Mesmo com estrelas sem 'brilho nos olhos', torneios no Brasil deixaram bom resultado
Nestas últimas duas semanas tivemos os dois maiores torneios de tênis do país. O Rio Open e o Brasil Open fizeram a sua maneira seus torneios e conseguiram um bom resultado.
Aqui não vou entrar no mérito da comparação até porque são torneios de níveis diferentes e com orçamento desigual.
O que mais chamou a atenção foi a tentativa de trazer bons nomes, tenistas carismáticos e com bom nível de tênis. Os dois tentaram mas suas grandes estrelas deixaram a desejar. No Rio Cilic, Thiem e Carreno Busta estiveram bem abaixo do seu nível. Culpa da organização? Não. Nem um pouco. Junto a um polpudo cheque trataram as estrelas com muitas regalias, respeito e sempre prontos a atender. O Rio mesmo em um momento difícil deu todos as condições para que os jogadores fizessem o seu melhor. Infelizmente não o fizeram. Difícil dizer o motivo, mas como jogador não gostei da apresentação deles. Faltou aquele brilho nos olhos.
Em São Paulo com menos dinheiro e concorrendo com um torneio muito querido (Acapulco), apostaram em Monfils, Cuevas e Ramos Vinolas. Cuevas e Ramos deram a vida e tentaram. Perderam mas deixaram tudo. Monfils não jogou muito nem pouco, não bagunçou nem jogou sério. Não sorriu nem tratou mal as pessoas. A verdade é que se esperava muito dele. Shows, piruetas, gargalhadas, jogadas incríveis. Não aconteceu.
Falando em torneios, o Rio continua lindo. Torço para que não saia do Jóquei. Se mudarem para a quadra dura que fique por lá. O charme, a atmosfera, a alegria se perderá indo para o centro olímpico. E entre nós. O torneio não tem nada a vez se o país, o estado e a prefeitura não sabem o que fazer com o elefante branco que construíram e demoraram anos para dar ou passar para alguém. Não é porque o Rio tem um local de tênis que o torneio tem que ser lá. O centro tem que ser usado e bem usado com um monte de ações.
Em São Paulo tivemos a mudança de local. O torneio voltou para o Ibirapuera. Se por um lado eu acho pior, não adianta ter o torneio em um clube que não abraçou o torneio como deveria. Fui dois anos lá e ficava claro que o clube não quis o torneio como vemos outros clubes ao redor do mundo. A chance de ter grandes tenistas deveria escancarar o clube e os sócios deveria aceitar ficar sem quadras, vestiário ou seja o que for. Exemplo O Real Clube de Barcelona, o clube de Monte Carlo e tantos outros. Mas claramente não aconteceu. Então sem criticas o melhor é tirar o torneio de lá. Por isso ter a autonomia mesmo que em um ginásio ultrapassado e quente foi a enjoar decisão no momento.
Para o ano que vem esperamos as definições de que tipo de quadra teremos nos torneios e onde serão jogados. De resto a certeza de dois bons torneios para assistir e uma boa chance para os nossos tenistas em quadra.
Fonte: Fernando Meligeni
Mesmo com estrelas sem 'brilho nos olhos', torneios no Brasil deixaram bom resultado
COMENTÁRIOS
Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.