Diniz e as cuecas do adversário
Ao final da quarta derrota consecutiva do Atlético Paranaense, 1 x 2 para o Cruzeiro na Arena da Baixada, jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil, Thiago Carletto saiu em defesa do treinador Fernando Diniz. “O professor Diniz vive dentro do CT, vive intensamente, mostra tudo. A gente entra sabendo até a cor da cueca do adversário. Nós, jogadores, temos que tomar vergonha na cara, fazer o que o professor Diniz está pedindo. A imprensa vai criticar, a torcida vai criticar, mas nós estamos com ele”, disse o lateral-esquerdo.
Desde que assumiu o Furacão, Diniz vive o pior momento. Já são sete jogos sem vitória. Ficou difícil avançar na Copa do Brasil. No Brasileirão, a equipe ocupa um incômodo 15º lugar.
Diniz começou o ano bem. Com os reservas, ganhou o título estadual. Quando o time principal entrou em campo no Brasileiro, surpreendeu pelo bom futebol, goleando a Chape na estreia e obtendo um elogiado empate com o Grêmio em Porto Alegre, na segunda rodada. Antes de pegar o Cruzeiro, eliminou o São Paulo dentro do Morumbi após estar perdendo por 2 x 0, sempre apresentando um jogo bonito de se ver.
Uma proposta tão ousada gera riscos enormes. O Furacão é o primeiro clube grande a topar o “risco Diniz”. Se no início ganhou elogios, agora enfrenta seu maior desafio: sustentar a proposta de trabalho apesar dos resultados ruins. Boa parte da torcida já cai de pau. Uns até elogiam a ideia, mas dizem que o time não tem jogadores bons o suficiente para bancar tal proposta.
Discordo. Acho que o Furacão tem bons valores e pode, com ajustes pontuais, encontrar a estabilidade que é tão importante para um torneio como o Brasileiro. Diniz não é nenhum gênio da prancheta, mas seguramente é um dos mais promissores treinadores da nova geração. Creio que seja também o mais visionário. Isso tem um preço. É a hora de a diretoria bancar o treinador, que já adiantou: não vai mudar seus conceitos. “A gente teve momentos bons nesses quatro jogos, poderíamos ter vencido os quatro e acabamos perdendo. Sou muito mais convicto quando perco. Não vou mudar por conta do resultado”, disse, após o jogo.
Fonte: Maurício Barros
Diniz e as cuecas do adversário
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