na Champions League, algo que ainda lhe falta. 

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Isso é o que lhe foi prometido pelos donos do clube de Milão. E assim que ficou claro que o plano para a temporada 2021-2022 envolvia diminuir as possibilidades de crescer em competitividade, Conte optou por uma saída consensual.

A relação do grupo Suning com o futebol mudou depois que a empresa, gigante do varejo, foi socorrida pela entrada de acionistas ligados ao governo. Último campeão chinês, o Jiangsu Suning encerrou suas atividades, deixando dívidas com jogadores e funcionários, como Miranda e Éder, ambos hoje no São Paulo.

Os gastos com a Inter ficaram mais difíceis de cobrir com a perda de receitas na pandemia, e à agremiação não restou alternativa além de buscar um novo parceiro. Aproveitando esta oportunidade, o fundo de investimentos Oaktree assumiu 31% das ações do clube e fez um empréstimo de 275 milhões de euros para cobrir custos imediatos, como salários do elenco.

O que acontece caso Suning perca o prazo dos pagamentos? Os credores podem tomar o controle do clube. Foi o que aconteceu com o Milan e seus antigos proprietários chineses, que perderam o clube para o fundo Elliott.

Segundo a Bloomberg, potenciais compradores do clube foram afastados pelo fato de boa parte dos patrocínios da Inter ter ligação ao próprio grupo Suning.

Ou seja, não resta alternativa imediata além de reduzir custos. A realidade passada a Conte era a de fechar o mercado no azul em até 100 milhões de euros, o que só é alcançável com a venda de algum dos pilares do elenco, como Lautaro Martínez ou Romelu Lukaku. Além disso, cortar até 20% da folha salarial, com reservas mais caros sendo liberados ou negociados.

Sentindo que as promessas não poderiam ser cumpridas, Conte optou por negociar uma saída antecipada.

Seu nome pode fazer barulho no mercado, com clubes importantes ainda incertos sobre quem estará no comando. Quem optar por Antonio Conte sabe que terá à disposição alguém que nem sempre é fácil de se lidar, mas que costuma cumprir o que promete - desde que seja recíproco.

O técnico Antonio Conte no comando da Inter de Milão
O técnico Antonio Conte no comando da Inter de Milão Mattia Ozbot/Getty Images
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Saída de Conte escancara projeto chinês insustentável na Inter de Milão

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