Semana MLB: O que dá para tirar do início de temporada arrasador dos Rays

Ubiratan Leal


Foram duas semanas sem saber o que era perder um jogo na temporada. Em qualquer esporte, isso é algo comum. No beisebol, com jogos todos os dias e um eterno perde-ganha, é raríssimo. Pois assim foi o início de campanha do Tampa Bay Rays, com 13 vitórias nos primeiros 13 jogos. E, claro, já fica uma tentação para tirar alguma conclusão do que isso aponta para o time da Flórida.

Bem, a primeira coisa a dizer é relembrar o aviso do placar de São Januário: “Torcedores calma”. A sequência de 13 vitórias abrindo o ano impressiona, mas são 162 jogos na temporada e há muito tempo para isso tudo se diluir. Basta ver o que ocorreu em casos semelhantes.

A sequência dos Rays é histórica. É a melhor série abrindo uma temporada da era moderna da MLB, igualando o Atlanta Braves de 1982 e o Milwaukee Brewers de 1987. No entanto, essas outras duas equipes não conquistaram o título (os Brewers sequer se classificaram aos playoffs naquele ano). Apenas o St. Louis Maroons começou melhor um campeonato, com 20 vitórias no longínquo 1884. Mas é bastante discutível se essa marca deveria estar integrada à MLB, pois foi conquistada na finada Union League, que tinha nível técnico claramente inferior à Liga Nacional.

Randy Arozarena, do Tampa Bay Rays
Randy Arozarena, do Tampa Bay Rays Getty Images

Os mais céticos até podem apontar o fato de que os adversários do Tampa Bay até agora foram equipes candidatas a terminarem na lanterna de suas divisões: Washington Nationals, Oakland Athletics, Detroit Tigers e, sim, Boston Red Sox. Até é verdade, mas:

- Não muda o fato de que vencer 13 jogos seguidos no beisebol é muito difícil, mesmo contra os piores times da liga (os Red Sox nem se enquadram nessa definição);

- Se os Rays tiverem exatamente 50% de aproveitamento nos demais jogos da campanha, terminaria a temporada com 87,5 vitórias, um patamar que pode ser suficiente para garantir uma vaga nos playoffs. Sim, um 13-0 pode fazer toda essa diferença.

Agora, números à parte, o que chamou mais a atenção dos Rays nesse início de temporada foi o ataque. Foram 101 corridas (média de 7 por jogo), 32 home runs e 71 de saldo de corridas. As duas últimas marcas são as terceiras melhores da história nos 13 primeiros jogos. Isso chama a atenção porque, desde que se tornou uma equipe competitiva em 2008, o Tampa Bay sempre primou por arremessar muito bem, muitas vezes tendo ataques claudicantes.

Mas, se você ainda espera que os Rays apresentem ótimo desempenho no montinho, fique tranquilo porque isso não mudou. Dos 13 jogos, em dez o time cedeu apenas três corridas ou menos ao adversário. Shane McClanahan teve apenas 1,59 de ERA no período e foi apenas o terceiro melhor homem da rotação do Tampa. Isso porque Jeffrey Springs cedeu apenas uma corrida nas suas três primeiras aberturas (ERA de 0,56, mas ele saiu contundido do último jogo), enquanto Drew Rasmussen não cedeu corrida alguma.

Pelo histórico e pela própria filosofia de trabalho da franquia, a tendência é que os Rays continuem entre os times com melhor desempenho de arremessadores e isso deve mantê-los na briga pelos playoffs até o final. A questão é se o ataque sustentará o desempenho espetacular das primeiras partidas, porque seria a diferença entre uma grande campanha e uma campanha histórica. 

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre a origem dos jogadores que vão à MLB, o recorde de arremessos em um jogo, se um rebatedor canhoto não é prejudicado ao correr para a primeira base e como comparar o relógio de arremessos com outros esportes. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Fernando Tatis Jr
Enfim, Fernando Tatis Jr voltará a entrar em campo pelo San Diego Padres. Após perder pouco mais de meia temporada por lesão e mais 80 jogos por suspensão por doping, o dominicano estará liberado para voltar à MLB em 20 de abril, vulgarmente conhecido como “próxima quinta”. Por enquanto, Tatis Jr tem jogado pelo El Paso Chihuahuas, equipe triple-A dos Padres. E está voando: até a última quinta, tinha 47,8% de aproveitamento no bastão, uma fase coroada com um jogo de três home runs contra o Albuquerque Isotopes (filial do Colorado Rockies e equipe largamente mencionada nas séries “Breaking Bad” e “Better Call Saul”).


O NÚMERO DA SEMANA

42
Próximo sábado (15) é Dia de Jackie Robinson, a celebração de mais um aniversário da estreia do primeiro negro da história da Major League Baseball. É o dia de todos os jogadores usarem o número 42. O blog já escreveu sobre Jackie aqui.

VÍDEO DA SEMANA

O no-hitter mais patético da história. No último sábado, Chattanooga Loockouts e Rocket City Trash Pandas – equipes do nível double-A de Cincinnati Reds e Los Angeles Angels, respectivamente – se enfrentaram pelas ligas menores. Os Trash Pandas carregaram um no-hitter até o final da oitava entrada, com vantagem por 3 a 0 no placar. Veja a sequência da nona entrada (vídeo abaixo): walk, walk, eliminação por bola voadora, walk, strikeout, walk (uma corrida), erro defensivo (três corridas), bolada, bolada, bolada (sim, três seguidas, e mais uma corrida), walk (corrida), arremesso indomável (corrida), bolada e, UFA!, strikeout. Foram 14 rebatedores na entrada, 7 corridas anotadas e… NENHUMA REBATIDA. Os Trash Pandas até conseguiram duas corridas na parte de baixo, mas perderam por 7 a 5 um jogo em que conseguiram um no-hitter sobre o adversário.


O QUE VEM POR AÍ

A semana reserva uma ótima série entre New York Mets e Los Angeles Dodgers na Califórnia. Os dois primeiros jogos terão transmissão para o Brasil (veja programação abaixo), mas vale ficar de olho também no terceiro, na quarta. Pelas prévias, deve ser um duelo entre Max Scherzer e Noah Syndergaard. Já é um atrativo interessante por colocar arremessadores enfrentando seus ex-times. Mas há um toque extra: será a primeira vez que Syndergaard enfrentará os Mets desde que deixou Nova York, em 2021. As seguidas lesões transformaram Thor em um arremessador comum, mas ele brilhou nos Mets, com 47 vitórias e 31 derrotas e 3,32 de ERA. Pena que esse reencontro não será no Citi Field.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 14/abr
20h - Tampa Bay Rays x Toronto Blue Jays (Star+) 

Sábado, 15/abr
22h30 - Colorado Rockies x Seattle Mariners (Star+)

Domingo, 16/abr
20h - Texas Rangers x Houston Astros (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 17/abr
23h - New York Mets x Los Angeles Dodgers (ESPN 3 e Star+)

Terça, 18/abr
23h - New York Mets x Los Angeles Dodgers (Star+)

Quarta, 19/abr
21h - Toronto Blue Jays x Houston Astros (Star+)

Quinta, 20/abr
17h - Los Angeles Angels x New York Yankees (ESPN 3 e Star)

Sexta, 21/abr
19h30 - Chicago White Sox x Tampa Bay Rays (ESPN 3 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 14/abr
19h - NCAA (softbol): LSU x Auburn
19h - NCAA (softbol): Virginia x Florida State
19h - NCAA (beisebol): Miami x North Carolina
21h - NCAA (beisebol): Tennessee x Arkansas
21h - NCAA (beisebol): Notre Dame x Clemson

Sábado, 15/abr
13h - NCAA (softbol): Tennessee x Kentucky
15h - NCAA (softbol): Texas A&M x South Carolina
17h - NCAA (beisebol): Ole Miss x Mississippi State
18h - NCAA (softbol): Virginia Tech x Notre Dame
20h - NCAA (beisebol): Georgia x Florida
20h - NCAA (beisebol): Florida State x NC State

Domingo, 16/abr
13h - NCAA (softbol): Duke x Boston College
15h - NCAA (softbol): Tennessee x Kentucky
15h - NCAA (softbol): Alabama x Mississippi State
15h - NCAA (softbol): Syracuse x North Carolina
15h - NCAA (beisebol): Evansville x Southern Illinois
17h - NCAA (softbol): LSU x Auburn
17h - NCAA (softbol): Ole Miss x Missouri
17h - NCAA (softbol): Clemson x NC State

Segunda, 17/abr
20h - NCAA (softbol): Ole Miss x Missouri

Terça, 18/abr
19h - NCAA (softbol): James Madison x Virginia
19h - NCAA (beisebol): Louisville x Indiana
21h - NCAA (beisebol): Georgia State x Georgia Tech

Quarta, 19/abr
19h - NCAA (softbol): South Florida x Florida
20h - NCAA (softbol): Campbell x North Carolina
20h - NCAA (beisebol): Prairie View A&M x Texas A&M

Quinta, 20/abr
20h - NCAA (softbol): Florida State x Virginia Tech
20h - NCAA (beisebol): Arkansas x Georgia
22h - NCAA (softbol): Oklahoma State x Texas
23h - LMB: Leones de Yucatán x Bravos de León

Sexta, 21/abr
19h - NCAA (softbol): Notre Dame x Boston College
19h - NCAA (beisebol): Vanderbilt x Tennessee
20h30 - NCAA (beisebol): Baylor x Texas Tech
21h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Florida State
21h30 - LMB: Generales de Durango x Tecolotes de los Dos Laredos
22h - NCAA (softbol): Auburn x Alabama
23h30 - NCAA (softbol): Arizona x Oregon
23h30 - LMB: Rieleros de Aguascalientes x Acereros de Monclova
23h30 - LMB: Saraperos de Saltillo x Mariachis de Guadalajara

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Dúvidas MLB 23: De onde surgem os jogadores, recorde de arremessos, canhotos e a primeira base e mais relógio de arremesso

Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Jogador do Ole Miss Rebels durante a College World Series, fase final do beisebol universitário
Jogador do Ole Miss Rebels durante a College World Series, fase final do beisebol universitário Samuel Lewis/Getty Images

De onde são escolhidos os jogadores de beisebol? De universidades como a NFL?
Alexandre Padreco, São José dos Campos-SP

A universidade é a principal fonte de jogadores de beisebol para a MLB, mas não é a única. Jogadores podem ser draftados direto do ensino médio (é muito mais comum na MLB que na NBA) e pode-se contratar jogadores estrangeiros (que não sejam americanos, canadenses e porto-riquenhos) negociando com seus clubes estrangeiros (japoneses e sul-coreanos) ou como agentes livres (todos os outros países). 

Em geral, os estrangeiros não-asiáticos são contratados ainda adolescentes e ficam treinando em centros de treinamentos que as franquias da MLB têm na América Latina. Quando eles se desenvolvem, vão para os Estados Unidos integrar as equipes de ligas menores (ligas profissionais, mas que servem de preparação dos jovens) do clube que o contratou.

Podemos dizer que o impacto do pitch clock é o mesmo do que aconteceu no vôlei com a retirada da "vantagem"?
Flavio Souto da Silva, @FlavioSout30017

É uma comparação exagerada. O impacto da retirada da vantagem foi imenso, com as partidas de vôlei ficando com até metade do tempo que tinham. Um jogo de vôlei atualmente fica entre 1h30 e 2h30 de duração, dependendo da quantidade de sets da partida. Na época da vantagem, era comum um jogo de vôlei com cinco sets chegar a 4h30, ainda mais antes da criação do tie breaker no quinto set.

Dá para dizer que o impacto do pitch clock se assemelha mais à criação do tie breaker no tênis ou no vôlei.

Bryce Harper, um dos principais rebatedores canhotos da MLB
Bryce Harper, um dos principais rebatedores canhotos da MLB Getty

A primeira base para canhotos não é uma desvantagem em relação aos destros, por eles terem que rebater e começarem a correr estando de costas pra base?
Niebson de Sousa, Caucaia-CE

É justamente o contrário, pois os rebatedores canhotos ficam do lado do home plate que é mais perto da primeira base. Então, por mais que eles até tenham de virar para correr, o tempo perdido é menor do que o ganho que eles têm por estarem a uma distância menor. Ainda assim, a diferença é mínima.

Qual é o recorde de arremessos feitos por um único jogador em um partida da MLB?
FLN, @NovoMVP

A pergunta é mais traiçoeira do que parece. A contagem de arremessos só se tornou uma estatística oficialmente registrada em 1988. Então, o recorde oficial é de Tim Wakefield, do Pittsburgh Pirates, que fez 172 arremessos em dez entradas contra o Atlanta Braves em 1993.

Mas é provável que a marca não seja a real. Há algumas décadas, o arremessador titular quase sempre fazia o jogo completo e não havia preocupação tão grande em segurar o número de arremessos com medo de uma lesão no futuro. Até porque os arremessos eram menos intensos e a carga de estresse dos ligamentos era menor. 

Extraoficialmente, Nolan Ryan fez 235 arremessos em uma vitória de 13 entradas de seu California Angels sobre o Boston Red Sox em 1974. No entanto, a contagem de arremessos daquela partida não é oficial

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Semana MLB: Primeiras impressões sobre as novas regras

Ubiratan Leal


Jogos mais curtos e jogos com mais ação em campo. A temporada 2023 da MLB começou com uma enorme expectativa dos torcedores devido às novas regras implementadas pela liga (veja aqui). Por isso, a ansiedade é grande para ver se os resultados são satisfatórios ou não. Mesmo depois de apenas uma semana de jogos, onde a falta de amostragem fazem das estatísticas apenas uma tendência inicial, sem permitir conclusões definitivas.

Novas regras não serviram apenas para reduzir o tempo de jogo, mas para permitir mais rebatidas
Novas regras não serviram apenas para reduzir o tempo de jogo, mas para permitir mais rebatidas Getty

De qualquer modo, comparações já estão sendo feitas. Então, vamos conferir o que os números já estão mostrando:

- Tempo de jogo: 2h38 em 2023, 25 minutos a menos que em 2022, 32 a menos que em 2021;
- BABIP (aproveitamento no bastão contando apenas duelos que terminaram com bolas rebatidas para dentro do campo): 30,1% em 2023, 29% em 2022;
- Aproveitamento no roubo de bases: 83,3% em 2023, contra 75,4% em 2022;
- Tentativa de roubo de bases: 5,9% dos corredores em base em 2023, contra 4,8% em 2022;
- Jogos com mais de 3h30 na primeira semana: 1 em 2023, 34 em 2022; e
- Times com a mesma quantidade ou mais bases roubadas que home runs: sete neste começo de 2023, nenhum em temporada completa desde 2014.

A lista de estatísticas poderia seguir infinitamente. Os resultados iniciais das novas regras estão dentro das expectativas da liga (o que não aconteceu com pequenas mudanças de regras em temporadas recentes, diga-se). A reação do público, da imprensa e até dos jogadores é das melhores até agora.

O que chama mais a atenção de todos é o tempo total de jogo, mas não podemos ignorar o impacto positivo do aumento de rebatidas e de roubos de base. Nos últimos dez anos, a MLB foi se transformando em uma liga de força, com arremessadores buscando apenas o strikeout e rebatedores tentando responder com pancadas longas. A arte de uma rebatida colocada e de construir as corridas base a base era cada vez mais rara (o San Diego Padres nos playoffs do ano passado foi uma exceção). O início da temporada 2023 indica que ela pode voltar.

Resumo das novas regras da MLB
Resumo das novas regras da MLB []

Mais que apenas um jogo mais rápido, a MLB precisa de ação mais constante. Assim, as partidas se tornam muito mais emocionantes e agradáveis do que quando concentram tudo a poucos momentos de explosão. Por isso, as primeiras impressões das novas regras são ótimas. Que elas se confirmem quando tivermos mais amostragem estatística para tirar conclusões mais sólidas.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre por que é tão comum o time favorito perder uma partida na MLB e duas dúvidas sobre as novas regras. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Tyler O’Neill
O St. Louis Cardinals se orgulha de ser uma franquia que joga o beisebol “do jeito certo”. Sim, é um time que valoriza seu jeito mandaloriano de ser. No caso do beisebol, isso significa respeitar o jogo, respeitar o adversário e sempre se esforçar ao máximo porque nenhuma jogada merece menos dedicação. Até que ponto esse princípio é levado a sério? Bem, o técnico Oliver Mármol afastou Tyler O’Neill por uma partida após ser eliminado por teoricamente não dar o máximo na corrida nesta jogada.


O NÚMERO DA SEMANA

US$ 1,85 milhão
Valor alcançado por um bastão utilizado por Babe Ruth em 1921. É o maior valor já pago por um bastão de beisebol na história. Isso já faria da história digna de menção, mas o curioso é como ela chegou a esse patamar: ele aparece em uma foto de Ruth durante um jogo em 1921, identificação que foi possível a partir de manchas e marcas no bastão.



VÍDEO DA SEMANA

Essa câmera instalada nos árbitros é legal demais!

          

     

O QUE VEM POR AÍ

San Diego Padres e New York Mets se reencontram na próxima semana em Nova York. Foi dessa forma que a temporada dos Mets terminou em 2022, com duas derrotas em três jogos em casa contra os Padres na série de wildcard. Para esta temporada, as duas equipes estão entre as que mais investiram em reforços – ou em manter os bons jogadores que tinham – e podem ter novo encontro nos playoffs. Os dois primeiros jogos terão transmissão na ESPN (apenas o da segunda-feira) e no Star+ (segunda e terça). Na segunda, inclusive, está previsto um ótimo duelo de arremessadores, reunindo Yu Darvish e Max Scherzer.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 7/abr
21h - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 8/abr
20h - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (Star+)

Domingo, 9/abr
20h - San Diego Padres x Atlanta Braves (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 10/abr
20h - San Diego Padres x New York Mets (ESPN 2 e Star+)

Terça, 11/abr
20h - San Diego Padres x New York Mets (Star+)

Quarta, 12/abr
22h30 - Los Angeles Dodgers x San Francisco Giants (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 13/abr
20h - Minnesota Twins x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 14/abr
20h - Tampa Bay Rays x Toronto Blue Jays (Star+) 

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 7/abr
20h - NCAA (softbol): Florida State x Clemson
20h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
21h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Duke
22h - NCAA (beisebol): Oklahoma State x TCU

Sábado, 8/abr
12h30 - NCAA (beisebol): Brown x Cornell
13h - NCAA (beisebol): LSU x South Carolina
15h - NCAA (softbol): Notre Dame x Louisville
15h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
15h30 - NCAA (beisebol): Brown x Cornell
16h - NCAA (beisebol): Arkansas x Ole Miss
17h - NCAA (beisebol): NC State x Wake Forest
19h - NCAA (softbol): Georgia x Arkansas
19h - NCAA (beisebol): Mississippi State x Alabama
20h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Duke
21h - NCAA (softbol): Mississippi State x Texas A&M

Domingo, 9/abr
13h - NCAA (softbol): Boston College x Georgia Tech
13h - NCAA (beisebol): Rutgers x Maryland
13h - NCAA (beisebol): Kentucky x Georgia
13h - NCAA (beisebol): Brown x Cornell
15h - NCAA (softbol): Pittsburgh x North Carolina
16h - NCAA (softbol): Mississippi State x Texas A&M
16h - NCAA (beisebol): Kansas x West Virginia
17h - NCAA (softbol): Kentucky x Ole Miss

Segunda, 10/abr
20h - NCAA (softbol): Mississippi State x Texas A&M

Terça, 11/abr
19h - NCAA (softbol): Tennessee x Virginia Tech
20h - NCAA (softbol): Oklahoma x LSU
20h - NCAA (beisebol): Clemson x Georgia
20h - NCAA (beisebol): Kentucky x Louisville

Quarta, 12/abr
20h - NCAA (softbol): East Carolina x Duke

Quinta, 13/abr
20h - NCAA (beisebol): Kentucky x LSU
20h - NCAA (beisebol): Miami x North Carolina
21h - NCAA (beisebol): Missouri x Texas A&M

Sexta, 14/abr
19h - NCAA (softbol): LSU x Auburn
19h - NCAA (softbol): Virginia x Florida State
19h - NCAA (beisebol): Miami x North Carolina
21h - NCAA (beisebol): Tennessee x Arkansas
21h - NCAA (beisebol): Notre Dame x Clemson

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Primeiras impressões sobre as novas regras

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Dúvidas MLB 22: Por que favoritos perdem tanto e dúvidas sobre as novas regras

Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Por que às vezes o time favorito leva uma surra tão grande?
Silfarle Santiago, Porto

Sabe aquela história de que o futebol é o esporte mais imprevisível do mundo, porque o melhor time pode perder do pior? BALELA. O beisebol é muito mais incerto, com um perde-ganha enorme entre os times, independentemente do nível técnico entre eles.

Para ilustrar: cada time joga 162 vezes na temporada regular. Vamos arredondar para baixo (160) e considerar que são dez séries de 16 partidas. Se o Time A vence nove e perde sete a cada 16 jogos, termina com 90 vitórias e tem uma das melhores campanhas de toda a liga. Se o Time B vence sete e perde nove, termina com 70 vitórias e tem uma das piores campanhas da temporada. Sim, praticamente todos os 30 times da MLB ficam nessa margem entre 6,5 e 9,5 vitórias a cada 16 jogos. Muito equilíbrio.

Um décimo a mais ou a menos e um centímetro a mais para cima ou para baixo pode ser a diferença entre um home run e uma eliminação
Um décimo a mais ou a menos e um centímetro a mais para cima ou para baixo pode ser a diferença entre um home run e uma eliminação Getty

Isso ocorre por dois fatores principais:

- Beisebol é um esporte de precisão (tanto arremessando quanto rebatendo), e mesmo o melhor time pode ter uma queda de rendimento significativa se, num determinado dia, os jogadores estão só um pouco abaixo do ideal. Um dia em que a equipe está sentindo a maratona de jogos, o desgaste da viagem ou qualquer outro fator pode ter um impacto grande no resultado da partida;

- Os arremessadores têm uma influência enorme no jogo. Se um abridor estiver inspirado naquele dia, pode silenciar até o melhor dos ataques. E mesmo os times ruins têm arremessadores que têm talento suficiente para fazer um jogo memorável de tempos em tempos.

Com jogo mais curto, talvez tenhamos menos venda de comidas e bebidas nos estádios. A MLB considerou o eventual impacto disso na redução do tempo dos jogos?
Eliane, @Eli_DFR

Apesar de o principal foco das novas regras tenha sido no impacto no jogo em si e na audiência de TV, a MLB também estudou o quanto isso afetava o comércio nos estádios. E os resultados, na temporada de testes de ligas menores, foram promissores: não houve mudança significativa na venda de comidas, bebidas e produtos em geral.

Ainda há muita coisa a se estudar a respeito disso, mas já ficou evidente que o cenário não é tão simples como “jogo mais curto, torcida menos tempo para ficar comendo e bebendo no estádio”. Ainda que a frase tenha algum sentido e realmente se aplicará ao comportamento de alguns torcedores, há várias nuances.

Primeiro, o tempo de venda não diminuiu tanto assim. Nesse começo de nova regra, as partidas estão 25 minutos mais rápidas (arredondando para cima). Isso dá 2,8 minutos a menos por entrada. Considerando que a venda de bebidas (mais significativas que a de comida nos estádios) normalmente é encerrada ao final da sétima entrada, o “tempo útil” para se comprar uma cerveja caiu 19 minutos. Nem é tanta coisa assim. 

Por isso, acho que as pessoas que reclamaram disso estão impactadas mais pelo efeito psicológico do jogo mais rápido do que pela redução de tempo em si. Antes o torcedor achava que levaria apenas meia entrada na fila para comprar um cachorro quente ou uma cerveja, e agora ele fica com medo de perder uma entrada inteira (a conta acima mostra que não perde).

Além disso, era muito comum torcedores começarem a voltar para casa nas entradas finais, quando os jogos chegavam a 2h30. A MLB espera que, com partidas tendo duração total de 2h40, os torcedores simplesmente fiquem até a última eliminação. Ou seja, o tempo total dentro do estádio – e potencialmente gastando dinheiro – seria praticamente o mesmo.

Por fim, há uma aposta que jogos mais rápidos e com dinâmica mais agradável atraia mais gente aos estádios. E, mesmo que alguns torcedores acabem comprando menos cerveja, cachorro quente ou bonés do time porque tiveram menos tempo, outros torcedores, que teriam visto o jogo de casa, estarão ali nas arquibancadas para gastar um pouco também.

Torcedor pega a bola que foi para a arquibancada sem deixar cair a cerveja
Torcedor pega a bola que foi para a arquibancada sem deixar cair a cerveja Reprodução

Onde está o relógio de contagem do arremesso? Não é visível na televisão?
Aloysio Coutinho, Osasco

Não. Há relógios em vários pontos do estádio, e obviamente os arremessadores, rebatedores, catchers e árbitros têm boa visão de algum relógio. Mas a liga propositalmente não quis colocar nenhum no enquadramento principal das transmissões de TV. No primeiro jogo de pré-temporada com a nova regra, um Seattle Mariners x San Diego Padres, havia um cronômetro grande atrás do rebatedor, facilmente visível na transmissão, e isso causou muito incômodo ao público que viu pela TV. De fato, dava a sensação de que o arremessador estava sempre sendo pressionado, não passava uma ideia de que o jogo era fluido e natural. 

Mas não se preocupe: é evidente que os jogadores em campo estão vendo algum relógio, e a transmissão de TV sempre vai colocar o relógio na tela quando estiver nos segundos finais.

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Dúvidas MLB 22: Por que favoritos perdem tanto e dúvidas sobre as novas regras

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Semana MLB: Guia da temporada 2023

Ubiratan Leal


A Major League Baseball está de volta! Neste ano, veio com um ótimo aperitivo, o World Baseball Classic, e a implementação de novas regras, que tornarão o jogo mais divertido e rápido. Ou seja, há muito tempo uma temporada da MLB não era cercada com tanta expectativa por todos, do torcedor em casa até os donos das franquias.

Para ficar por dentro do que deve acontecer neste ano, confira abaixo um rápido guia da temporada e a grade de programação da ESPN e do Star nesta primeira semana.

NOVAS REGRAS

Tem muitas novidades, como relógio para arremessos, tamanho das bases e restrição do posicionamento da defesa no campo interno. Essas novidades já foram explicadas em um post anterior do blog. Então, só clicar aqui e veja.

Resumo das novas regras da MLB
Resumo das novas regras da MLB []

TIME A TIME

LIGA AMERICANA LESTE

Baltimore Orioles

PANORAMA GERAL: Uma equipe claramente em ascensão, com alguns jogadores jovens mostrando serviço e vários outros que devem ser promovidos da base neste ano (destaque para Gunnar Henderson). E isso vale até para os arremessadores, uma deficiência crônica da franquia há décadas.

O problema é que a diretoria parece mais paciente que a torcida, e não fez a onda de investimento em jogadores mais experientes para dar mais peso ao elenco. É possível que esses investimentos venham no meio do ano se a campanha for boa e os playoffs forem uma realidade. Caso contrário, talvez essa injeção de dinheiro venha para a próxima temporada.

DESTAQUES: Cedric Mullins (defensor externo), Adley Rutschman (catcher)

PALPITE: Fica pouco acima de 50% de aproveitamento, mas não consegue a vaga nos playoffs ainda

Boston Red Sox

PANORAMA GERAL: A franquia parece sem uma direção tão clara neste momento. Dá sinais de que quer reconstruir o elenco, tanto que negociou ou deixou sair estrelas como Mookie Betts e JD Martínez nos últimos anos, mas não abraça definitivamente o processo. Dessa forma, os Red Sox fizeram contratações que até darão esperança à torcida, como Kenley Jansen, Corey Kluber, Kiké Hernández (já estava no clube, mas renovou), Justin Turner e Masataka Yoshida. Mas, com exceção do japonês (um dos destaques do WBC), os demais não estão mais no auge da carreira e a campanha dependeria de uma recuperação de todos esses reforços ao mesmo tempo. 

DESTAQUES: Rafael Devers (terceira base), Chris Sale (arremessador), Alex Verdugo (defensor externo)

PALPITE: Um pouco abaixo de 50% de aproveitamento

New York Yankees

PANORAMA GERAL: As estrelas que já estavam no time continuaram, inclusive Aaron Judge, que recebeu um novo contrato bastante polpudo para ficar em Nova York. Além disso, houve um bom investimento no abridor Carlos Rodón, deixando a rotação mais forte. O bullpen não tem mais Aroldis Chapman – não é um problema, há tempos não era mais efetivo – e perdeu Scott Effross por lesão, mas Tommy Kahnle está de volta. É uma equipe muito forte há anos, mas que nem sempre sabe fazer os ajustes ao longo do campeonato para conseguir dar o passo final até a World Series.

DESTAQUES: Aaron Judge (defensor externo), Gerrit Cole (arremessador), Anthony Rizzo (primeira base)

PALPITE: Campeão da divisão, mas o sucesso nos playoffs vai depender de como a diretoria vai agir no mercado no meio do ano

Torcida dos Yankees no setor do estádio criado para celebrar Aaron Judge
Torcida dos Yankees no setor do estádio criado para celebrar Aaron Judge ESPN

Tampa Bay Rays

PANORAMA GERAL: Nenhuma novidade para o torcedor dos Rays. Atuação discreta no mercado, deixando sair mais jogadores do que trazendo novos, e a sensação de que falta força ofensiva para fazer uma campanha competitiva. Bem, na última década, o Tampa Bay tem feito isso constantemente e, no final do ano, está nos playoffs. O cenário deste ano não é diferente.

DESTAQUES: Randy Arozarena (defensor externo), Wander Franco (shortstop), Tyler Glasnow (arremessador)

PALPITE: Briga por uma vaga no wildcard

Toronto Blue Jays

PANORAMA GERAL: Um elenco claramente talentoso, com ótimos rebatedores, uma rotação sólida e um bullpen que foi competente na temporada regular passada. Mas ainda há uma sensação de que falta alguma coisa ao time. Nos playoffs de 2022, por exemplo, a rotação sólida e o bullpen competente não souberam elevar seu nível de acordo com a exigência da partida, e os Jays foram eliminados de maneira dramática – e talvez traumática – para o Seattle Mariners.

Para 2023, a diretoria fez bons movimentos, sobretudo para melhorar o repertório de rebatedores canhotos no elenco (caso de Kevin Kiermaier e Brandon Belt), mas não fez nenhuma contratação bombástica para mudar o time de patamar.

DESTAQUES: Vladimir Guerrero Jr (primeira base), Bo Bichette (shortstop), Alek Manoah (arremessador)

PALPITE: Conquista uma vaga no wildcard, mas não faz um grande avanço nos playoffs

LIGA AMERICANA CENTRAL

Chicago White Sox

PANORAMA GERAL: Um elenco montado durante anos para chegar ao início da década de 2020 como candidato a título todo ano. E, até agora, não é exatamente isso o que tem acontecido. Os Meias Brancas até chegaram aos playoffs de 2020 e 21, mas sempre caiu logo de cara e ainda decepcionou ao ficar de fora no ano passado.

Um motivo para o desempenho frustrante é a falta de conexão do técnico Tony LaRussa com os jogadores, o que impedia o time de realmente jogar de acordo com o talento disponível. Bem, a diretoria trocou de treinador para esta temporada, e, se Pedro Grifol encontrar a sintonia certa com o vestiário, os White Sox têm totais condições de sonhar com algo grande. Mesmo com a perda de José Abreu, seu principal jogador, para os Astros.

DESTAQUES: Tim Anderson (shortstop), Luis Robert (defensor externo), Yoán Moncada (terceira base)

PALPITE: Vai para os playoffs

Cleveland Guardians

PANORAMA GERAL: Uma franquia que parecia iniciar uma reconstrução, mas rapidamente encontrou uma base jovem competitiva e está se abraçando a ela para seguir na briga pela divisão. A rotação tem Shane Bieber, Triston McKenzie (começa a temporada lesionado) e Cal Quantrill, o bullpen tem Emanuel Clase, James Karinchak e Trevor Stephan, o ataque conta com José Ramírez (contrato renovado ano passado), André Giménez (contrato renovado nesta semana) e Steven Kwan. Para os home runs, a direção trouxe Josh Bell.

É uma equipe interessante. Falta peso no longo prazo, mas já se mostrou capaz de forçar os Yankees a um jogo 5 na série de divisão do ano passado. 

DESTAQUES: José Ramírez (terceira base), Andrés Giménez (segunda base), Shane Bieber (arremessador)

PALPITE: Luta por uma vaga nos playoffs

Detroit Tigers

PANORAMA GERAL: Os Tigers deram bons sinais em 2020 e 21, parecia uma franquia finalmente saindo do buraco após uma reconstrução profunda no elenco. Mas tudo deu errado no ano passado, com apostas não se pagando e a percepção que o projeto não estava mais caminhando.

A direção resolveu trocar todo o comando esportivo do Detroit, que iniciará um novo trabalho quase do zero. Uma pena que a temporada de despedida de Miguel Cabrera seja melancólica, mas celebrar a carreira do venezuelano provavelmente será o ponto alto da temporada dos Tigres.

DESTAQUES: Javier Báez (shortstop), Miguel Cabrera (rebatedor designado), Eduardo Rodríguez (arremessador)

PALPITE: Candidato a uma das piores campanhas da temporada

Miguel Cabrera entra na última temporada de sua grande carreira
Miguel Cabrera entra na última temporada de sua grande carreira Getty

Kansas City Royals

PANORAMA GERAL: As lembranças do título de 2015 já estão distantes, mas não há sinais de que os Royals voltarão a brigar em curto prazo. A franquia tem demonstrado dificuldade em encontrar uma nova leva de talentos jovens para dar estrutura ao time, que tem pequenas melhorias de um ano para o outro. Nem em uma divisão sem uma superpotência isso é suficiente para os Royals se sentirem minimamente na briga.

Não deve ser diferente neste ano. A contratação mais barulhenta é a de Aroldis Chapman, um dos fechadores mais marcantes da MLB na última década. No entanto, o cubano vem em fase descendente e talvez nem fique com a responsabilidade de assumir as nonas entradas.

DESTAQUES: Salvador Pérez (catcher), Bobby Witt Jr (shortstop), Aroldis Chapman (arremessador)

PALPITE: Fica abaixo de 50% de aproveitamento, mas não é lanterna da divisão

Minnesota Twins

PANORAMA GERAL: O torcedor dos Twins não pode reclamar da falta de iniciativa da diretoria. Depois de pedir para sair, fechar com os Giants e com os Mets, Correa assinou com o Minnesota de novo. Ou seja, o grande reforço é um jogador que já estava na equipe no ano passado. Tudo bem, foi uma questão maluca e as Gêmeas não têm culpa disso.

De resto, o time tem Christian Vázquez (ex-Red Sox e Astros), Joey Gallo (ex-Yankees e Rangers), Jorge López e os pratas da casa Byron Buxton e Max Kepler. É uma base interessante, mas que volta a um crônico problema dos Twins: quem arremessa? A rotação tem em Sonny Gray sua principal figura, e Jhoan Duran e Jorge López seguram o bullpen. Bom para brigar pelos playoffs, mas o passo definitivo depende de contratações de meio do ano.

DESTAQUES: Carlos Correa (shortstop), Byron Buxton (defensor externo), Christian Vazquez (catcher)

PALPITE: Briga por uma vaga nos playoffs, mas fica de fora por pouco

LIGA AMERICANA OESTE

Houston Astros

PANORAMA GERAL: O título de 2022 ajudou a tirar da franquia o peso das acusações de só levar a World Series com ajuda de trapaça. Agora o bom trabalho dos texanos foi premiado com um título sem contestação, e a tendência é que o time até chegue mais leve para a temporada. 

O elenco é praticamente o mesmo. Perdeu Justin Verlander, mas os Astros sempre se viram bem no montinho (talvez seja o clube que trabalha melhor o desenvolvimento de arremessadores). No ataque, José Abreu veio do Chicago White Sox para dar ainda mais capacidade de decisão em um time que cresce nos momentos decisivos.

DESTAQUES: José Altuve (segunda base), Yordán Álvarez (rebatedor designado), José Abreu (primeira base)

PALPITE: Mais uma vez, vai aos playoffs e entra no mata-mata como um dos principais candidatos ao título

Los Angeles Angels

PANORAMA GERAL: Depois do final hollywoodiano do World Baseball Classic, com Shohei Ohtani e Mike Trout duelando pelo título mundial, a cobrança sobre os Angels cresceu ainda mais. Afinal, como um time com os dois melhores jogadores do mundo pode ser tão incompetente? Bem, a falta de bons arremessadores na rotação e no bullpen, além da inconsistência do ataque, são questões crônicas do clube de Anaheim.

A diretoria até tentou mitigar esses problemas para 2023. O ataque tem Anthony Rendón (perdeu quase toda a temporada passada por lesão), Gio Urshela, Hunter Renfroe e Jared Walsh. Não é espetacular, mas pode ser digno. A rotação conta com Patrick Sandoval (uma grata surpresa do Mundial) e o competente Tyler Anderson, além de Ohtani. O bullpen ainda deixa a desejar, mas se tudo der certo, até dá para imaginar os Angels correndo por fora na briga pelo wildcard. A questão é que raramente tudo dá certo.

DESTAQUES: Shohei Ohtani (rebatedor designado e arremessador), Mike Trout (defensor externo), Anthony Rendón (terceira base)

PALPITE: briga para ficar em torno de 50% de aproveitamento

Shohei Ohtani no All-Star Game de 2021
Shohei Ohtani no All-Star Game de 2021 Getty Images

Oakland Athletics

PANORAMA GERAL: Saldão geral, o gerente enlouqueceu e os A’s mais uma vez desfizeram um time. A equipe que ganhou a divisão em 2020 não existe mais, e é mais um ano de reconstrução para o Oakland. As contratações foram apenas de jogadores competentes, que impedirão uma campanha muito constrangedora do clube. Casos de Jace Peterson, Aledmys Díaz e Trevor May. Shintaro Fujinami é uma aposta ousada para a rotação, já que o arremessador era apenas um reliever longo na NPB e seu nome não encabeça a lista de nomes da ótima geração japonesa no montinho.

DESTAQUES: na falta de um nome melhor, Ramón Laureano (defensor externo)

PALPITE: pior campanha da divisão, uma das piores da MLB

Seattle Mariners

PANORAMA GERAL: O torcedor dos Mariners tem motivo para estar otimista. A equipe que acabou com o jejum de 21 anos sem playoffs na temporada passada foi praticamente mantida. A rotação é competente, o bullpen é um dos melhores da MLB e o ataque tem jogadores explosivos. Além disso, a contratação de Teoscar Hernández dá um pouco mais de força no bastão.

O único “porém” é que, ainda que o time seja competitivo e tenha margem para evolução, ainda soa um degrau abaixo de Astros e Yankees. Talvez algumas negociações de meio de temporada resolvam isso.

DESTAQUES: Julio Rodríguez (defensor externo), Luis Castillo (arremessador), Robbie Ray (arremessador)

PALPITE: Pega um dos wildcards da Liga Americana

Texas Rangers

PANORAMA GERAL: Um dos times que têm mais potencial para evoluir. A direção investiu em nomes de peso para voltar a disputar os playoffs. O nome que mais chama a atenção é o de Jacob deGrom (talvez o melhor arremessador do mundo quando não está lesionado), mas o clube também contratou Nathan Eovaldi e renovou com Martín Pérez. O ataque já tinha recebido reforços no ano passado, como Corey Seager e Marcus Semien.

No papel, é uma equipe para brigar por vaga nos playoffs. O problema é que ainda falta um pouco de profundidade ao elenco, o que pode custar caro em longo prazo.

DESTAQUES: Jacob deGrom (arremessador), Corey Seager (shortstop), Adolis García (defensor externo)

PALPITE: Fica acima de 50% de aproveitamento

LIGA NACIONAL LESTE

Atlanta Braves

PANORAMA GERAL: Campeão em 2021 e segunda melhor campanha da Liga Nacional na temporada regular em 2022, não há motivos para acreditar que os Braves não se manterão entre as forças da MLB neste ano. A equipe mantém uma base absurdamente talentosa e ainda jovem. Por isso, mesmo o fato de o mercado ter sido discreto não incomoda: a ideia foi dar mais profundidade ao elenco, e não trazer uma superestrela. Ainda assim, a contratação de Sean Murphy como novo catcher não deve ser menosprezada.

DESTAQUE: Ronald Acuña Jr (defensor externo), Max Fried (arremessador), Austin Riley (terceira base)

PALPITE: vai aos playoffs

Miami Marlins

PANORAMA GERAL: Uma equipe jovem e com potencial de crescimento, que recebeu o reforço de alguns veteranos interessantes como Jean Segura e Johnny Cueto. Os Marlins até dão sinais de que pretendem voltar a brigar um dia, mas ainda é pouco para competir na melhor divisão da MLB no momento.

DESTAQUE: Sandy Alcántara (arremessador), Jazz Chisholm (defensor externo), Jorge Soler (rebatedor designado)

PALPITE: fica abaixo de 50% de aproveitamento, mas terá alguns bons jogos ao longo do ano

New York Mets

PANORAMA GERAL: A eliminação para os Padres na primeira fase de playoffs deixou o gosto de frustração na campanha dos Mets, mas o clube tinha liderado a divisão durante quase todo o ano, perdendo apenas na última semana. O time era forte, e continua praticamente igual. Perdeu seu melhor arremessador, Jacob deGrom, mas trouxe Justin Verlander no lugar. Talvez até perca um pouco em qualidade absoluta de arremessos, mas ganha muito mais em confiabilidade. 

A perda de Edwin Díaz por contusão durante o WBC deixa os nova-iorquinos sem o melhor fechador do momento, mas há uma esperança que ele volte para os playoffs. O maior desafio dos Mets continua sendo lidar com a imensa pressão sobre uma franquia que quase sempre entrega menos que as expectativas, ainda mais depois de ter o dono mais rico e a maior folha salarial da MLB.

DESTAQUES: Justin Verlander (arremessador), Max Scherzer (arremessador), Francisco Lindor (shortstop)

PALPITE: vai aos playoffs

De Houston para Nova York: Justin Verlander é a grande aposta dos Mets para a temporada
De Houston para Nova York: Justin Verlander é a grande aposta dos Mets para a temporada Getty

Philadelphia Phillies

PANORAMA GERAL: Atual campeão da Liga Nacional, ficou a duas vitórias do título da World Series, e ainda assim pouca gente coloca os Phillies como favoritos em sua própria divisão. Essa avaliação se justifica: o time é muito talentoso e explosivo, e justamente por isso parece mais feito para os playoffs. Para uma maratona de temporada regular, talvez falte mais profundidade ao elenco.

De qualquer maneira, os Phillies corrigiram ao longo do ano passado seus dois maiores defeitos: a defesa fraca e o bullpen inconsistente. O time ainda não é referência nessas duas áreas, mas já está em um nível decente para quem entra no campeonato pensando em título. A concorrência de Mets e Braves é cruel, mas os Phillies evoluíram até na confiança e dificilmente não beliscam uma vaga nos playoffs. E, a partir daí, eles estariam no ambiente que lhes é mais favorável...

DESTAQUES: Bryce Harper (defensor externo), Kyle Schwarber (rebatedor designado), Aaron Nola (arremessador)

PALPITE: Pega uma vaga de wildcard

Washington Nationals

PANORAMA GERAL: Os campeões de 2019 estão em reconstrução total. As contratações visam apenas dar um nível minimamente competitivo ao time enquanto a franquia acumula boas escolhas no draft para melhorar a situação das categorias de base. Considerando a forte divisão em que estão, os Nationals são candidatos a pior campanha da MLB

DESTAQUES: Keibert Ruiz (catcher) e Jeimer Candelario (terceira base)

PALPITE: Ficará com a pior campanha de toda a MLB

LIGA NACIONAL CENTRAL

Chicago Cubs

PANORAMA GERAL: Os Cubs não chamaram tanto a atenção durante o recesso da MLB, mas tiveram um mercado muito interessante. Contrataram bons jogadores como Dansby Swanson (campeão com os Braves há dois anos), Cody Bellinger (vem em péssima fase, mas foi MVP da Liga Nacional em 2019), Trey Mancini, Jameson Taillon, Eric Hosmer e Michael Fulmer. Com Yan Gomes, Nico Hoerner e Ian Happ ainda no elenco, é um time muito melhor do que muita gente previa, considerando que é uma franquia em reconstrução.

DESTAQUES: Dansby Swanson (shortstop), Trey Mancini (defensor externo), Cody Bellinger (defensor externo). Ainda têm o catcher Yan Gomes, único brasileiro na MLB neste início de temporada

PALPITE: Ficará sempre correndo por fora na luta pelos playoffs

Yan Gomes agora é titular no Chicago Cubs
Yan Gomes agora é titular no Chicago Cubs Getty

Cincinnati Reds

PANORAMA GERAL: O Cincinnati Reds bateu recorde de pior início de temporada em 2022. Até foi meio exagerado – o time tinha muito desfalque por lesão –, mas dá um sinal de como a equipe é fraca. Para este ano, não houve investimento significativo em reforços, apenas a chegada de Wil Myers (ex-Padres) chama a atenção.

Nenhuma surpresa, considerando que a diretoria é uma das que menos coloca o dinheiro no bolso para investir no elenco e que há muitos talentos jovens na base dos Reds. Ou seja, talvez o Cincinnati dê sinal de vida quando esses jovens começarem a aparecer no time principal. Talvez não seja neste ano, porém.

DESTAQUES: Jonathan India (segunda base), Joey Votto (primeira base), Hunter Greene (arremessador)

PALPITE: Vai brigar com os Pirates para evitar a lanterna da divisão

Milwaukee Brewers

PANORAMA GERAL: Poucos times têm um repertório tão vasto no montinho. A rotação é ótima e o bullpen é para lá de confiável. Para melhorar, a comissão técnica sabe bem como usar todo esse talento para anular os ataques adversários. Só isso já é suficiente para colocar os Brewers como candidato a uma vaga nos playoffs. No entanto…

…quem rebate? Christian Yelich já foi MVP da Liga Nacional no passado, mas a torcida acredita cada vez menos que ele recuperará aquele nível após tantas temporadas decepcionantes. William Contreras, ex-Braves, é um bom reforço nessa área, mas ainda precisa de mais para o Milwaukee voltar a ser um candidato a título da Liga Nacional.

DESTAQUES: Corbin Burnes (arremessador), Brandon Woodruff (arremessador), Devin Williams (arremessador)

PALPITE: Vai estar na briga por uma vaga nos playoffs

Pittsburgh Pirates

PANORAMA GERAL: O torcedor dos Pirates até viu uma quantidade razoável de reforços chegar: Choi Ji-Man, Carlos Santana, Vince Velasquez, Austin Hedges, Rich Hill e Andrew McCutchen, entre outros. Mas são jogadores em fase descendente que devem apenas ajudar o time a melhorar um pouco enquanto continua sua reconstrução. O foco mesmo tem de continuar sendo nos jovens Oneil Cruz e Ke’Bryan Hayes.

DESTAQUES: Oneil Cruz (shortstop), Ke’Bryan Hayes (segunda base), Andrew McCutchen (rebatedor designado)

PALPITE: Vai brigar com os Reds para evitar a lanterna da divisão. E vai ganhar essa disputa

St. Louis Cardinals

PANORAMA GERAL: É uma das franquias mais estáveis da MLB. Consegue sempre se renovar e seguir competitiva, mesmo sem fazer tanto barulho no mercado. A situação não muda nesta temporada. O ataque é um dos mais interessantes da MLB, ainda mais após a contratação do catcher Willson Contreras, ídolo do rival Cubs, para o lugar de Yadier Molina (aposentou).

O problema do time está no montinho. A rotação tem bons nomes, mas não salta aos olhos como a tradição dos Cardinals manda. O bullpen é pior ainda, com jogadores que nem são ruins, mas oscilam demais de um jogo para o outro e não passam confiança para uma disputa em nível de playoffs.

DESTAQUES: Paul Goldschmidt (primeira base), Nolan Arenado (terceira base), Willson Contreras (catcher)

PALPITE: Vencem a divisão, mas uma campanha de sucesso nos playoffs depende da chegada de novos arremessadores

LIGA NACIONAL OESTE

Arizona Diamondbacks

PANORAMA GERAL: Ninguém vai dar tanta trela aos Dbacks, pois a divisão Oeste da Liga Nacional e a Liga Nacional como um todo têm muitas equipes mais fortes. Mas é justo dizer que o Arizona está evoluindo, e o time de 2023 tem boas condições de aprontar algumas surpresas ao longo da temporada e mostrar um jogo muito divertido.

É um time jovem e rápido. Corbin Carroll é um dos favoritos ao título de estreante do ano da Liga Nacional e Gabriel Moreno também pode ser uma das revelações dessa equipe. Ketel Marté é a estrela do elenco, que ainda conta com Zach Gallen e Joe Mantiply (ambos com bons desempenhos em 2022) e os veteranos Evan Longoria e Madison Bumgarner. 

DESTAQUES: Zac Gallen (arremessador), Ketel Marté (segunda base), Corbin Carroll (defensor externo)

PALPITE: fica um pouco abaixo de 50% de aproveitamento

Colorado Rockies

PANORAMA GERAL: Os Rockies foram mal na temporada passada, e não fizeram muita coisa para mudar o destino em 2023. Além de Kris Bryant e Charlie Blackmon, não há jogadores realmente acima da média no elenco. A principal novidade foi Jurickson Profar, apenas um coringa útil no San Diego Padres nos últimos anos. A tendência é que o Colorado fique na lanterna da divisão, talvez pensando em brigar com os Diamondbacks se os jovens do Arizona não mostrarem serviço.

DESTAQUES: Kris Bryant (terceira base), Kyle Freeland (arremessador), Charlie Blackmon (defensor externo)

PALPITE: Lanterna da divisão

Los Angeles Dodgers

PANORAMA GERAL: Os Dodgers ainda são a superpotência da divisão e mesmo da Liga Nacional. No entanto, aquela aura de equipe irretocável – pelo menos para temporada regular – está cada vez mais fraca. Alguns jogadores deixaram a equipe nos últimos anos (Seager, Bellinger, Turner, Jansen), e a reposição é mais discreta, muitas vezes com jovens saindo das ligas menores ou apostas (casos de Noah Syndergaard neste ano). Mas mesmo com essa política de valorizar a base, ainda houve espaço no orçamento para buscar dois nomes que podem ajudar bastante: JD Martínez (ex-Red Sox) e JP Feyereisen (ex-Rays).

DESTAQUES: Mookie Betts (defensor externo), Freddie Freeman (primeira base), Clayton Kershaw (arremessador)

PALPITE: Leva a divisão, mas o título dependerá de alguns jovens explodirem neste ano

San Diego Padres

PANORAMA GERAL: No papel, briga para ser o melhor time de toda a MLB. A diretoria tem investido em contratações de forma nunca vista em San Diego anteriormente, e não dá para reclamar da falta de talento no time. Vá lá, dá para dizer que a rotação conta com jogadores que oscilam um pouco (Blake Snell e Michael Wacha) e um que só no ano passado se transformou em abridor (Nick Martínez). Ou seja, fica muita responsabilidade nas costas de Yu Darvish e Joe Musgrove. Alguma cornetada no bullpen também não é sem motivo.

Ainda assim, o ataque é monstruoso, ainda mais depois da contratação de Xander Bogaerts e de Fernando Tatís voltar de suspensão por doping, o que ocorrerá ainda no começo desta temporada. Faltava apenas uma campanha mais convincente desse time para pegar confiança e se colocar como candidato ao título, mas isso ocorreu em 2022, quando os Padres eliminaram os Dodgers e chegaram à final da Liga Nacional.

DESTAQUES: Manny Ramírez (terceira base), Juan Soto (defensor externo), Fernando Tatís Jr (defensor externo)

PALPITE: Fica um pouco atrás dos Dodgers na divisão, mas conquista vaga nos playoffs

Padres ficaram a um passo de voltar à World Series em 2022
Padres ficaram a um passo de voltar à World Series em 2022 Getty Images

San Francisco Giants

PANORAMA GERAL: Os Giants têm um elenco com alguns talentos e muito dinheiro sobrando para fazer contratações de peso. A expectativa geral da liga é que o San Francisco faça esse investimento em algum momento e se torne rapidamente em uma força na Liga Nacional.

Em teoria, isso aconteceria já neste ano. No entanto, as duas principais apostas dos Giants (Aaron Judge e Carlos Correa) naufragaram, então a diretoria decidiu segurar para fazer esses investimentos no futuro. O que faz desta temporada uma de espera, em que o clube está preparando o terreno para se tornar um candidato a título em breve. As contratações deste ano indicam isso, com jogadores que apenas vão ajudar a manter o time no meio da tabela sem comprometer o caixa em longo prazo.

DESTAQUES: Brandon Crawford (shortstop), Logan Webb (arremessador), Camilo Doval (arremessador)

PALPITE: briga com os Diamondbacks pela terceira posição na divisão

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 31/mar
21h - Chicago White Sox x Houston Astros (Star+)

Sábado, 1/abr
15h - Milwaukee Brewers x Chicago Cubs (Star+)

Domingo, 2/abr
20h - Philadelphia Phillies x Texas Rangers (ESPN 2 e Star+)

Segunda, 3/abr
20h30 - Atlanta Braves x St. Louis Cardinals (ESPN 3 e Star+)

Terça, 4/abr
20h - Philadelphia Phillies x New York Yankees (Star+)

Quarta, 5/abr
20h30 - Toronto Blue Jays x Kansas City Royals (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 6/abr
20h - San Diego Padres x Atlanta Braves (Star+)

Sexta, 7/abr
21h - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (ESPN 3 e Star+) 

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 31/mar
19h - NCAA (softbol): Clemson x Boston College
21h - NCAA (beisebol): Virginia x Virginia Tech

Sábado, 1/abr
13h - NCAA (softbol): Texas x Oklahoma
13h - NCAA (softbol): Florida x South Carolina
15h - NCAA (softbol): Tennessee x Texas A&M
17h - NCAA (softbol): Ole Miss x Auburn
17h - NCAA (beisebol): Georgia Tech x Boston College
19h - NCAA (softbol): Alabama x Missouri
20h - NCAA (beisebol): Florida State x Miami
21h - NCAA (beisebol): Ole Miss x Texas A&M

Domingo, 2/abr
13h - NCAA (softbol): Duke x Virginia Tech
13h - NCAA (softbol): Texas x Oklahoma
13h - NCAA (beisebol): Louisville x NC State
13h - NCAA (beisebol): Missouri x Kentucky
15h - NCAA (softbol): Georgia Tech x Florida State
15h - NCAA (beisebol): Florida State x Miami
16h - NCAA (beisebol): Alabama x Arkansas
17h - NCAA (softbol): Stanford x UCLA
19h - NCAA (softbol): Kentucky x Georgia

Segunda, 3/abr
20h - NCAA (softbol): Kentucky x Georgia

Terça, 4/abr
18h30 - NCAA (beisebol): NC State x East Carolina
19h - NCAA (softbol): Longwood x Virginia Tech
21h - NCAA (softbol): Ball State x Notre Dame

Quarta, 5/abr

20h - NCAA (softbol): Furman x Clemson

Quinta, 6/abr
19h - NCAA (softbol): Missouri x LSU
19h - NCAA (softbol): Florida State x Clemson
21h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
21h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Auburn
21h - NCAA (beisebol): Clemson x Florida State
0h - NCAA (beisebol): San Diego x Gonzaga

Sexta, 7/abr
20h - NCAA (softbol): Florida State x Clemson
20h - NCAA (beisebol): Florida x Tennessee
21h - NCAA (beisebol): Virginia Tech x Duke
22h - NCAA (beisebol): Oklahoma State x TCU

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Guia da temporada 2023

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Semana MLB: Um grande final para um grande Mundial

Ubiratan Leal


O World Baseball Classic de 2023 apresentou as condições para mudar a história do beisebol. As partidas tiveram qualidade, competitividade, emoção e energia no mais alto nível que a modalidade pode apresentar. Foram dezenas de histórias, desde a superação de atletas individuais até os grandes jogos como Estados Unidos x Japão, Japão x México, México x Porto Rico, Estados Unidos x Venezuela, Porto Rico x República Dominicana, México x Estados Unidos, Austrália x Coreia do Sul, Taiwan x Holanda e por aí vai.

Mas um dos elementos mais espetaculares do torneio foi que tudo isso se condensou para um elemento simples, talvez o mais básico do beisebol. Como a singularidade que virou o Big Bang e deu origem ao universo, mas no sentido contrário. Um at-bat, um duelo arremessador x rebatedor. Mano a mano, só um contra o outro.

Na nona entrada, com dois eliminados, eram dois times, dois países em jogo. Mas, naquele momento, era como uma clássica luta de boxe dos anos 70 ou 80. Ao invés de George Foreman x Muhammad Ali ou Sugar Ray Leonard x Marvin Hagler, era Shohei Ohtani x Mike Trout. Dois gigantes históricos se digladiando para definir um duelo que se sabia que seria épico antes mesmo do primeiro arremesso.


As análises pós-decisão focaram na beleza de como todo o duelo se desenvolveu para construir o momento perfeito: contagem cheia, o vai ou racha para os dois. O que passava na cabeça de cada um, a estratégia nessa luta de gato e rato em que muitas vezes se transforma um confronto entre arremessador e rebatedor.

Claro que falar de um home run empolgante ou uma corrida que vence o lançamento da defesa no home plate é ótimo. Mas essa é a parte mais óbvia de qualquer esporte: focar na marcação do ponto. Nesse caso, a beleza ficou no não-ponto. No poder do arremessador em vencer a luta de boxe com o rebatedor.

É natural que um neófito em beisebol foque seu olhar na ação de rebatida e sair correndo, e é sempre importante mostrar como o duelo arremessador x rebatedor também tem muita ação. E esse final de WBC gerou vários comentários focados na arte do duelo.

Quem é um iniciante em beisebol no Brasil e acompanhou um pouco a repercussão desse Japão x EUA, Ohtani x Trout, certamente aprendeu a ver uma nova dimensão do beisebol na noite desta terça. E isso foi mais uma das grandes conquistas desse Mundial.

ATENÇÃO! A TEMPORADA JÁ VAI COMEÇAR NA ESPN. CONFIRA AS TRANSMISSÕES DA SEMANA

Sexta, 24/mar
19h - Spring Training: Philadelphia Phillies x Toronto Blue Jays (Star+)

Sábado, 25/mar
19h - Spring Training: St. Louis Cardinals x New York Mets (Star+)

Domingo, 26/mar
14h - Spring Training: Toronto Blue Jays x New York Yankees (Star+)

Segunda, 27/mar
22h - Spring Training: Los Angeles Dodgers x Los Angeles Angels (Star+)

Terça, 28/mar
14h - Spring Training: Atlanta Braves x Boston Red Sox (Star+)

Quinta, 30/mar
14h - TEMPORADA REGULAR: San Francisco Giants x New York Yankees (ESPN 4 e Star)
20h - TEMPORADA REGULAR: Chicago White Sox x Houston Astros (ESPN 4 e Star)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 24/mar
19h - NCAA (softbol): Florida State x Duke
20h - NCAA (beisebol): Missouri x South Carolina
21h - NCAA (beisebol): Arkansas x LSU
21h - NCAA (beisebol): Louisville x Notre Dame

Sábado, 25/mar
13h - NCAA (softbol): Mississippi State x Georgia
13h - NCAA (beisebol): Texas A&M x Tennessee
15h - NCAA (softbol): Virginia x Pittsburgh
15h - NCAA (beisebol): Arkansas x LSU
17h - NCAA (softbol): NC State x Louisville
18h - NCAA (softbol): Alabama x Tennessee
19h - NCAA (softbol): Clemson x Georgia Tech
20h - NCAA (softbol): LSU x Ole Miss
22h - NCAA (softbol): Florida x Arkansas

Domingo, 26/mar
13h - NCAA (beisebol): Missouri x South Carolina
15h - NCAA (softbol): Redford x Winthrop
16h - NCAA (beisebol): Kentucky x Alabama
17h - NCAA (softbol): Syracuse x Notre Dame
19h - NCAA (softbol): Missouri x Auburn
19h - NCAA (softbol): North Carolina x Virginia

Segunda, 27/mar
20h - NCAA (softbol): Missouri x Auburn

Terça, 28/mar
20h - NCAA (beisebol): Florida x Florida State
20h - NCAA (beisebol): Texas x Texas A&M

Quarta, 29/mar
19h - NCAA (softbol): UMass x Boston College
19h30 - NCAA (beisebol): Louisville x Kentucky
21h - NCAA (softbol): East Carolina x North Carolina

Quinta, 30/mar
20h - NCAA (beisebol): South Carolina x Mississippi State
20h - NCAA (beisebol): Wake Forest x Clemson
21h - NCAA (beisebol): Tennessee x LSU

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Um grande final para um grande Mundial

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Semana MLB: Quais as novas regras da liga (e já tem transmissão na ESPN e no Star+)

Ubiratan Leal


A Major League Baseball está de volta. Nesta sexta foram realizados os primeiros jogos do Spring Training, a pré-temporada. O duelo inicial foi entre Boston Red Sox e a Universidade Northeastern, com vitória dos Meias Vermelhas por 5 a 3. Mas, ainda no mesmo dia, já tivemos Texas Rangers x Kansas City Royals e Seattle Mariners x San Diego Padres.

Com bases maiores, a expectativa é que haja um aumento nos roubos de base
Com bases maiores, a expectativa é que haja um aumento nos roubos de base Getty

Claro que muito jogador trocou de time durante a intertemporada, como ficou evidente pelo fato de, na sexta, Xander Bogaerts ter jogado pelos Padres, e não pelos Red Sox. Outra história importante deste momento é a aproximação do World Baseball Classic, a Copa do Mundo de beisebol, que reunirá alguns dos melhores jogadores da MLB.

No entanto, o que mais chama a atenção neste primeiro momento são as novas regras criadas pela liga. Elas já estão em vigor durante o Spring Training, justamente para os jogadores se acostumarem. O objetivo é reduzir o tempo total de jogo (em ligas menores, a experiência resultou em jogos mais de 20 minutos mais rápidos) e recriar um estilo de jogo mais comum algumas décadas atrás, com mais rebatidas e roubos de base.

Então, bora recuperar um post de setembro aqui do blog para relembrar quais são as novas regras:

Relógio de arremessos

A mudança mais esperada de todas. A partir de 2023, os arremessadores terão 15 segundos para fazer seus arremessos quando as bases estiverem vazias ou 20 segundos se houver corredor em base. O tempo conta a partir do momento em que o arremessador recebe a bola.


Caso o tempo se esgote por demora do arremessador ou por que o catcher não está posicionado para receber a bola, o árbitro marcará uma bola para a contagem do duelo. Se a demora for do rebatedor, não se posicionando para receber o arremesso antes de 8 segundos para o estouro do cronômetro, será marcado um strike no duelo. 

Inclusive, a primeira violação da regra partiu de um rebatedor: Manny Machado durante o Padres x Mariners.

Pick offs (arremessos para eliminar potenciais ladrões de base)

É uma extensão da regra do relógio. O cronômetro é reiniciado se o arremessador tentar eliminar um corredor em base. No entanto, agora serão permitidos apenas dois pick offs por duelo. Caso o arremessador tente um terceiro, ele terá obrigatoriamente de eliminar o corredor. Caso contrário, será marcado um balk e os corredores avançarão uma base.

Posicionamento defensivo

A MLB foi firme contra o shift, posicionamento defensivo em que os jogadores do campo interno ficam deslocados para um dos lados e “cercam” rebatedores com dificuldade para rebater para o campo oposto. A partir do ano que vem, as defesas obrigatoriamente terão de ter seus quatro jogadores de campo interno com os dois pés na área de terra, sendo que apenas dois de cada lado da segunda base. Ainda é possível imaginar uma configuração que feche o lado do rebatedor, mas não de maneira tão agressiva como as que vinham sendo adotadas nos últimos anos.

Bases maiores

As bases serão aumentadas de 15 para 18 polegadas (de 38 para 45,7 cm). O objetivo é dar mais espaço para os corredores pisarem na base e reduzir o risco de lesões. Teoricamente, isso também facilitará o roubo de bases, mas a própria MLB acredita que o ganho nesse aspecto seja pequeno.

Visitas ao montinho

Continuam as seis permitidas nas nove entradas da partida, com uma a mais para cada entrada extra que for disputada. No entanto, se um time tiver gasto todas as suas visitas antes da nona entrada, pode usar mais uma nesta nona entrada. Essa visita extra não pode ser “guardada” para eventuais entradas extras.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Segunda, 27/fev

15h - Spring Training: New York Mets x St. Louis Cardinals (ESPN 3 e Star+)

Terça, 28/fev

15h - Spring Training: Houston Astros x New York Mets (Star+)

Quarta, 1/mar

15h - Spring Training: Washington Nationals x New York Yankees (Star+)

Quinta, 2/mar

14h - Spring Training: Philadelphia Phillies x Boston Red Sox (ESPN 2 e Star+)

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Quais as novas regras da liga (e já tem transmissão na ESPN e no Star+)

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Semana MLB: Como o atual Houston Astros ficará marcado na história

Ubiratan Leal


É válido comparar o Houston Astros, que forma uma dinastia na Liga Americana, mas com um asterisco nas conquistas pelo escândalo dos roubos dos sinais com a Red Bull e o Verstappen na F1, com dois títulos com furo de teto de gasto e com comissário de equipe envolvido em decisões polêmicas? São equipes e pilotos talentosos, mas que talvez nunca irão dar o devido crédito por conta desses problemas que citei?”

Esse é o Semana MLB, não o dúvidas MLB, mas essa mensagem – enviada via Twitter pelo fã de esporte Leonardo Ceragioli – dá o tom de parte do debate após o Houston Astros conquistar a World Series. Após os dias de análise do jogo e reconhecimento da superioridade da equipe texana sobre o Philadelphia Phillies, foi a vez de muita gente debater: “o segundo título muda a perspectiva histórica sobre esse time?”.

O Houston Astros faz um trabalho espetacular dentro e fora do campo e conquistou com mérito o título de 2022. Isso ninguém tira dos texanos. A questão é que o título de 2017 – e também as campanhas dos dois anos seguintes – ficou manchado pelo escândalo de uso de tecnologia para roubar sinais dos catchers adversários. Um caso que foi investigado e confirmado. O que cria a discussão entre o “grande time campeão” e o “bando de trapaceiros”.

Houston Astros celebrando vitória na World Series de 2017
Houston Astros celebrando vitória na World Series de 2017 Getty


Os Astros erraram, não há contestação em relação a isso. Mas a equipe continuou competitiva mesmo depois do escândalo, quando a MLB criou mecanismos para evitar que casos como aqueles voltem a ocorrer. Em 2020, o Houston caiu apenas na final da Liga Americana. No ano seguinte, foi à World Series (perdeu do Atlanta Braves). E agora foram campeões. Se, nos dois primeiros anos, a falta de título deixava um gosto de “sem trapaça eles são bons, mas não conseguem dar o último passo”, com a conquista de 2022, esse argumento também perde força.

Isso muda a perspectiva sobre o time, sim. Claro, qualquer torcedor pode considerar que o escândalo de 2017-19 indica que as figuras envolvidas são trapaceiras como um todo. Mas ganhar o título abre mais margem para quem preferir considerar que o time foi (em um momento) trapaceiro, e não que é (sempre) trapaceiro.

E o julgamento do público ficará sempre nesse debate do uso do verbo no pretérito ou no presente. Mas, do ponto de vista técnico, esse momento dos Astros ficará marcado como o de um grande time que cometeu trapaça, mas que era muito bom e soube ser vitorioso sem ela. 

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PERSONAGEM DA SEMANA

Jeremy Peña foi o segundo estreante a ser eleito MVP da final da liga e da World Series. Isso apenas coroou um ano espetacular do dominicano. Ele assumiu a posição de shortstop titular do Houston Astros no lugar do ídolo local Carlos Correa e entregou um desempenho que fez o torcedor nem se lembrar do porto-riquenho. Não foi o suficiente para bater Julio Rodríguez como provável estreante do ano da Liga Americana, mas os Astros não poderiam pedir mais do novato.

O NÚMERO DA SEMANA

3.980. Jogos entre temporada regular e playoffs em que Dusty Baker trabalhou como técnico até conseguir seu primeiro título. Ele levou quatro franquias diferentes ao mata-mata (San Francisco Giants, Chicago Cubs, Cincinnati Reds e Washington Nationals, além do Houston Astros onde está atualmente) e sempre ficou pelo caminho.

VÍDEO DA SEMANA

Como você comemoraria um home run que deixasse seu time com a mão na taça? E como você comemoraria se, além de seu time ficar com a mão na taça, você tivesse apostado US$ 10 milhões nesse título? Bem, Joe McIngvale, conhecido como Mattress Mack, é um milionário fanático pelos Astros que aposta US$ 10 milhões todo ano no título do clube. E foi assim que ele viu o home run de Yordan Álvarez que encaminhou a vitória no jogo 6 da World Series.


O QUE VEM POR AÍ

O beisebol nunca para. As ligas de inverno no Caribe (Venezuela, Cuba, República Dominicana, Porto Rico e Mexicana do Pacífico) já estão rolando. As ligas de Colômbia, Panamá e Curaçao estão para começar. Em fevereiro, os campeões se reúnem na Venezuela para a Série do Caribe, a Libertadores do beisebol. 

Em março, é a vez do World Baseball Classic, a Copa do Mundo de beisebol. Vinte seleções disputarão o título, em um torneio que terá a participação de algumas das maiores estrelas da MLB.

E, bem, no final de fevereiro as equipes da MLB já estarão se reunindo para a pré-temporada, com partidas já no começo de março.

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World Series: Grade de programação da decisão da MLB

Ubiratan Leal

Semana de World Series nos canais ESPN e no Star+. Veja a grade de programação da grande final da Major League Baseball, reunindo Houston Astros e Philadelphia Phillies.

Troféu da World Series
Troféu da World Series Getty

Sexta, 28/out

20h30 - World Series: Houston Astros x Philadelphia Phillies, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 29/out
21h - World Series: Houston Astros x Philadelphia Phillies, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)

Terça, 1/nov
21h - World Series: Philadelphia Phillies x Houston Astros, jogo 3 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 2/nov
21h - World Series: Philadelphia Phillies x Houston Astros, jogo 4 (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 3/nov
21h - World Series: Philadelphia Phillies x Houston Astros, jogo 5 (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 5/nov
21h - World Series: Houston Astros x Philadelphia Phillies, jogo 6 (ESPN 4 e Star+)

Domingo, 6/nov
21h - World Series: Houston Astros x Philadelphia Phillies, jogo 7 (ESPN 4 e Star+)

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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World Series: Grade de programação da decisão da MLB

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Dúvidas MLB 21: como são os sinais dos catchers e questões sobre uso dos arremessadores

Ubiratan Leal

O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Por que tem arremessador que vai até uns 100 arremessos e outros em que 30 já é o máximo?
Felipe Dutra, @fedutra66

Há vários fatores que levam a isso. O mais óbvio é a resistência: há arremessadores com resistência para aguentar uma partida de mais de 100 arremessos, enquanto outros não suportam. Isso é mais evidente para relievers que são arremessadores veteranos ou que já tiveram lesões graves na carreira e agora têm de reduzir a carga. Mas há outras questões. 

O jogador que pode fazer 80, 90, 100 arremessos é o abridor. Ele tem a função de fazer várias entradas não apenas por ter resistência a isso, mas também por ter um arsenal de arremessos mais complexo e, com isso, capacidade de fazer vários duelos mudando de estratégia. 

O arremessador que sai do bullpen muitas vezes tem repertório mais reduzido ou não consegue manter a eficiência de seus arremessos por muito tempo, perdendo rendimento se tiver de fazer vários duelos na mesma partida ou se tiver de enfrentar o mesmo rebatedor pela segunda vez. Inclusive, muitos relievers arremessam bolas mais rápidas que os abridores porque sabem que farão menos arremessos e, por isso, não precisam segurar um pouco o braço para aguentar mais. Com o tempo, vários relievers acabaram se especializando em jogar apenas em entradas finais para fazer uma entrada.

Aí, vem um segundo fator da resistência: o abridor, por ter repertório mais vasto e ser colocado para fazer várias entradas, já faz uma preparação para ter um braço mais resistente (como descansar quatro dias entre jogos). Enquanto isso, o reliever muitas vezes já tem uma rotina de trabalho para jogar em intervalos menores, mas fazendo apenas uma entrada a cada vez que joga.

Resistência: Roy Halladay foi o líder de jogos completos da MLB em cinco temporadas entre 2003 e 2011
Resistência: Roy Halladay foi o líder de jogos completos da MLB em cinco temporadas entre 2003 e 2011 ESPN

Os sinais que o catcher utiliza para bola rápida, sliders, etc são os mesmos para todos os arremessadores do time? Se não,  haja memorização!
Gerivaldo Santos, @GeSantos_5

Normalmente são os mesmos para todos os arremessadores. Aliás, normalmente são os mesmos em toda a liga. O código mais comum é: 1 = bola rápida, 2 = bola de curva, 3 = slider e 4 = changeup ou splitter. Esse é o ponto de partida, mas pode mudar se o arremessador não tiver a bola de curva ou o slider em seu repertório. Aí, o 2 pode significar a bola de curva ou o slider (o que o arremessador usar) e o 3 ser o changeup ou splitter.

A ideia de ter um código relativamente universal, com pouca personalização, é fazer com que ele seja facilmente memorizável pelos dois jogadores. Ainda assim, uma dupla já muito entrosada pode combinar um código próprio. 

A mudança ocorre quando há suspeita que o adversário pode roubar sinais. Nesse caso, o catcher sinaliza vários números e o arremessador já sabe qual daqueles está realmente valendo para aquele momento. Por exemplo, o catcher faz 2-1-3-4-2 e o arremessador já sabe que o terceiro sinal é o que está valendo (no caso, seria um slider).

Por que, ao invés do bullpen, não tem um ou dois reservas de níveis semelhantes ao arremessador titular e então dividir as 9 entradas entre eles?
Adilson Azevedo, Curitiba

Adílson, muita gente boa já teve essa dúvida. Inclusive, o técnico Tony LaRussa, um dos maiores da história da MLB, pensou nisso. E, em 1993, ele tentou fazer isso no comando do Oakland Athletics.

O time vinha muito mal, sobretudo pela rotação ineficiente. Com o time tomando várias pauladas ao longo da temporada e dificuldade em fazer os abridores durarem muito nas partidas, ele decidiu oficializar que o arremessador titular não ficaria muito tempo no montinho. Ao lado de Dave Duncan, técnico de arremessadores, LaRussa pegou nove dos 13 arremessadores* do elenco e criou três trios. Cada jogo seria responsabilidade de um trio, com cada arremessador saindo após 50 arremessos ou quando estivesse com dificuldade para fazer as eliminações. Com isso, cada braço não seria tão sobrecarregado e até poderia fazer um jogo a cada três dias. 

*Os quatro arremessadores restantes seriam os relievers do time, entrando nas entradas finais se necessário.

O resultado não foi bom. O plano inicial estava bem desenhado, mas era difícil mantê-lo porque o jogo em si é imprevisível e era difícil gerenciar o uso de arremessadores tendo seis a menos (os dois trios de folga naquele dia) ao invés de quatro a menos (os quatro membros da rotação que normalmente estão de folga em um jogo no regime normal). Por exemplo, se o abridor vai muito mal e gastava seus 50 arremessos já na segunda entrada, o segundo homem do trio (o mais experiente, pois esse teria mais chance de ser creditado com a eventual vitória) entrava ainda muito cedo na partida e com o placar já adverso. Para piorar, um jogo desse poderia ver o trio sair em quatro entradas e os quatro relievers teriam de fazer as cinco restantes, sendo que eles poderiam já estar desgastados do dia anterior.

Perder a chance de ser creditado com a vitória pode soar a algo menor, mas alguns arremessadores têm metas de desempenho (e vitória pode ser uma métrica adotada) para receber bônus salariais. Outros problemas eram a necessidade de mudar a rotina de treinamento e o fato que nem todo abridor se vira bem quando precisa entrar no meio de uma partida ou no meio de uma entrada. 

Em seis jogos nesse método, os A’s venceram apenas um e perderam cinco. A média de corridas cedidas nessas partidas foi até maior do que no restante da temporada. Claro que a amostragem era muito pequena, mas a falta de resultados imediatos e a dificuldade em gerenciar esse sistema fez a comissão técnica abandoná-lo. 

Hoje, os times fazem jogos assim. Mas sempre em situações pontuais: a rotação está desfalcada, então no dia do quinto abridor, o bullpen se divide para fazer todo o jogo, com os melhores braços carregando mais entradas. No dia seguinte, volta ao normal.

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Dúvidas MLB 21: como são os sinais dos catchers e questões sobre uso dos arremessadores

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Semana MLB: O Houston Astros pinta como favoritaço?

Ubiratan Leal


Uma rotação com um futuro Hall da Fama e favorito ao prêmio Cy Young da Liga Americana, um recordista de quality starts seguidos e mais dois que ficaram com ERA abaixo de 3 na temporada. Um bullpen que foi o mais eficiente da temporada regular e continuou como o melhor nos playoffs. Um ataque que liderou a MLB em percentual de força com placar empatado e em aproveito no bastão com corredores em posição de anotar corrida. O Houston Astros parece um time completo, tanto para a maratona de regularidade da temporada quanto na hora de ser copeiro nos playoffs (veja aqui). Como bater essa equipe?

O arremessador Luis García, do Houston Astros
O arremessador Luis García, do Houston Astros Photo by Ron Jenkins/Getty Images

Bem, os Astros realmente são tidos como favoritos a conquistar a World Series pelas casas de apostas e estão mostrando o porquê na final da Liga Americana, com vitória nos dois primeiros jogos contra o New York Yankees. Mas isso não significa que sejam perfeitos, ou que não tenham seus pontos vulneráveis. E os seus adversários (Yankees na final da Liga Americana, San Diego Padres ou Philadelphia Phillies em uma eventual World Series) têm condições de explorar isso.

O Seattle Mariners foi varrido pelos Astros na série de divisão, mas deu pistas do que pode funcionar. O ataque dos M’s causaram danos nos dois primeiros jogos da série, forçando o Houston buscar a virada no final nas duas oportunidades. E o montinho do Seattle calou o ataque texano por 17 entradas no jogo 3.

Como os Astros arremessam muito bem, com boas opções para navegar por toda a partida, é importante conseguir arrancar o máximo nas poucas oportunidades que tiver. Por exemplo, rebater na hora certa, e rebater com força. E os Mariners fizeram isso: dois home runs, uma rebatida tripla e duas rebatidas duplas no jogo 1, três rebatidas duplas no jogo 2. Ter bons rebatedores de força, como Julio Rodríguez, Ty France e Eugenio Suárez ajudou bastante. Na terceira partida, o montinho funcionou pela atuação inspirada do abridor, que entregou muitas entradas (sete) para um bullpen eficiente segurar.

É possível imaginar jogadores como Aaron Judge, Giancarlo Stanton, Anthony Rizzo, Manny Machado, Juan Soto, Josh Bell, Kyle Schwarber e Bryce Harper terem explosões ofensivas que atropelem até os melhores arremessadores. Talvez fosse um desafio um pouco maior para os Padres, que estão baseando sua estratégia de playoff em rebatidas mais curtas, mas há armas para isso. 

A partir daí, é preciso acertar muito no montinho, para não dar margem ao ataque dos Astros. Gerrit Cole, Joe Musgrove e Zack Wheeler podem fazer partidas longas cedendo poucas corridas. Para as entradas finais, os Yankees soam mais vulneráveis, sobretudo pelo gerenciamento muitas vezes atrapalhado do bullpen, mas ainda assim há talento no time para isso. Tanto que esteve a um teto fechado de virar o jogo 2 na oitava entrada (ver abaixo em “o número da semana”).

De qualquer maneira, qualquer equipe que cruzar com o Houston nesses playoffs precisa trabalhar para ter margem de erro próxima a zero. E saber que o adversário pode até ser favorito, mas está longe de ser invencível.

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PERSONAGEM DA SEMANA

Bruce Bochy foi anunciado como técnico do Texas Rangers para as próximas três temporadas. O treinador, campeão com o San Francisco Giants em 2010, 12 e 14, já estava aposentado, mas foi seduzido pela oportunidade de voltar à MLB. A contratação de técnicos veteranos tem sido uma tendência na liga, com vários treinadores recebendo oportunidades em equipes fortes e alguns até saindo da aposentadoria.

Bruce Bochy celebra uma das World Series que conquistou pelos Giants
Bruce Bochy celebra uma das World Series que conquistou pelos Giants Getty

O NÚMERO DA SEMANA

106,3 milhas/hora. Velocidade da rebatida de Aaron Judge na oitava entrada do jogo 2 entre Houston Astros e New York Yankees. Pela velocidade da bola e o ângulo de decolagem, uma rebatida dessa costuma viajar 414 pés (126 metros). Mas, na final da Liga Americana, voou apenas 345 pés (105 metros). O home run de duas corridas (e que viraria o jogo) se transformou em uma eliminação. A suspeita é que o fato de o Minute Maid Park, estádio dos Astros, estar de teto aberto pode ter permitido ao vento segurar a bola dentro do campo.

VÍDEO DA SEMANA

Aaron Nola é um dos principais arremessadores da rotação do Philadelphia Phillies. Seu irmão mais velho, Austin, é catcher do San Diego Padres. No jogo 2 da final da Liga Nacional, a MLB teve o primeiro caso de dois irmãos se enfrentando em um duelo arremessador-rebatedor. Melhor para Austin: uma rebatida em duas oportunidades e corrida impulsionada.


O QUE VEM POR AÍ

MAIS PLAYOFFS, BABY!!!!!!!!!!!!

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 21/out
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 22/out
18h - Playoffs: Houston Astros x New York Yankees, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 4 (ESPN 4 e Star+)

Domingo, 23/out
15h30 - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 5 (ESPN Extra e Star+)
20h - Playoffs: Houston Astros x New York Yankees, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 24/out
17h - Playoffs: Houston Astros x New York Yankees, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: Philadelphia Phillies x San Diego Padres, jogo 6 (ESPN 4 e Star+)

Terça, 25/out
18h - Playoffs: New York Yankees x Houston Astros, jogo 6 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: Philadelphia Phillies x San Diego Padres, jogo 7 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 26/out
20h30 - Playoffs: New York Yankees x Houston Astros, jogo 7 (ESPN 4 e Star+)

Sexta, 28/out
21h - Playoffs: World Series, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)

Sábado, 29/out
21h - Playoffs: World Series, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)

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Semana MLB: O Houston Astros pinta como favoritaço?

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Semana MLB: Tem time “copero y peleador” no beisebol?

Ubiratan Leal


Os playoffs da Major League Baseball ainda nem chegaram à metade, e muitas surpresas já estão dando as caras. Na fase de wildcard, apenas um dos times com vantagem do mando de campo conseguiu a classificação. Nas séries de divisão, os dois times de melhor campanha da Liga Nacional – Los Angeles Dodgers e Atlanta Braves – caíram em quatro partidas. Sinal da imprevisibilidade do mata-mata do beisebol, claro. Mas seria também sinal de que há equipes mais moldadas para os playoffs que outras? Equipes mais… copeiras?

Momento de futebolização agora. Prometo ser rápido. São considerados “copeiros” ou “coperos y peleadores” (em espanhol) os times que têm certas características que funcionam muito bem em situações de duelos eliminatórios. Em alguns casos eles podem até sofrer em torneios de regularidade, com vários jogos, mas podem superar qualquer adversário quando tudo precisa se definir em apenas um confronto direto. Não há um conceito claro do que torna uma equipes copeira, mas elas costumam ter grande capacidade elevar sua intensidade quando necessário, ter jogadores decisivos em posições-chave e elementos táticos que funcionam quando o time precisa de atalhos para resolver algum problema.

Isso existe no beisebol? Talvez sim.

Chicago Cubs campeão da World Series de 2016
Chicago Cubs campeão da World Series de 2016 Getty

A temporada regular da MLB tem 162 jogos. A regularidade fala muito alto, e se dá melhor quem tem elenco mais forte para encontrar soluções para seguir vencendo, mesmo quando aparecem as lesões ou alguns jogadores passam por má fase. O quarto e o quinto abridores, assim como as duas principais opções no banco, são tão importantes quanto os três primeiros homens da rotação. Um bullpen com vários braços confiáveis segurará as centenas de entradas finais de cada dia. E um ataque que seja constante.

Em um cenário de playoffs, as exigências são ligeiramente diferentes. A rotação passa a ter apenas quatro membros, e os três primeiros têm um peso muito maior que o quarto (que pode até ser substituído por partidas de bullpen). Nas entradas finais, o bullpen será exposto a situações de muito mais pressão que o normal, e ter um superfechador e mais dois ou três arremessadores dominantes faz muita diferença. No ataque, a capacidade de alguns jogadores pegarem embalo e rebaterem por duas semanas como a reencarnação de Babe Ruth pode decidir um duelo.

As duas coisas não são excludentes. Um time muito forte para temporada regular pode também ter os elementos necessários para ter sucesso em playoffs. O New York Yankees de 2009, o Chicago Cubs de 2016, o Boston Red Sox de 2018 e o Los Angeles Dodgers de 2020 são exemplos disso. Todos acabaram campeões. No entanto, há casos de times que tinham problemas nítidos, mas contavam com os elementos para prosperarem no mata-mata. Exemplos: St. Louis Cardinals de 2011, Kansas City Royals de 2014 e Tampa Bay Rays de 2020 (os dois últimos acabaram vice-campeões). 

Kansas City Royals de 2014
Kansas City Royals de 2014 Getty

Há também um outro tipo de time forte de playoff: o que nem é tão bom, nem tem tantos elementos “copeiros” assim, mas entra em um embalo incrível e se torna quase imparável. Esse tipo de time surge de tempos em tempos e é imprevisível, não há como planejar uma equipe que fará isso. Ela apenas acontece. É o caso do Detroit Tigers e dos Cardinals de 2006 (fizeram a World Series daquele ano, o St. Louis levou), do Colorado Rockies vice-campeão de 2007 e do Washington Nationals campeão de 2019.

Nos playoffs de 2022, o Houston Astros e o Atlanta Braves pintavam como times preparados para qualquer tipo de cenário. O Los Angeles Dodgers, ao perder Walker Buehler e um fechador confiável, pode ter perdido elementos importantes para um mata-mata, apesar de ter uma das melhores campanhas da história da temporada regular. O San Diego Padres tinha potencial para ser copeiro, desde que alguns rebatedores esquentassem no bastão.  Os dois times de Nova York, Yankees e Mets, talvez parecessem em um estágio intermediário. E o Philadelphia Phillies e o Seattle Mariners pareciam pegar o embalo imprevisível.

Isso não serve como método para prever um campeão, pois um confronto em mata-mata tem alto fator de imprevisibilidade em qualquer esporte. Além disso, um time muito regular pode até se ressentir de características “copeiras”, mas serem bons o suficiente para ganharem tudo ainda assim. De qualquer maneira, considerar esse “copeirismo” pode ajudar a explicar algumas surpresas ou, ao menos, porque alguns duelos se desenrolaram de forma diferente do que apenas o retrospecto na temporada regular sugeriria.

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PERSONAGEM DA SEMANA

Rally Goose. Uma ave invadiu o gramado do Dodgers Stadium durante o jogo 2 da série entre Los Angeles Dodgers e San Diego Padres. Na hora, muita gente (inclusive o blogueiro aqui) falou em pato, mas se tratava de um ganso-grande-de-testa-branca. O amigão alado não quis deixar o campo nem com o jogo rolando, e só foi retirado no intervalo para a troca de arremessadores dos Padres. A equipe de campo dos Dodgers apanhou o ganso com uma toalha e o colocou em um cesto de lixo vazio, para ser levado para a parte de dentro do estádio. Especialistas afirmaram que o procedimento para apanhar o animal foi correto, e os Dodgers disseram ter soltado o ganso no dia seguinte, em um local seguro. Mas, como os Padres venceram o jogo, a torcida já adotou o ganso como mascote, o Rally Goose (algo como "O Ganso da Virada").

O NÚMERO DA SEMANA

22. Temporadas seguidas da MLB sem repetir o campeão do ano anterior. Com a eliminação do Atlanta Braves, as grandes ligas asseguram mais um ano sem um bicampeão. É a maior sequência das quatro principais ligas da América do Norte. O último time campeão da World Series de forma consecutiva foram os Yankees em 1998-99-2000.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre tipos de luvas, nova regra dos playoffs, origem dos Padres e preferências esportivas em Nova York. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

VÍDEO DA SEMANA

Phillies x Braves, jogo 3, terceira entrada. O Philadelphia vencia por 1 a 0 e Kyle Schwarber vinha ao bastão com um corredor na segunda base e um eliminado. Brian Snitker, técnico do Atlanta, decide dar walk intencional a Schwarber, preferindo enfrentar Rhys Hoskins. De fato, o primeira base tinha apenas uma rebatida em quatro jogos nos playoffs, mas decidiu juntar todo seu ódio pelo momento ao ir ao bastão. Uma rebatida monstruosa no primeiro arremesso do duelo e um bat flip que entrou para a história.

O QUE VEM POR AÍ

MAIS PLAYOFFS, BABY!!!!!!!!!!!!

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 14/out
14h - Playoffs: Cleveland Guardians x New York Yankees, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)
17h30 - Playoffs: Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
21h30 - Playoffs: Los Angeles Dodgers x San Diego Padres, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 15/out
15h - Playoffs: Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 4 (Star+)
17h - Playoffs: Houston Astros x Seattle Mariners, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
20h30 - Playoffs: New York Yankees x Cleveland Guardians, jogo 3 (Star+)
22h30 - Playoffs: Los Angeles Dodgers x San Diego Padres, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 16/out
16h - Playoffs: Houston Astros x Seattle Mariners, jogo 4 (Star+)
17h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
20h - Playoffs: New York Yankees x Cleveland Guardians, jogo 4 (Star+)
22h - Playoffs: San Diego Padres x Los Angeles Dodgers, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 17/out
20h - Playoffs: Cleveland Guardians x New York Yankees, jogo 5 (ESPN 4 e Star+)

Terça, 18/out
21h - Playoffs: Philadelphia Phillies x San Diego Padres, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 19/out
17h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x San Diego Padres, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)}
20h30 - Playoffs: Final da Liga Americana, jogo 1 (ESPN 3 e Star+)

Quinta, 20/out}
20h30 - Playoffs: Final da Liga Americana, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 21/out
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 22/out
17h - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)}
21h - Playoffs: Final da Liga Americana, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 23/out
17h - Playoffs: San Diego Padres x Philadelphia Phillies, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: Final da Liga Americana, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Tem time “copero y peleador” no beisebol?

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Dúvidas MLB 20: tipos de luvas, nova regra dos playoffs, origem dos Padres e preferências esportivas em Nova York

Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

A luva é escolhida só em função da preferência do jogador ou a posição afeta essa escolha?
Marlony Gabriel, @rapafleutz

Há quatro tipos de luvas de beisebol: catcher, primeira base, resto do campo interno e campo externo.

A luva de catcher é acolchoada para amortecer o impacto de mais de 100 arremessos a 90 milhas/hora batendo nela todo jogo. A de campo interno é menor para permitir que o defensor faça movimentos mais rápidos, enquanto que a de campo externo é a maior, aumentando o alcance do defensor para uma defesa em que tenha de se esticar bastante. A luva do primeira base fica no meio do caminho de todas: ela é um pouco acolchoada e tem um tamanho intermediário entre a de campo interno e a de campo externo.

Dentro dos quatro tipos principais de luvas, o jogador ainda pode preferir detalhes do design. Por exemplo, o “bolso” (fundo da luva) ser totalmente fechado ou ter uma rede (arremessadores, por exemplo, preferem totalmente fechado para que o rebatedor não veja como ele está segurando a bola antes de cada lançamento). 

Yan Gomes, catcher brasileiro
Yan Gomes, catcher brasileiro Getty

Por que mudaram wildcard para melhor de 3 jogos? Adorei a decisão, me parece mais justa. E tem mais entretenimento, claro.
Thiago, @tcg277 

Dinheiro. Com mais times e mais jogos nos playoffs, mais jogos com arquibancadas lotadas e, claro, mais partidas com boa audiência na TV. Assim, houve um aumento no valor pago pela emissora responsável pela transmissão da fase de wildcard (no caso, a ESPN). 

Um motivo secundário, mas também existente, é aumentar a quantidade de times nos playoffs, dando mais incentivo para equipes medianas investirem para chegar ao mata-mata.

Qual a origem do nome San Diego Padres? 
Obi-Wan Kenobi, @KenobiBall

O San Diego Padres atual herdou o nome de um time da Pacific Coast League, uma das principais ligas menores. Os Padres originais, da PCL, adotou esse nome como referência aos freis espanhois que fundaram a cidade de San Diego. Assim, “padre” é um nome em espanhol com o mesmo significado em português e o San Diego Padres é uma das duas franquias das quatro grandes ligas norte-americanas a não ter um apelido em inglês (a outra é o Montréal Canadiens, com nome em francês).

O diretor de cinema Spike Lee é figura carimbada em partidas de Knicks e Yankees, e também se diz torcedor de Giants e Rangers
O diretor de cinema Spike Lee é figura carimbada em partidas de Knicks e Yankees, e também se diz torcedor de Giants e Rangers Getty

Existe alguma regra ou tradição de escolher time em Nova York ? Tipo quem torce para os Giants torce para os Yankees, para os Jets torce por Mets ou nada disso?
Pardaulo Sousa, Rio de Janeiro

A combinação mais comum é Yankees-Giants-Knicks-Rangers por serem as franquias mais populares em cada liga. Com isso, é comum se falar como brincadeira que um torcedor de um dos times “alternativos” de Nova York deveria torcer por todos os outros, criando a relação Mets-Jets-Nets-Islanders (até o nome das três primeiras rimam). Mas isso é mais parte do folclore. Há torcedores dos Mets que são Giants e torcedores dos Mets que são Jets, e isso não é visto como algo errado ou contraditório.

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Semana MLB: As 5 melhores histórias para acompanhar nos playoffs da MLB

Ubiratan Leal

Os playoffs da MLB enfim vão começar. A temporada que muitos temiam que nem acontecesse chegou a seu funil. São 12 times ainda vivos na disputa, desde frequentadores assíduos, como Houston Astros e Los Angeles Dodgers, até equipes que retornam depois de anos de ausência, como Seattle Mariners e Cleveland Guardians.

Há várias histórias para o torcedor ficar ligado neste mês de outubro. Mas aí vão algumas das mais interessantes:

O novo formato

A temporada 2022 estreia um novo formato de mata-mata, com seis times em cada liga. O formato em si já foi explicado no Dúvidas MLB 15 (clique aqui), mas será interessante ver como ele impacta a forma de os times trabalharem nos playoffs. Por exemplo, quatro times (Dodgers, Astros, New York Yankees e Atlanta Braves) terão quase uma semana de descanso antes de estrearem na pós-temporada. 

Ao mesmo tempo em que isso dará aos elencos mais tempo para descansar e ajustar a rotação para terem os melhores arremessadores preparados para os jogos iniciais, também pode tirar ritmo de jogo dos rebatedores e murchar os ataques. Outra questão é ver o quanto a criação de uma série de wildcard (ao invés do jogo único que existia até o ano passado) não aumenta a carga sobre os times que disputam essa etapa, os deixando mais desgastados nas fases mais avançadas do mata-mata.

Os Dodgers de Freddie Freeman tiveram a melhor campanha da temporada regular da MLB em 2022
Os Dodgers de Freddie Freeman tiveram a melhor campanha da temporada regular da MLB em 2022 Todd Kirkland/Getty Images

Aaron Judge

OK, Judge teve uma das melhores temporadas ofensivas da história, bateu o recorde de home runs em um ano pela Liga Americana – para muitos, o recorde real de toda a MLB (veja aqui para entender) – e foi a grande figura de um New York Yankees que chega forte aos playoffs. Mas o quanto desse embalo dá para carregar na pós-temporada? 

Se Judge realmente comandar os Yankees ao título (seria o primeiro da franquia desde 2009), ele terá motivos para emergir como o grande atleta do ano nos esportes americanos deste ano. A temporada será vista como mais impactante do que já é, uma das melhores de todos os tempos nas ligas americanas.

Os supertimes da Liga Nacional

Atlanta Braves e Los Angeles Dodgers, cada um a seu modo, montaram duas equipes que parecem irresistíveis. Os Dodgers cavalgaram com tranquilidade na temporada, sempre com a melhor campanha da Liga Nacional e, após a queda dos Yankees em julho, a melhor campanha de toda a MLB. Os Braves começaram mal a campanha, mas reagiram e, com uma arrancada impressionante, terminaram a temporada com mais de 100 vitórias e o título da divisão. Além disso, esses dois elencos são os dois últimos campeões da World Series (Los Angeles em 2020, Atlanta em 2021) e não carregam mais a responsabilidade de tirar suas franquias da fila. 

Seattle Mariners e Philadelphia Phillies de volta

Os dois clubes que estavam há mais tempo sem participar dos playoffs conseguiram zerar a sequência no mesmo ano. O Seattle Mariners, que não jogava um mata-mata desde 2001, abocanhou o segundo wildcard da Liga Americana. O Philadelphia Phillies precisou do terceiro wildcard da Liga Nacional para voltar à pós-temporada após 11 anos. Uma pena para as equipes que, pela posição em que terminaram, disputarão toda a primeira série de playoffs fora de casa. Só se passarem de fase que tirarão a saudade de suas torcidas de verem em seu estádio uma partida de mata-mata.

Ichiro Suzuki era um estreante quando os Mariners se classificaram aos playoffs pela última vez
Ichiro Suzuki era um estreante quando os Mariners se classificaram aos playoffs pela última vez Reuters

Mets de Cohen

O bilionário Steve Cohen comprou o New York Mets com a ambição de fazer seu time do coração sair de um jejum de títulos que dura desde 1986. Ele já gastou muitos milhões de dólares para reforçar a equipe, que venceu 101 jogos. Apenas duas equipes (Houston Astros e Dodgers) conseguiram mais vitórias na temporada regular. 

Ótimo, certo? Errado.

O nível de cobrança é enorme nos Mets, e qualquer coisa que não seja o título vai soar a decepcionante. Por exemplo, o time chegou a abrir 10,5 jogos de vantagem sobre os Braves na Liga Nacional Leste, mas acabou perdendo o título da divisão (os times empataram na liderança, mas o Atlanta teve vantagem no confronto direto). Já há quem fale em “derrocada dos Mets”. Esse fantasma pode perseguir a equipe durante toda a pós-temporada, criando uma pressão extra em um time que tem talento suficiente para buscar a taça.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

PERSONAGEM DA SEMANA

Sarah Langs rapidamente se tornou uma das principais jornalistas de beisebol dos EUA. Em seus trabalhos para a MLB e a ESPN americana, ela impressiona pelo seu conhecimento do esporte (desde a história até do jogo jogado) e de como usar as estatísticas para revelar fatos inesperados. Além disso, ganhou o carinho do público pela maneira sempre alegre com que fala de beisebol, uma paixão que ela resume na frase com que termina muitos de seus comentários: “baseball is the best” (beisebol é o melhor). Nesta quinta, Sarah revelou sofrer de esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como Doença de Lou Gehrig. Então, vai aqui do Brasil um abraço de um jornalista que já se inspirou e usou muitas de suas informações para levar a paixão pelo beisebol ao maior país da América do Sul.

O NÚMERO DA SEMANA

64,3%. Leonardo Reginatto terminou com o melhor aproveitamento no bastão das Eliminatórias do World Baseball Classic. O brasileiro rebateu em 9 das 14 idas ao bastão, conseguindo ainda quatro walks (levando a um percentual em base de 72,2%). Claro, foram só quatro jogos, uma amostragem estatisticamente baixa. Mas, considerando o aproveitamento de 35,6% que ele teve na temporada da liga mexicana, o desempenho pela seleção reforça a ideia de que o terceira base é o melhor jogador de beisebol do Brasil neste momento.

Leonardo Reginatto em ação pela seleção brasileira
Leonardo Reginatto em ação pela seleção brasileira Getty Images

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre rotação da bola nos arremessos, como trabalha um arremessador ambidestro, a chance de retorno do Montréal Expos e o motivo de mudança de nome do ClevelandClique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

VÍDEO DA SEMANA

No penúltimo dia da temporada regular, Aaron Judge estabeleceu o recorde de home runs da Liga Americana (e, para alguns, o “legítimo” recorde de home runs em uma temporada da MLB). Então, que tal ver os 62 em 62 segundos? Só de ouvir o som de 62 pauladas na bola já vale a pena.

O QUE VEM POR AÍ

PLAYOFFS, BABY!!!!!!!!!!!!

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 7/out
13h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 1 (Star+)
15h - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 1 (Star+)
17h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 1 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 8/out
13h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 2 (Star+)
17h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
21h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 9/out
20h - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Terça, 11/out
14h - Playoffs: Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)
16h30 - Playoffs: Seattle Mariners x Houston Astros, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)
20h30 - Playoffs: Cleveland Guardians x New York Yankees, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)
22h30 - Playoffs: San Diego Padres x Los Angeles Dodgers, jogo 1 (ESPN 4 e Star+)

Quarta, 12/out
17h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)
21h30 - Playoffs: San Diego Padres x Los Angeles Dodgers, jogo 2 (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 13/out
16h30 - Playoffs: Seattle Mariners x Houston Astros, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 14/out
14h - Playoffs: Cleveland Guardians x New York Yankees, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)
17h30 - Playoffs: Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
21h30 - Playoffs: Los Angeles Dodgers x San Diego Padres, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)

Sábado, 15/out
15h - Playoffs: Atlanta Braves x Philadelphia Phillies, jogo 4 (Star+)
17h - Playoffs: Houston Astros x Seattle Mariners, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
20h30 - Playoffs: New York Yankees x Cleveland Guardians, jogo 3 (Star+)
22h30 - Playoffs: Los Angeles Dodgers x San Diego Padres, jogo 4 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 16/out
16h - Playoffs: Houston Astros x Seattle Mariners, jogo 4 (Star+)
17h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x Atlanta Braves, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)
20h - Playoffs: New York Yankees x Cleveland Guardians, jogo 4 (Star+)
22h - Playoffs: San Diego Padres x Los Angeles Dodgers, jogo 5 (ESPN 3 e Star+)

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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A trapaça no xadrez e a imprensa em busca do clique quinta série

Ubiratan Leal


“Você viu o caso do xadrez, do cara que estão achando que usou plug anal?”

Um brasileiro médio, mesmo o que acompanha mais de perto o noticiário esportivo, tem contato muito pequeno com o universo do xadrez. Então, quando aparece uma história de um jogador usando objeto sexual para ganhar, acaba repercutindo. E as pessoas, sem conhecer a modalidade, não têm capacidade – e não têm culpa nenhuma disso, que fique claro – de saber se isso é factível ou não, se pode ser verdade ou não. E acabam embarcando.

De forma MUITO resumida, o que aconteceu: O americano Hans Niemann venceu o campeão mundial Magnus Carlsen em uma partida no meio de um torneio. O norueguês depois deu a entender que Niemann teria trapaceado. Hikaru Nakamura, outro enxadrista americano, revelou que Niemann já foi pego trapaceando no passado, dando corda para a insinuação de Carlsen. 

Hans Niemann, em partida de xadrez
Hans Niemann, em partida de xadrez Getty

Muita gente começou a especular de que forma Niemann teria obtido informações sobre as melhores jogadas durante uma partida presencial. No meio do debate, um usuário do Reddit apresentou a teoria de que seria possível driblar a fiscalização e trapacear no xadrez com um plug anal comandado por alguém com acesso a programas de computador que indicam as melhores jogadas. 

Estrago feito.

Como uma pessoa falou no Reddit (que é um fórum de discussão aberto a todos, com conversas das mais variadas possíveis) que isso era possível, muitos veículos já consideraram que havia elementos suficientes para usar o termo “acusação” e manchetar que um jogador de xadrez era “acusado de usar vibrador para trapacear”. 

Não, ele nunca foi acusado disso. Foi uma teoria maluca com nível de credibilidade de um papo de bar. Nenhum jogador do meio do xadrez levou essa teoria a sério, ela não está sendo investigada por nenhuma entidade ligada à modalidade. Seria o equivalente a usar um “Copa acusada de ter sido vendida pelo Brasil” sempre que mencionar o Mundial de 1998, só porque espalharam uma corrente por e-mail com uma teoria conspiratória maluca.

No entanto, as notícias já falam sem pudor do “caso do plug anal no xadrez”. E a escolha por esse caminho é fácil de entender: o mundo bizarro dá audiência e alimentar o “espírito quinta série” das pessoas sempre dá certo em redes sociais e muitos creem que é inofensivo. Nem refletem se o fato em si realmente existe, se a “acusação” é real. O importante é ter uma manchete altamente viralizável.

O caso é acompanhado até hoje, três semanas depois de tudo. Um fato ligado ao xadrez talvez não repercutisse por tanto tempo desde os duelos de Garry Kasparov contra o computador Deep Blue nos anos 1990. 

Obs.: Menos mal que, no Brasil, provavelmente a matéria de maior alcance sobre o caso, feita por Álvaro Pereira Junior para o Fantástico, tenha sido jornalisticamente muito boa e tratado o caso com seriedade e respeito.

De uma maneira muito cínica, dá para dizer que ao menos isso ajudou a colocar o xadrez em evidência por bastante tempo. Mas o faz de forma caricata, tratando a modalidade como algo folclórico e bizarro, ignorando o quão sério é o esporte em seu mais alto nível. Sério a ponto de um possível trapaceiro ser rejeitado pelo meio, com o receio de que trapaças mascarem os resultados das competições.

Uma pena que nem toda a imprensa tenha esse cuidado com seu próprio conteúdo.

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Dúvidas MLB 19: rotação dos arremessos, arremessador ambidestro, Montréal Expos e o antigo nome do Cleveland Guardians

Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Duas perguntas: Quantas rotações em média faz uma bola reais? O rebatedor designado pode"substituir" um jogador que não seja o pitcher?
Magno Oliveira, Fortaleza

Uma por vez.

O número de rotações não é exato, porque isso varia de acordo com o tipo de arremesso e com o arremessador. Inclusive, conseguir colocar mais RPMs é uma virtude do arremessador para tornar sua bola mais venenosa e, por isso, vários vinham recorrendo a ajuda ilegal de substâncias pegajosas (expliquei aqui). Só para você ter uma referência, a bola rápida da MLB tem uma média de 2.200 RPMs, a bola de curva vai de 1.000 a 3.000 (a variação é enorme devido aos tipos de bolas de curva) e o changeup fica com 1.700 em média.

Justin Verlander, do Houston Astros, consegue fazer a bola rápida ter até 2,6 mil RPMs
Justin Verlander, do Houston Astros, consegue fazer a bola rápida ter até 2,6 mil RPMs Getty

Em relação à segunda, o rebatedor designado só pode ser colocado no alinhamento ofensivo como substituto do arremessador. Inclusive, se o jogador escalado como DH for deslocado para uma posição defensiva durante a partida, o time estará abrindo mão de ter um rebatedor designado e seu arremessador terá de ir ao bastão.

Na hipótese de o arremessador ser ambidestro, ele pode "mudar de mão" entre um rebatedor e outro? E como um walk afeta o aproveitamento de um rebatedor?
Marlony Gabriel, @rapafleutz 

De novo, uma por vez.

A pergunta é quase teórica, pois, em quase 150 anos de ligas profissionais, houve apenas um arremessador ambidestro (Pat Venditte). De qualquer maneira, de que adianta ter um arremessador ambidestro se ele não puder usar essa versatilidade? Claro que ele pode mudar de mão entre um rebatedor e outro. A única coisa que ele não pode é trocar de braço no meio de um duelo. É a mesma regra válida para rebatedores ambidestros (no caso de um duelo entre dois ambidestros, a regra manda o arremessador definir seu lado primeiro).

Um walk não afeta o aproveitamento do rebatedor. Os duelos terminados em walks não são computados na fórmula que define o aproveitamento no bastão, apenas o percentual em base.

Há a possibilidade de o Montréal Expos voltar a ser uma franquia algum dia?
Paulo Elias, @vivirafa01

Sim. A MLB deve expandir para 32 times na segunda metade desta década, quando o Oakland Athletics e o Tampa Bay Rays resolverem as questões em torno de seus estádios (se conseguirão estádios novos ou se mudarão de cidade). Assim que esse processo terminar, a liga deve abrir processo para incluir duas novas ligas. Em Montreal há um movimento forte para a recriação dos Expos. As principais concorrentes são, neste momento, Las Vegas (que também luta para ficar com os Athletics), Nashville e Portland.

Sei que diversos times das ligas americanas tiraram os nomes que tinham referências aos indígenas, exemplo o atual Guardians, mas qual o motivo que os indígenas não aprovavam?
Juliano M. M., São Paulo

Muitos termos indígenas são ofensivos (como “redskins”), usados no dia a dia como xingamento aos nativo-americanos. Outros termos não são ofensivos nesse nível, mas incomodam por estereotiparem os povos originários (caso de como os indígenas são retratados por Braves e Chiefs), por explorar a imagem ou elementos culturais indígenas para ganhar bilhões sem trazer benefício à comunidade, por representar um apagamento dos séculos de massacre ou mesmo por alguns termos terem incorporado uma carga negativa. O “Indians” entra nessa última categoria: há nativo-americanos que se identificam com a expressão “American Indian”, mas muitos rejeitam o "indian" por ser usado frequentemente como algo negativo. Por exemplo, há a expressão “indian giver” para quem dá um presente e o pede de volta depois ou espera algo em troca (uma conotação semelhante à que usamos no português para “programa de índio”).

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Dúvidas MLB 19: rotação dos arremessos, arremessador ambidestro, Montréal Expos e o antigo nome do Cleveland Guardians

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Semana MLB: Por que dá para acreditar que o Brasil chega ao WBC

Ubiratan Leal


O Brasil está a uma vitória de conseguir a segunda classificação de sua história para o World Baseball Classic (a Copa do Mundo de beisebol). Basta vencer o anfitrião Panamá na terça ou, em caso de derrota, superar o campeão da repescagem entre Nicarágua, Argentina, Nova Zelândia e Paquistão. E, pelo beisebol apresentado nos dois primeiros dias do torneio, as chances brasileiras são reais.

A primeira questão é óbvia: a Nicarágua é teoricamente a equipe mais forte da repescagem, e o Brasil venceu os nicaraguenses neste sábado por 4 a 1. E Nova Zelândia, Argentina e Paquistão jogaram em um nível razoavelmente mais baixo.

Jogadores do Brasil comemoram a classificação para o World Baseball Classic de 2013
Jogadores do Brasil comemoram a classificação para o World Baseball Classic de 2013 Reprodução - WBC

Mas o motivo para otimismo brasileiro não é a situação dos adversários, mas o que o Brasil mostrou nos dois primeiros jogos. O ataque, que costuma ser um problema do beisebol brasileiro em competições internacionais, teve muito volume até agora. Foram 16 corridas e 19 rebatidas em duas partidas. Mesmo contra a Nicarágua, uma equipe que tradicionalmente arremessa bem, o Brasil rebateu e rebateu: as quatro corridas parecem pouco se considerarmos que a Seleção teve 9 rebatidas e deixou 10 corredores em base ao longo do jogo.

No montinho, a equipe comandada por Steve Finley também mostrou potencial. Gabriel Barbosa e Igor Kimura tiveram dificuldades contra a Nova Zelândia, mas os arremessadores utilizados mostraram capacidade de lidar com um ataque experiente como o nicaraguense. E as escolhas da comissão técnica se mostraram acertadas até agora, conseguindo dosar o uso dos jogadores a ponto de ter todo mundo disponível para a partida contra os panamenhos.

Em um contexto geral, a Seleção conseguiu usar uma das virtudes do futebol brasileiro como fator para envolver os adversários: a mistura do beisebol americano / latino-americano com o asiático. Ao mesmo tempo que Leonardo Reginatto e Tim Lopes foram os rebatedores de força que impulsionaram corridas, Vitor Ito, Gabriel Maciel e até o catcher reserva Marcio Kikuchi ganharam bases no jogo curto. No montinho, Felipe Natel, Oscar Nakaoshi e Enzo Sawayama, todos formados no Japão, praticamente calaram os bastões da Nicarágua.

A partida contra o Panamá é a mais dura. Os panamenhos jogam em casa, têm um time mais experiente e ainda estão com o Brasil engasgado desde as Eliminatórias do WBC de 2013 (quando os brasileiros ganharam na Cidade do Panamá). Mas, se a Seleção continuar encaixando seu jogo, é possível acreditar na classificação.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre movimento dos arremessadores e se há propostas para jogadores durante a temporada. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Simeon Woods Richardson é uma dos principais promessas das ligas menores do Minnesota Twins. O arremessador foi promovido ao time principal neste fim de semana, para estrear contra o Detroit Tigers. O que isso tem de extraordinário? Bem, “Woods Richardson” se tornou o jogador com sobrenome mais longo da história da MLB: 16 letras (e mais um espaço) no nome colocado nas costas de sua camisa. Ele bateu a marca anterior, as 14 letras do catcher Jarrod Saltalamacchia.

O NÚMERO DA SEMANA

61. O número ronda o imaginário do beisebol há… 61 anos. Desde que Roger Maris estabeleceu o novo recorde de home runs em uma mesma temporada, em 1961 (!), o número virou até nome de filme. A marca foi batida na Liga Nacional, mas continuou tendo uma aura por ser a única “limpa” (sem doping). Aaron Judge igualou a marca na última quarta, e tem uma semana para ultrapassá-la. Histórico.

VÍDEO DA SEMANA

O Seattle Mariners tinha o maior jejum de playoffs das quatro principais ligas da América do Norte. Eram 21 anos desde a última participação na pós-temporada. A espera acabou nesta sexta, com um home run de walk off contra o Oakland Athletics. Será que a torcida ficou loucaça?


O QUE VEM POR AÍ

A última semana da temporada regular chega com três disputas para os playoffs: Toronto Blue Jays, Tampa Bay Rays e Seattle Mariners tendo de decidir as posições nos wildcards da Liga Americana, Philadelphia Phillies e Milwaukee Brewers brigando pelo último wildcard da Liga Nacional e New York Mets e Atlanta Braves lutando pelo título da Liga Nacional Leste. Apesar de envolver dois times já classificados, a briga entre Mets e Braves é a mais empolgante, pois as equipes entraram no fim de semana empatadas na ponta. Em confrontos diretos, os Mets levam vantagem por 9 a 8. Melhor ainda: os times se enfrentam mais duas vezes, sábado e domingo. A ESPN transmite o jogo do domingo, duelo entre Chris Bassitt e Charlie Morton.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 30/set
20h - Baltimore Orioles x New York Yankees (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 1/out
14h - Philadelphia Phillies x Washington Nationals (Star+)

Domingo, 2/out
20h - New York Mets x Atlanta Braves (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 3/out
20h - Toronto Blue Jays x Baltimore Orioles (ESPN 4 e Star+)

Terça, 4/out
21h - WBC: BRASIL x Panamá (ESPN 2 e Star+)
21h - Philadelphia Phillies x Houston Astros (Star+)

Quarta, 5/out
17h - New York Yankees x Texas Rangers (ESPN 2 e Star+)
21h - WBC: Vencedor jogo 7 x Perdedor jogo 8 (ESPN 2 e Star+, na ESPN 2 apenas se o BRASIL estiver em campo)

Sexta, 7/out
13h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 1 (Star+)
15h - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 1 (Star+)
17h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 1 (ESPN 3 e Star+)
21h - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 1 (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 8/out
13h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 2 (Star+)
17h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 2 (ESPN 2 e Star+)
21h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 2 (ESPN 3 e Star+)

Domingo, 9/out
15h - Playoffs: Seattle Mariners x Toronto Blue Jays, jogo 3 (Star+)
17h - Playoffs: Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
20h30 - Playoffs: San Diego Padres x New York Mets, jogo 3 (ESPN 3 e Star+)
21h30 - Playoffs: Philadelphia Phillies x St. Louis Cardinals, jogo 3 (Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 30/set
14h - WBC: BRASIL x Nova Zelândia
21h - WBC: Paquistão x Argentina

Sábado, 1/out
14h - WBC: BRASIL x Nicarágua
21h - WBC: Panamá x Argentina

Domingo, 2/out
14h - WBC: Paquistão x Nicarágua
21h - WBC: Nova Zelândia x Argentina

Terça, 4/out
14h - WBC: Vencedor jogo 5 x Vencedor jogo 6
21h - WBC: BRASIL x Panamá

Quarta, 5/out
21h - WBC: Vencedor jogo 7 x Perdedor jogo 8

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

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Semana MLB: Por que dá para acreditar que o Brasil chega ao WBC

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Dúvidas MLB 18: movimento dos arremessadores e se há propostas para jogadores durante a temporada

Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

O arremessador precisa realmente sempre fazer o mesmo movimento antes do arremesso?
Aílton Guastella, São Bernardo do Campo-SP

Precisa. Não porque ele é obrigado pela regra ou porque variar o movimento pode causar algum problema físico para ele, mas porque melhora o desempenho dele. 

Isso ocorre de duas maneiras: ao ter sempre a mesma mecânica, ele consegue ser mais consistente nos arremessos, pois é mais fácil repetir velocidade e localização final do arremesso se todo o movimento for igual. Além disso, se ele faz o mesmo movimento para qualquer arremesso, mudando apenas a pegada na bola e a forma de soltá-la da mão (o que faz a diferença de uma bola rápida para uma de curva, por exemplo), o rebatedor tem mais dificuldade de antecipar qual tipo de bola será lançada.

Se o arremessador faz um movimento para cada arremesso, há mais chance de ele estabelecer um padrão de usar mais a mecânica X para a bola rápida, a Y para a bola de curva e a Z para o changeup, por exemplo. Se isso acabar acontecendo, a informação rapidamente chega aos rebatedores e o resultado disso serão muitas rebatidas. Por isso, é recomendável que todo o movimento seja praticamente o mesmo sempre, só mudando na forma de pegar a bola e de soltá-la da mão.

Aroldis Chapman, do New York Yankees
Aroldis Chapman, do New York Yankees Icon Sportswire/Getty Images

Tem algum limite para o arremessador soltar a bolinha do monte?
Felipe de Paula, Lorena-SP

Não, para nenhuma direção. Se o arremessador arremessa de cima para baixo, pode soltar a bola bem no alto ou bem para frente. Se ele usa a mecânica submarino (arremessa pelo lado ou por baixo), pode também soltar onde bem entender. O limite é o quanto ele conseguir projetar seu corpo para fazer o lançamento. Se o arremessador tiver 5 metros de perna e conseguir avançar tanto a ponto de soltar a bola a apenas dez metros do rebatedor, parabéns para ele.

Procede o interesse do San Francisco Giants no Aaron Judge ou é somente pressão para conseguir um melhor contrato no New York Yankees?
Joe McClane, Indaial-SC

O mercado de transferências nos esportes americanos é bem diferente do futebol. Como há um recesso grande entre uma temporada e outra, não há tanta pressa assim entre jogadores e clubes para antecipar negociação de jogadores. As coisas têm seu tempo.

Como Judge está em seu último ano de contrato, os Yankees fizeram uma proposta no início da temporada para antecipar a renovação. O jogador não aceitou. Pronto. Judge é um jogador com vínculo contratual com os Yankees e as outras equipes não podem fazer propostas para ele. Internamente, os times até podem fazer avaliações do mercado e levantarem nomes que serão procurados, mas isso fica apenas no plano do planejamento interno. O assunto parou ali e cada um vai tocar a sua vida (no caso, disputar a temporada). 

Quando a temporada terminar, Judge se tornará um agente livre e todos os clubes interessados terão tempo para apresentar suas propostas, negociar e ver se ganham a disputa. Claro que o empresário do jogador pode usar o interesse de um time para arrancar mais dinheiro de outro, mas isso só ocorre durante o recesso. Até porque uma equipe (os Giants, no seu exemplo), pode ser punida se a liga descobrir que aliciou atleta de outra equipe durante a temporada.

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Semana MLB: Por que a marca que Aaron Judge está perto de atingir vale tanto

Ubiratan Leal
Aaron Judge, do New York Yankees
Aaron Judge, do New York Yankees Getty

Aaron Judge chegou a 60 home runs na última terça. Desde então, a expectativa do mundo do beisebol é pela 61ª e 62ª rebatidas do defensor externo dos Yankees por cima do muro. Especialistas no mercado de memorabília esportiva calculam que a bola do 62º home run possa atingir perto de US$ 20 milhões se o torcedor sortudo que a pegar colocar o objeto para leilão. Mas por que tudo isso para uma marca que, oficialmente, representa “apenas” o recorde da Liga Americana?

A marca de 61 home runs de Roger Maris, alcançada em 1961, permaneceu intocada por mais de 30 anos. Parecia um número místico, inalcançável. Até que três jogadores a destruíram na virada do século: Mark McGwire rebateu 70 e Sammy Sosa 66 em 1998, McGwire conseguiu 65 e Sosa 63 em 1999, Sosa chegou a 64 e Barry Bonds teve monstruosos 73 em 2001.

Foram façanhas absurdamente celebradas na época, inclusive impulsionando a popularidade do beisebol de volta após a queda decorrente da greve de 1994. No entanto, no meio da década de 2000 se descobriu que vários jogadores, incluindo McGwire, Sosa e Bonds, utilizaram substâncias proibidas para melhorarem seu desempenho atlético.

A MLB não realizava exame antidoping na virada do século, ainda que o regulamento proibisse as substâncias vetadas pela Agência Mundial Antidoping. De qualquer maneira, não havia mecanismos previstos para fiscalização e punição e as marcas são consideradas oficiais.

Sammy Sosa, único jogador a rebater mais de 60 home runs em três temporadas diferentes
Sammy Sosa, único jogador a rebater mais de 60 home runs em três temporadas diferentes Getty

Parte do público, porém, as vê com reservas. E, como desde que os exames antidoping se tornaram rotina no beisebol, ninguém ameaçou realmente bater os 61 home runs de Maris, a marca ainda é considerada como o “verdadeiro”, “honesta” ou “puro” recorde.

Assim, para muitos, Judge está prestes a expandir o limite do que um ser humano é capaz de fazer apenas com seu talento e treino, sem ajuda de substâncias ilícitas.

O Semana MLB é um post em forma de newsletter sobre os principais temas (e a programação de TV) da MLB. Toda sexta uma nova edição

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre o que é real no filme Moneyball, quais as torcidas mais hostis, projetos de beisebol na Índia e processo de arbitragem de jogadores jovens. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PERSONAGEM DA SEMANA

Albert Pujols se tornou, nesta sexta (dia 23), o quarto homem na história a rebater 700 home runs na MLB. Ele atingiu a marca ao rebater duas bolas para cima do muro na partida contra o Los Angeles Dodgers na Califórnia. O feito é tão incrível que a torcida angelena comemorou como se fosse uma rebatida de um jogador dos Dodgers. Só Barry Bonds, Hank Aaron e Babe Ruth rebateram mais home runs que “The Machine”.

O NÚMERO DA SEMANA

16. Quantidade de jogadores que fizeram sua primeira partida na MLB nesta temporada com a camisa do Cleveland Guardians. Nenhum time foi campeão de divisão estreando tantos jogadores ao longo da campanha, uma marca que os Guardians estão muito próximos de bater.

VÍDEO DA SEMANA

Como é a sensação de estar no estádio e ver uma bolinha de home run histórico vir em sua direção? Esse torcedor mostrou isso, ao filmar o 700º home run da carreira de Albert Pujols cair a poucos metros à sua esquerda.


O QUE VEM POR AÍ

Enfim, chegou a hora do Brasil nas Eliminatórias do World Baseball Classic. A seleção brasileira estreia na próxima sexta (dia 30) contra a Nova Zelândia em uma chave que ainda conta com Nicarágua, Panamá, Argentina e Paquistão. A comissão técnica não conseguiu reunir todos os jogadores do que seria a força máxima brasileira, mas a Seleção é vista como candidata viável a uma das duas vagas no Mundial. O panorama geral do grupo foi abordado há algumas semanas neste espaço (clique aqui). Todos os jogos das Eliminatórias do WBC serão transmitidos pelo Star+.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 23/set
20h - Houston Astros x Baltimore Orioles (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 24/set
20h - Detroit Tigers x Chicago White Sox (Star+)

Domingo, 25/set
20h - Boston Red Sox x New York Yankees (ESPN 3 s Star+)

Segunda, 26/set
20h - New York Yankees x Toronto Blue Jays (ESPN 4 e Star+)

Terça, 27/set
20h30 - St. Louis Cardinals x Milwaukee Brewers (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 28/set
22h30 - Los Angeles Dodgers x San Diego Padres (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 29/set
19h - Tampa Bay Rays x Cleveland Guardians (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 30/set
20h - New York Mets x Atlanta Braves (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 30/set
14h - WBC: BRASIL x Nova Zelândia
21h - WBC: Paquistão x Argentina

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Por que a marca que Aaron Judge está perto de atingir vale tanto

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Dúvidas MLB 17: Moneyball, torcidas mais hostis, beisebol na Índia e processo de arbitragem

Ubiratan Leal


O Dúvidas MLB é publicado toda terça, respondendo perguntas do fã de esporte que quer entender mais do beisebol ou apenas quer bater papo sobre um assunto. Pode mandar sua pergunta no Twitter, marcando o meu perfil (@ubiraleal). Se sua dúvida principal é de regras básicas da modalidade, funcionamento da liga, conhecer os times, entre outras coisas, dá uma conferida neste link. Ali tem muita informação para ajudar quem está chegando agora a entender o esporte. Se ainda assim ficou alguma ponta solta, pode mandar sua pergunta sem problema.

Billy Beane, dirigente do Oakland Athletics interpretado por Bad Pitt no filme 'Moneyball'
Billy Beane, dirigente do Oakland Athletics interpretado por Bad Pitt no filme 'Moneyball' Getty

Comecei a me interessar pelo esporte após o filme Moneyball. Os acontecimentos do filme são todos reais?
Alisson Kennedy, @KennedyAlisson2

A versão mais realista de “Moneyball” está no livro. O filme faz algumas adaptações. Por exemplo, o personagem Peter Brand (interpretado por Jonah Hill) é inspirado em Paul DePodesta, mas algumas de suas ações foram realizadas por outros membros da direção do Oakland Athletics. Além disso, a produção de Hollywood simplificou a história, ocultando a participação de Sandy Alderson (antecessor e mentor de Billy Beane no mundo das estatísticas avançadas) e até o papel dos arremessadores para a incrível campanha dos A’s naquela temporada.

De qualquer maneira, o enredo básico do filme é real, desde a forma como o Oakland começa o ano desacreditado até o desfecho nos playoffs, incluindo o recorde de vitórias seguidas (marca que já foi batida, diga-se).

Qual a torcida mais hostil para o adversário?
Felipe S, @Slimfelipes

As duas torcidas tidas como mais intimidadoras são as de New York Yankees e Boston Red Sox, sobretudo porque costumam comparecer em grande volume nos estádios e são muito exigentes. Assim, não aceitam que “uma derrota é normal”. No entanto, quando chegam os playoffs, várias outras torcidas emergem como muito hostis. Por exemplo, Atlanta Braves, Pittsburgh Pirates, Philadelphia Phillies, Toronto Blue Jays e Oakland Athletics já mostraram como podem fazer muito barulho e atrapalhar o adversário em jogos grandes.

Ontem eu vi o filme “Arremesso de Ouro”. Por que não foi para frente a prospecção de jogadores indianos no beisebol?
Rodrigo dias, @rodias_93

A busca de jovens indianos que praticam críquete e adaptá-los ao beisebol não foi considerada um sucesso. Dois acabaram recebendo contrato de ligas menores, mas nenhum prosperou e chegou perto da MLB. Além disso, o programa era muito custoso. A estratégia da liga com a Índia mudou, preferindo criar escolas de beisebol no país para ver se surge algum talento. Ainda assim, as nações de críquete que dão mais sinais positivos são Paquistão e África do Sul, não a Índia.

Como funciona o processo de arbitragem entre o jogador e a franquia?
Leonardo Ceragioli, @leohhhh

O primeiro contrato de um jogador com uma franquia da MLB sempre é com salário baixo. Primeiro, passando algumas temporadas nas ligas menores. Quando é promovido ao time principal, recebe um aumento (mas, ainda assim, um valor baixo dentro do padrão da MLB). Esse contrato vale nas cinco primeiras temporadas dele nas grandes ligas, e é evidente que, nesse período, o atleta pode se mostrar uma figura valiosa ao time e merecer um salário muito maior.

Para evitar essa distorção, o jogador pode pedir para arbitrar seu salário a partir do terceiro ano na MLB. Assim, ele diz quanto acha que seria justo ele receber nos anos que faltam de seu contrato de acordo com o desempenho que ele vem tendo. Ao mesmo tempo, o clube estipula quanto acha justo pagar pelo jogador. Uma comissão independente define qual dos lados tem a razão e esse passa a ser o novo salário do jogador.

O processo é muitas vezes desgastante, porque o jogador precisa mostrar o quanto ele é importante e a franquia argumenta o quanto ele não é tão importante assim. Muitas vezes, o jogador se sente desprestigiado ou até ofendido pelos argumentos que os dirigentes de sua própria equipe apresentam. Tanto que, em alguns casos, jogador e clube acabam preferindo fazer uma negociação à parte, acertando um meio-termo das duas propostas, antes de terem de se apresentar diante da comissão de arbitragem.

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Semana MLB: Semana para ficar de olho em Aaron Judge e nas Eliminatórias do Mundial

Ubiratan Leal


O Semana MLB fica diferente nesta semana. O blogueiro está de folga, então não teremos o formato de newsletter com os fatos mais relevantes dos últimos dias. Mas o leitor não fica sem a programação de transmissões. Essa está firme e forte.

Torcedores dos Yankees vestidos de juízes para incentivar Aaron Judge
Torcedores dos Yankees vestidos de juízes para incentivar Aaron Judge ESPN

É a semana para a definição do campeão da liga mexicana, entre Leones de Yucatán e Sultanes de Monterrey. Mas os dois temas mais importantes são Aaron Judge buscando o recorde de home runs da Liga Americana e o início das Eliminatórias do World Baseball Classic, a Copa do Mundo do beisebol. Nesta sexta começam as disputas do Grupo 1, que reúne seleções europeias e a África do Sul. 

A ESPN 3 transmite Yankees x Red Sox na quinta (será que o recorde de Judge cai contra seu maior rival?), e todas as partidas do Grupo 1 das Eliminatórias do WBC estarão no Star+.

QUER TIRAR DÚVIDAS SOBRE BEISEBOL?

Tem novidade sobre beisebol aqui no blog. Toda terça, publico o “Dúvidas MLB”, um post respondendo a perguntas sobre beisebol. A edição desta semana falou sobre quais as maiores dinastias da MLB, por que Dodgers e Giants saíram de Nova York, quais posições mais valorizadas e se é mais fácil para um brasileiro jogar nos EUA ou no Japão. Clique aqui para conferir. Se tiver alguma dúvida, pode mandar para o meu Twitter.

PROGRAMAÇÃO #MLBnaESPN

Sexta, 16/set
20h - Minnesota Twins x Cleveland Guardians (ESPN 2 e Star+)

Sábado, 17/set
14h - Cincinnati Reds x St. Louis Cardinals (Star+)

Domingo, 18/set
20h - Los Angeles Dodgers x San Francisco Giants (ESPN 3 e Star+)

Segunda, 19/set
17h - Seattle Mariners x Los Angeles Angels (ESPN 3 e Star+)

Terça, 20/set
20h30 - New York Mets x Milwaukee Brewers (ESPN 2 e Star+)

Quarta, 21/set
20h - Pittsburgh Pirates x New York Yankees (ESPN 4 e Star+)

Quinta, 22/set
20h - Boston Red Sox x New York Yankees (ESPN 3 e Star+)

Sexta, 23/set
20h - Houston Astros x Baltimore Orioles (ESPN 2 e Star+)

MAIS BEISEBOL E SOFTBOL NO STAR+

Sexta, 16/set
8h - WBC (Eliminatórias): África do Sul x Espanha
14h - WBC (Eliminatórias): Grã-Bretanha x França
21h30 - LMB (final): Sultanes de Monterrey x Leones de Yucatán, jogo 5

Sábado, 17/set
8h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 1 x Tchéquia
14h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 2 x Alemanha

Domingo, 18/set
8h - WBC (Eliminatórias): Perdedor Jogo 2 x Perdedor Jogo 3
14h - WBC (Eliminatórias): Perdedor Jogo 1 x Perdedor Jogo 4
19h - LMB (final): Leones de Yucatán x Sultanes de Monterrey, jogo 6

Segunda, 19/set
21h30 - LMB (final): Leones de Yucatán x Sultanes de Monterrey, jogo 7

Terça, 20/set
8h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 5 x Vencedor Jogo 6
14h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 3 x Vencedor Jogo 4

Quarta, 21/set
14h - WBC (Eliminatórias): Vencedor Jogo 8 x Perdedor Jogo 7

Obs.: Horários de Brasília. Grades sujeitas a alteração

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Semana MLB: Semana para ficar de olho em Aaron Judge e nas Eliminatórias do Mundial

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