Tomar uma virada num clássico dentro de casa com dois gols nos acréscimos. Nenhum cenário poderia ser pior para o São Paulo que o vivido na noite de segunda-feira. Ainda mais levando em conta que na quinta-feira o time enfrentará o mesmo rival, no mesmo local, por outra competição. Um mata-mata. E que no domingo, novamente no Morumbi, entrará pressionadíssimo pra vencer o Juventude pelo Brasileiro. 

Sim, porque o trauma da salvação na penúltima rodada do campeonato passado ainda é muito vivo. A prioridade máxima do clube parece ser a de não sofrer em 2022, fazer um campeonato digno. A questão é: que equipe colocar em campo contra o Palmeiras? 

Rogério Ceni falou na coletiva pós-derrota que a decisão passará fundamentalmente pelas pretensões da direção. A posição da diretoria é simples. Escala-se (o treinador escala) sempre o que for melhor para aquele momento. E o que é melhor nesse momento passa mais pelo aspecto físico que técnico. 

Tentando pensar com a cabeça do Ceni, apostaria que ele considera domingo mais importante, o dia de contar com os jogadores imprescindíveis (Arboleda, Diego Costa, Igor Gomes, Calleri). Além do maior tempo de descanso e do Brasileiro ter mais peso, as chances na Copa do Brasil são pequenas. 

Pra este primeiro jogo vai quem estiver menos desgastado e quem não tiver jogado no 1x2 (Wellington, talvez Luciano). Sim, o São Paulo teria o mesmo calendário caso mantivesse a vantagem até o fim. Mas o poder de uma vitória sobre o melhor time da América tornaria tudo mais leve. 

Com um detalhe. Embalados pelo triunfo, os São-Paulinos lotariam o Morumbi. 60 mil vozes fazem pernas cansadas correrem mais. Não veremos isso. Sete minutos mudam uma temporada. 

Rogério Ceni Gazeta Press