Brasil surpreende e faz da Finalíssima um excelente teste para a Copa do Mundo
Uma derrota que machuca, mas que deixa um sorriso no rosto. Ninguém é feliz quando perde, ainda mais quando vale taça, mas a Finalíssima não era sobre isso. A três meses da Copa do Mundo, o duelo da seleção brasileira com a Inglaterra era mais uma preparação do que a necessidade de um resultado. E o teste foi bem aproveitado no revés nas penalidades após empate por 1 a 1 em Wembley.
A atuação e o resultado surpreendem. A expectativa era de uma vitória mais confortável para a Inglaterra, que nem venceu (com a bola rolando) e nem encantou. É verdade que as atuais campeãs europeias, a melhor seleção do mundo, não estiveram no melhor de seus dias, sobretudo no segundo tempo, quando tiveram uma queda significativa de desempenho.
No entanto, isso não tira o mérito de um Brasil, que mostrou muita organização para se defender, seja com a linha de cinco do primeiro tempo, ou na segunda etapa com uma formação mais ofensiva e mais agressiva. Assim, o duelo foi uma grande oportunidade para a seleção se testar no mais alto nível jogando de formas diferentes.
Ainda há grandes dúvidas em relação ao meio de campo que irá jogar. Não à toa, Luana, que foi titular nesta quinta-feira, sequer estava na convocação inicial para essa Data Fifa e era chamada desde a Copa América. Já o ataque tem boas alternativas para um jogo mais cadenciado ou mais veloz, ainda que a lesão de Ludmila enfraqueça essa segunda possibilidade.
Individualmente falando sobre o duelo em Londres, Antonia fez uma atuação muito boa, com muita aplicação tática e correria, principalmente quando pôde ficar mais próxima de Lauren Hemp – ou Lauren James, quando as pontas se inverteram – por conta da linha de cinco do Brasil. Lauren também aproveitou a oportunidade, ainda que tenha sido a escolhida para sair no intervalo para Pia Sundhage mudar a formação do time.
Já à frente, Geyse foi a melhor jogadora do Brasil em campo. Mesmo em um primeiro tempo em que o Brasil mais resistiu do que jogou, ela foi a válvula de escape para saídas em velocidade. Com mais jogo ofensivo na etapa final, a atacante do Barcelona mostrou habilidade e causou muitos problemas à defesa adversária. Não dá para imaginar uma seleção brasileira sem a Geyse como titular.
De quem saiu do banco, Andressa Alves merece muito destaque, não apenas pelo grande posicionamento e oportunismo para empatar o jogo nos minutos derradeiros, mas ela contribuiu demais para o jogo fluir mais no segundo tempo para a seleção canarinho.
Sem ser chamada desde outubro de 2021, Andressa vem de duas grandes temporadas com a Roma e merecia ter sido testada antes neste ciclo para a Copa do Mundo – e vale lembrar que ela só foi convocada após o corte de Nycole. A chance veia tarde, mas ela aproveitou muito bem e certamente se coloca com uma opção real para ir à Austrália e à Nova Zelândia.
A derrota nos pênaltis não deixa de ser frustrante, ainda mais considerando que muitas vezes uma classificação se define dessa forma – que o diga o Canadá campeão olímpico. Porém, o fato de que o Brasil consegue ser competitivo com qualquer seleção do mundo foi a grande mensagem deixada pelas comandadas de Pia em Wembley.
O Brasil terminou a partida com nove finalizações contra 11 das inglesas e foi superior à melhor seleção do mundo nos 45 minutos finais do jogo, e em pleno Wembley. Isso não pode ser ignorado, ainda mais a semanas de uma Copa do Mundo.
Brasil busca empate emocionante nos acréscimos, mas perde para Inglaterra nos pênaltis na Finalíssima
Brasil surpreende e faz da Finalíssima um excelente teste para a Copa do Mundo
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.