Campos do Jordão Open de Futevôlei contará com celebridades do esporte
É comum no final do ano ver jogos comemorativos entre amigos, alguns com ações de solidariedade onde famosos participam, entretanto isso não é mais exclusividade do futebol.
O futevôlei é um esporte que também atrai muitos jogadores de futebol, ex jogadores e celebridades e tem ganhado cada vez mais adeptos. No Rio de Janeiro praia é sinônimo de futevôlei, em São Paulo quadras de areias não param de abrir e a demanda por aulas e práticas desse esporte só aumentam.
Campeonatos, torneios de futevôlei aos finais de semana são constantes para todos os gostos, têm para iniciantes, profissionais, master, duplas masculinas, femininas e misto.
Um dos eventos que mostrará a força desse esporte será Campos do Jordão Open Futevôlei, nos dias 26, 27 e 28 de novembro. A cidade do interior paulista é conhecida como a "Suíça brasileira" pelas belas construções em estilo europeu.
A expectativa dos organizadores é levar para a cidade em torno de 5 mil turistas e, com grande apoio do craque Romário, mais de 300 atletas entre os quais estarão o Souza - passagens pelo São Paulo, PSG, Grêmio, Fluminense, Cruzeiro; Cristian Baroni - Flamengo, Corinthians, Fernebahçe; Geovane Loubo - Santos e Arsenal; Jonas - Botafogo; Rodrigo Fabri – Real Madrid, Atlético de Madrid, São Paulo, Grêmio, Flamengo, Santos Atlético Mineiro; Michel Bastos - Seleção Brasileira, Grêmio, Lyon, Roma, São Paulo, Palmeiras; Marco Tisu – Santos; Thiago Camilo - Piloto Stock Car. E ainda os craques do Futevôlei Ovelha, Belinho, Saldanha, Amaury, Gustavo Silva, Zanol, Rafinha.
A História do Futevôlei
O futevôlei nasceu no Rio de Janeiro, na década de 60. No auge da ditadura militar, o esporte surgiu como uma alternativa para contornar uma restrição à prática de algumas modalidades na orla carioca.
O futevôlei foi criado através da tentativa de burlar uma lei das praias cariocas. Em meados dos anos 60, a prática do futebol havia sido proibida nas praias do Rio de Janeiro. Qualquer esporte sem utilização de rede e um espaço seguramente delimitado, não tinha permissão para ser praticado naquele local.
Com isso a criatividade de alguns amantes da prática do futebol na areia, fez com que jogassem o seu futebol em uma quadra de vôlei de praia, esporte que era permitido. Aos poucos, a prática começou a ganhar mais adeptos, que incluía jogadores de peso do futebol brasileiro da época, como Dida e Vavá.
A princípio, a brincadeira consistia em utilizar os movimentos dos pés e da cabeça com a bola, o que se mantém até os dias de hoje, porém com a inclusão de adeptos a usarem movimentos de ombros e peitos. A quantidade de praticantes em cada time não era exatamente precisa: jogava-se em cinco pessoas, em duplas e até sozinho, em cada lado da quadra. Atualmente as regras são bem definidas na modalidade.
Na década de 1990, o futevôlei alcançou projeção mundial, sendo praticado em países como a Argentina, Uruguai, Tailândia, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Grécia, Holanda, Espanha, Áustria, entre outros.
No ano de 2002 foi fundada a Federação Internacional de Futevôlei – FIFV. Em 2003, o esporte foi oficializado pela FIFV, realizando o Primeiro Mundial em Atenas (Grécia), com a participação de 18 duplas dos seguintes países: Brasil, Polônia, Itália, Portugal, Canadá, Espanha, Noruega, Tailândia, Áustria, Alemanha, Holanda, Uruguai, Suíça e Grécia.
Os brasileiros Helinho e Magrão sagraram-se oficialmente os primeiros campeões mundiais de futevôlei. Em 2004 o Brasil sediou pela primeira vez o Campeonato Mundial de Futevôlei, na cidade de Brasília-DF, e o título foi conquistado pela dupla Belo e Marcelinho (DF/AL) contra os paraguaios.
As Mulheres no Futevôlei
"Comecei a jogar Futevôlei em Maresias há 20 anos, ano 2001. Naquela época, não tínhamos treinamento específicos, espaços para o mesmo, foi no amor e na raça", conta Dri Louro, uma das primeiras mulheres a praticar o futevôlei.
Hoje muitos lugares oferecem aulas para quem quer aprender a jogar a modalidade.
"Conseguíamos reunir umas 7 meninas, nos finais de semana e muitas vezes para jogar o misto. Tempos difíceis, pois não tinham muitas meninas eram poucas e tinham já milhares de homens que praticavam o esporte no mesmo local na praia, então as duas redes colocadas na praia eram para eles. As vezes ficávamos horas para jogar, mas não desistíamos nunca, até que conseguíamos entrar na quadra. Tínhamos alguns aliados e alguns fiéis amigos, que jogavam com a gente e que nos apoiavam. Até que virou um hábito ver meninas nas quadras", completa Dri Louro.
Como no futebol, as mulheres também enfrentaram o preconceito, mas isso não foi empecilho para conquistarem o seu espaço e respeito. Atualmente há torneios exclusivos para mulheres.
Louro falou um pouquinho sobre isso: "O preconceito sempre existiu infelizmente e era muito mais difícil, pois éramos bem poucas mesmo, mas me lembro que quando estávamos em quadra , já tínhamos uma plateia para assistir, era muito bacana".
Fonte: Renata Ruel
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