Agressão e 'chuva' de cartões marcam o fim de semana do futebol brasileiro
O Brasileirão começou no sábado (9) dentro da ‘normalidade’ para a arbitragem. Isto é, com algumas polêmicas e ‘chuva’ de cartões. Já o Campeonato Capixaba, por outro lado, ficou marcado pela agressão sofrida por uma assistente.
Nas nove partidas que aconteceram no final de semana pela Série A, foram distribuídos 3 cartões vermelhos e 53 cartões amarelos, dos quais 15 foram aplicados por reclamações com a arbitragem.
Só no jogo entre Palmeiras e Ceará, o árbitro Caio Max distribuiu 1 vermelho e 16 amarelos, sendo 8 por reclamações. Não me recordo de tantos cartões assim em outros duelos do Brasileiro...
Até mesmo um gandula acabou sendo expulso, mas este não entra nas estatísticas por não receber cartão em função da regra. No fim, o Ceará venceu o jogo por 3 a 2 e recebeu mais cartões por reclamações do que o time da casa, em um confronto com muitos protestos dos dois lados contra as decisões do árbitro.
E realmente a arbitragem do Caio Max foi confusa. Ele deixou de marcar faltas claras no campo de jogo, faltaram critérios em infrações e em alguns cartões. As falhas ou erros nas tomadas de decisões criam uma ‘bola de neve’, já que as reclamações aumentam e o controle de jogo acabou se perdendo. E não dá para deixar de citar que os jogadores brasileiros nem sempre colaboram, pois reclamação é considerada falta de fair play.
Isso foi apenas na primeira rodada do Campeonato Brasileiro, onde o novo comandante da arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, terá muito trabalho pela frente.
E o fim de semana não foi somente marcado por um número altíssimo de cartões por reclamações, mas também por uma agressão no Campeonato Capixaba.
O técnico Rafael Soriano, da Desportiva Ferroviária, protagonizou uma cena covarde, agredindo a assistente Marcielly Netto durante o intervalo do jogo contra a Nova Venécia. Ele acabou sendo expulso pelo árbitro e demitido do clube.
Não está tudo bem no futebol há algum tempo... Na semana passada, Cássio e Gil, do Corinthians, foram ameaçados por torcedores. Recentemente, o Bahia teve uma bomba explodindo no seu ônibus. Paraná, Grêmio, São Paulo entre outros, convivendo com a periculosidade em seu trabalho. Ainda temos a infeliz fala de Abel Braga sobre o protesto no Ninho do Urubu.
Antes mesmo do Brasileirão começar, o árbitro Igor Benevenuto ficou sem voltar para a casa após apitar Atlético-MG x Cruzeiro, pelo Campeonato Mineiro, em função das ameaças recebidas.
A impunidade dá margens para que as coisas se repitam cada vez mais, enquanto vidas de trabalhadores, que são seres humanos sujeitos a cometer erros, estão ameaçadas. Não se pode esperar acontecer algo ainda mais grave para que sejam tomadas providências severas.
Você já se imaginou trabalhando e sendo ameaçado ou até mesmo alguém da sua família correndo esse risco? Cobranças são diferentes de assédios e ameaças. Algo precisa mudar urgente.
Agressão e 'chuva' de cartões marcam o fim de semana do futebol brasileiro
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